A Anistia Internacional (AI) pediu hoje o fim das execuções de menores de idade condenados à morte, pena ainda em vigor em alguns países, e, ao mesmo tempo, reforçou seu objetivo de abolir do mundo esta punição.

Em entrevista coletiva em Berna por ocasião do Dia Mundial contra a Pena de Morte, que é celebrado a cada 10 de outubro, o especialista da AI nesta questão, Lukas Labhardt, disse que Irã, Iêmen, Arábia Saudita e Sudão executam réus que eram menores quando cometeram os crimes pelos quais foram condenados.

Desde 1991, disse o ativista, 41 jovens foram executados no Irã, e mais de 140 esperam no corredor da morte.

Na segunda-feira, o refugiado afegão Abbas Hosseini deveria ter sido executado por um crime cometido quando tinha 17 anos. A execução, porém, foi adiada até que a família da vítima decida se aceita uma indenização em dinheiro em troca da suspensão da pena.

Em 2008, acrescentou a AI, dois menores foram executados na Arábia Saudita. O mesmo aconteceu com pelo menos outros oito adolescentes no Irã.

Diante da aplicação dessas penas, a organização convocou para o dia 10 manifestações em Genebra e em Zurique.

Segundo a AI, “a perspectiva de um mundo sem pena de morte se torna cada vez mais real”, já que 139 países do mundo já aboliram este castigo “cruel, ineficaz e irrevogável”.

Apenas uma pequena minoria de países mantém a pena capital, entre eles a China e os Estados Unidos.

Na Europa, Belarus é o último país que aplica essa punição, cuja abolição é uma condição “sine qua non” para a adesão de qualquer nação à União Europeia (UE).

Fonte: EFE

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