Uma testemunha apontou o desaparecido arcebispo americano Paul Marcinkus, conhecido como “banqueiro de Deus”, como sendo o responsável pelo famoso caso de seqüestro de Emanuela Orlandi, raptada em 1983, na Itália, publicou hoje a imprensa local.

A acusação foi transmitida pelos principais jornais italianos, apesar de o testemunho ter tido algumas incongruências e da família de Orlandi ter exigido provas de suas afirmações.

O relato da testemunha Sabrina Minardi relaciona Marcinkus, diretor do Instituto para as Obras Religiosas (IOR, mais conhecido como Banco Vaticano), com o crime, que abalou a Itália na década de 80.

Minardi foi a ex-amante de Enrico de Pedis, conhecido como Renatino, líder da Banda della Magliana, um dos grupos de criminosos que existiram no país nos anos 80 e a quem é atribuído o seqüestro de Orlandi.

Orlandi era filha de um empregado do Vaticano, estudava música e desapareceu em 22 de junho de 1983.

Segundo Minardi, que fez essas declarações em março passado aos promotores encarregados pela investigação, o objetivo do seqüestro era dar uma mensagem aos superiores de Marcinkus, inclusive ao papa João Paulo II, que começava a questionar o arcebispo após a quebra do Banco Ambrosiano, do qual o Banco Vaticano era acionista.

A testemunha assegurou também que foi ela própria que, sem saber que estava seqüestrada, levou Orlandi a um posto de gasolina perto do Vaticano, onde a entregou a um homem “com todo aspecto de sacerdote”, e que estava em um automóvel com placa do Estado pontifício.

Fonte: EFE

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