A Arquidiocese do Rio de Janeiro lamentou nesta quarta-feira a morte da médica e coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, no Haiti, após um terremoto de 7 graus de magnitude atingir o país na terça-feira.

Em seu site, a entidade compara Zilda ao padroeiro do município, São Sebastião, e classifica a médica como “invencível atleta da fé”.

“Pedimos a Deus para recompensá-la por todo o bem que ela fez para o mundo, e que, ao mesmo tempo, possa ser muito feliz no céu. Também vamos rezar para que nós possamos trilhar o caminho da fraternidade e da paz”, afirmou o arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio, dom Orani João Tempesta.

Zilda estava em missão no Haiti e faria uma palestra nesta quarta-feira. Segundo informações preliminares, na hora do terremoto, ela estaria caminhando pelas ruas de Porto Príncipe, ao lado de alguns militares brasileiros, quando foi atingida pelos escombros de um prédio. Outros dez militares brasileiros também morreram em consequência do terremoto e outros cinco ficaram feridos.

Médica pediatra e sanitarista, Zilda fundou e coordenava a Pastoral da Criança no Brasil, órgão de ação social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Formada em medicina, aprofundou-se em saúde pública, visando salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência. Zilda era irmã do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo. Em 2006, ela foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, e, em novembro do ano passado, a médica recebeu a medalha de Mérito Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde.

“O bem que a Pastoral da Criança e também a Pastoral da Pessoa Idosa está fazendo às pessoas é inestimável. Tanto para a questão da mortalidade infantil quanto para cuidar da pessoa idosa. E ela dedicou todo seu conhecimento sanitarista para o bem das pessoas”, afirmou o arcebispo.

Fonte: Folha Online

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