[img align=left width=300]http://imguol.com/c/entretenimento/ae/2015/08/12/moises-transforma-agua-em-sangue-no-capitulo-de-os-dez-mandamentos-desta-quarta-feira-12-1439413272335_615x300.jpg[/img]

Depois de escrever três séries bíblicas para Record — “A História de Ester”, “Rei Davi” e “José do Egito” –, Vivian Oliveira vive o ápice da carreira com “Os Dez Mandamentos”. A novela que narra a trajetória de Moisés garantiu a vice-liderança no Ibope para emissora no horário nobre e trouxe prestígio para dramaturgia da casa. O folhetim foi o 17º programa mais visto da TV aberta no mês passado, na Grande São Paulo.

Em conversa com o UOL, a autora comemora a diversidade na TV brasileira e conta que planeja produzir um “Game of Thrones” brasileiro inspirado na disputa pelos territórios da Babilônia e Macedônia. “Acho bom ter alguém fazendo sucesso fora da Globo. Mais mercado para todo mundo”, afirma.

Vivian também explica que não enxerga a trama como uma “novela bíblica”, mas sim como um clássico, que deu certo porque trata-se de uma história forte, que fala de um povo em busca da liberdade e retrata diversos dilemas atuais ou em falta na sociedade.

“Ficou marcada como história bíblica porque é inspirada na Bíblia, mas se fosse assim, novelas inspiradas em um texto literário poderiam ser chamadas de ‘novela literária’. Não vejo assim, é uma trama histórica, que poderia ter sido inspirada em um clássico. A TV brasileira precisa de boas ideias, independente de ser bíblica ou não. Acontece que as bíblicas geralmente são muito boas [risos] e o Brasil está descobrindo isso agora. Hollywood [EUA] já vinha explorando isso”, afirma.

Para conseguir estender a novela até 170 capítulos, a escritora fez adaptações e criou diversas tramas paralelas para que de fato o enredo tivesse fôlego para entreter o público, já que o final é conhecido pela maioria.

“A novela fala da compaixão humana, das inseguranças, das paixões proibidas, as ambições, injustiças e conflitos. Resgata os valores familiares. O ser humano conhece todos esses sentimentos, ele passa por isso, por isso rola uma identificação imediata. Os dilemas são os mesmos”, explica.

Para retratar a história do povo hebreu que é escravizado pelos egípcios, e posteriormente segue em direção à terra prometida, Vivian leu a Bíblia e se dedicou aos livros e filmes. Além disso, ela também mantém pesquisas contínuas com o auxílio de especialistas em cultura judaica e no Egito antigo. “Tudo isso dá subsídio para criar. Muitas vezes deixo de lado a parte verídica, até para não virar um documentário, e uso a licença poética”, conta.

[b]Projeto mais ousado[/b]

Fã do seriado americano “Game of Thrones”, Vivian planeja para 2017 “Reinos”, inicialmente com 13 capítulos na primeira temporada. O objetivo é retratar a disputa pelos territórios da Babilônia, Macedônia e as terras de Canaã logo após a queda do rei Salomão. Ela sabe que a série vai requerer ainda mais pesquisas do que os últimos trabalhos.

[img align=right width=300]http://tv.i.uol.com.br/album/2013/01/31/30jan2013—a-autora-vivian-de-oliveira-no-evento-de-lancamento-e-exibicao-do-1-capitulo-da-minisserie-da-tv-record-jose-do-egito-na-barra-da-tijuca-rio-de-janeiro-1359632548833_300x200.jpg[/img]”A cara do projeto é mais ousada mesmo, com uma linguagem mais adulta. A ideia é termos uma narrativa inteligente, com conspiração política, instigante. Nesse caso, a nudez é o que menos interessa”, afirma.

Apesar do legado bíblico na carreira, a autora, que é evangélica, explica que tem outros projetos além do tema, mas confessa que gostou da experiência e não se incomoda com o rótulo. “A Record descobriu um nicho de mercado e que está dando certo, enquanto muita gente acreditava que não daria certo. Fui ganhando experiência e o que mais quero é continuar nesse ramo [temas bíblicos] até que se esgote”.

[b]Fonte: UOL[/b]

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