O bispo Séamus Hegarty teria feito um “pacto secreto” para que uma vítima de abuso sexual não fosse à Justiça.

O bispo Séamus Hegarty, 71, da diocese irlandesa de Derry, apresentou sua renúncia ao papa Bento 16 por estar sendo acusado de ter feito um “pacto secreto” para que uma vítima de abuso sexual não fosse à Justiça.

No ano passado, o jornal The Belfast Telegraph publicou que uma jovem foi abusada por um padre ao longo de uma década, começando quando ela tinha 8 anos de idade, e que estava impedida de levar o caso aos tribunais porque tinha assinado uma cláusula de confidencialidade com a Igreja Católica. A única providência que Hegarty tomou em relação ao padre foi transferi-lo de paróquia.

Segundo o jornal, a vítima teria recebido 12 mil libras esterlinas (cerca de R$ 33,8 mil) e uma carta de desculpas do agressor em troca de seu silêncio.

O Vaticano informou que a renúncia foi aceita de acordo com o Código do Direito Canônico, que tem um artigo estabelecendo que um bispo pode se afastar de suas atividades em caso de “doença ou outra causa grave”.

Até agora, com Hegarty, cinco bispos irlandês pediram afastamento ou foram afastado pela igreja em decorrência de acobertamento de padres pedófilos.

Dois relatórios mostram que sacerdotes católicos abusaram de milhares de crianças nas últimas décadas, com a conivência, inclusive, do Vaticano. Por causa disso a Irlanda fechou sua embaixada na Santa Sé, sobre o pretexto de redução de gastos.
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Fonte: Paulopes[/b]

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