O bispo da diocese mexicana de Ecatepec, Onésimo Cepeda, foi denunciado pela empresa Arthinia Internacional na Procuradoria Geral da República (PGR) do país por suposta lavagem de dinheiro.

A empresa, criada em 1976 no Panamá, quer que a Procuradoria investigue a procedência e o destino de US$ 130 milhões (R$ 230 milhões) que Cepeda diz ter emprestado, em dinheiro vivo, em abril de 2003 a Olga Azcárraga, que morreu em novembro do mesmo ano sem pagar a dívida.

Azcárraga era presidente do Conselho Diretivo da Arthinia Internacional e possuía 24 obras de pintores como Pablo Picasso, Marc Chagall, Amedeo Modigliani, Frida Kahlo, Diego Rivera, Leonora Carrington e Rufino Tamayo, as quais o religioso pede como pagamento do empréstimo, segundo publicou a imprensa local.

A denúncia por suposta lavagem de dinheiro inclui também Jaime Matute, ex-administrador de Olga Azcárraga, já que existe uma nota promissória de US$ 130 milhões assinada pela ex-presidente do Conselho Diretivo da empresa a favor do bispo, e endossada por ele a Matute.

Em outubro de 2008, a Arthinia Internacional havia denunciado Onésimo Cepeda e Jaime Matute por fraude processual após eles reclamarem à empresa o montante de US$ 130 milhões, dinheiro que nunca ingressou na companhia, de acordo com o advogado Xavier Olea Paez.

Em uma coletiva de imprensa, Peláez questionou “de onde Onésimo Cepeda obteve US$ 130 milhões para entregar à senhora Azcárraga e de onde Jaime Matute obteve uma importante quantidade de dinheiro para que lhe fosse endossada a nota promissória?”.

Fonte: Folha Online

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