Missionários Godfrey Ali Shikagham (à esquerda) e Lawrence Duna Dacighir, antes de serem executados pelo Boko Haram. (Imagem: Amaq)
Missionários Godfrey Ali Shikagham (à esquerda) e Lawrence Duna Dacighir, antes de serem executados pelo Boko Haram. (Imagem: Amaq)

O grupo extremista islâmico Boko Haram divulgou um vídeo na semana passada, mostrando a execução de dois missionários na Nigéria, segundo fontes.

Lawrence Duna Dacighir e Godfrey Ali Shikagham, ambos membros da Igreja de Cristo nas Nações (COCIN) no estado de Plateau, são mostrados ajoelhados enquanto três homens mascarados e armados estão atrás deles em um vídeo postado em 22 de setembro no site da agência de notícias do Boko Haram, “Amaq”.

Nas imagens, os dois jovens, que foram a Maiduguri para ajudar a construir abrigos para pessoas deslocadas pela violência extremista islâmica, são baleados por trás.

Falando a língua hausa, o terrorista do meio diz no vídeo que prometeu matar todos os cristãos que o grupo capturar, em vingança pelos muçulmanos mortos em conflitos religiosos anteriores na Nigéria.

Dacighir e Shikagham, originalmente do condado de Mangu, no estado de Plateau, foram capturados pelo Boko Haram, agora chamado Estado Islâmico na província da África Ocidental (ISWAP), enquanto realizavam seu trabalho em campos de deslocados.

As tensões étnicas e religiosas resultaram em confrontos em larga escala entre muçulmanos e cristãos em Jos, em 2001 e 2008.

Não ficou claro no vídeo, postado temporariamente no YouTube, quando os dois homens foram executados. Suas identidades foram confirmadas pelo Rev. John Pofi, pastor da COCIN, que também é primo dos dois homens.

“Lawrence e Godfrey deixaram Abuja para Maiduguri em busca de oportunidades de utilizar suas habilidades para o bem da humanidade e acabaram pagando com suas vidas”, disse Pofi. “Nunca conseguiremos enterrar seus cadáveres. A comunidade terá que se contentar com um memorial improvisado para essas jovens vidas interrompidas de maneira tão horrível”.

“Se o governo federal tivesse se antecipado em criar oportunidades econômicas para aqueles se juntaram a grupos extremistas e devolvido a segurança ao país, meus primos não estariam mortos agora”, acrescentou o pastor Pofi.

“Devemos nos perguntar se esse é o tipo de país que queremos, onde jovens que ganham uma vida honesta são brutalmente mortos, enquanto aqueles que sequestram e matam outros são convidados a dialogar com o governo”, disse ele.

A Nigéria ficou em 12º lugar na Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas (EUA) de 2019 sobre os países onde os cristãos sofrem mais perseguição religiosa.

Fonte: Guia-me com informações de Morning Star News

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