A britânica Nadia Eweida, que foi convidada pela British Airways a remover um crucifixo do pescoço em 2006, ganhou nesta terça-feira um caso de discriminação religiosa no Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

A decisão significa que empresas privadas terão que reconsiderar como tratar os direitos de seus empregados por expressar suas crenças religiosas no local de trabalho. Outras três pessoas perderam em casos similares. No Twitter, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, aprovou a decisão.

Em setembro de 2006, a funcionária do balcão de check-in do aeroporto de Heathrow, em Londres, foi obrigada a voltar para casa após se recusar a tirar ou cobrir o crucifixo. Na época, de acordo com os padrões de vestimenta da companhia, símbolos religiosos poderiam ser usados, desde que não fossem visíveis. O episódio desencadeou um intenso debate na Inglaterra sobre a religião na vida pública. O tribunal decidiu que o pedido da companhia aérea para que a funcionária removesse a cruz “equivalia a uma interferência no seu direito de manifestar sua religião”.

Em sua conta no Twitter, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, comentou a decisão: “Estou encantado de que o princípio de usar símbolos religiosos no trabalho tenha sido mantido – as pessoas não devem sofrer discriminação por causa de crenças religiosas”. Em julho de 2012, Cameron prometeu introduzir uma legislação que permitisse ao indivíduo usar símbolos religiosos no trabalho em resposta ao caso.

Apesar da vitória de Nadia, Shirley Chaplin, Lillian Ladele e Gary McFarlane perderam causas semelhantes em que argumentavam que os tribunais britânicos não tinham protegido os seus direitos de expressão religiosa.

[b]Fonte: Yahoo[/b]

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