O presidente americano, George W. Bush, declarou na última terça-feira (22) a dissidentes chineses recebidos na Casa Branca que levará “a mensagem da liberdade” à China, para onde viaja na próxima semana por ocasião da abertura da Olimpíada, declarou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.

“O presidente Bush se encontrou com cinco militantes chineses em pró da liberdade para evocar com eles suas preocupações com os direitos humanos na China”, disse Perino, em um comunicado.

Ainda de acordo com a nota, o presidente disse aos ativistas que “o diálogo com os dirigentes chineses lhe dá uma oportunidade de expor claramente a posição dos Estados Unidos: não se pode negar a ninguém os direitos humanos e a liberdade religiosa”.

Líderes recebidos

Dana Perino contou que Bush se reuniu na Casa Branca com Harry Wu, Wei Jingsheng, Rebiya Kadeer, Sasha Gong e Bob Fu.

Harry Wu passou quase 20 anos em campos de trabalho forçado na China e, hoje, é um ativista pelos direitos humanos residente nos Estados Unidos. Testemunhou no Congresso sobre a utilização de trabalho escravo em sua terra natal.

Wei Jingsheng ficou 18 anos preso na China, por causa de seus artigos contra as autoridades comunistas, e vive nos EUA desde 1997.

Já Rebiya Kadeer é uma líder da comunidade uigur, majoritariamente muçulmana, a principal na região de Xinjiang, que se uniu ao marido, nos EUA, em 2005, após passar seis anos atrás das grades.

Sasha Gong é um acadêmico e escritor que trabalhou na Rádio Ásia Livre.

Bob Fu é um ex-líder do movimento estudantil pela democracia em Pequim. Foi detido, brevemente, antes de deixar a China nos anos de 1990 e, agora, luta pelos direitos humanos, dos Estados Unidos por meio da Associação de Ajuda à China ( CAA, sigla em inglês).

Os cinco ativistas “saudaram o forte compromisso do presidente com os direitos humanos e a liberdade religiosa e o instaram a continuar dando essa mensagem não apenas para os dirigentes chineses, mas também para todo o povo da China”.

Bush também participou, rapidamente, de uma reunião entre seu conselheiro de Segurança Nacional, Stephen Hadley, e o chanceler chinês, Yang Jiechi.

Anistia Internacional

Dana Perino relatou ainda que Bush “desejou sucesso dos Jogos” Olímpicos e espera que “sejam uma oportunidade para que os chineses mostrem sua compaixão, quando se trata de direitos humanos e de liberdade”.

Com a cerimônia de abertura marcada para 8 de agosto, a Anistia Internacional emitiu uma rigorosa avaliação dos registros de direitos humanos da China na terça-feira, dizendo que muitos de seus cidadãos tiveram liberdades reduzidas desde que Pequim ganhou a disputa pelos Jogos Olímpicos.

Fonte: Portas Abertas

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