Ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão - 2017
Ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão - 2017

Na última semana o ministro da cultura, Sérgio Sá Leitão (foto), se reuniu com representantes de religiões de matrizes africanas no Rio de Janeiro para tratar sobre o reconhecimento do candomblé e da umbanda como patrimônio cultural do Brasil.

Com o tema “O lugar da tolerância religiosa e da religiosidade de matriz africana nas políticas culturais”, o encontro debateu a intolerância religiosa praticada contra essas religiões.

Foram apresentadas sete propostas dos terreiros, fazendo com que o ministro se comprometesse a constituir um grupo de trabalho integrado entre representantes do MinC e representantes dessas entidades.

Além de reconhecer o candomblé e a umbanda como patrimônio brasileiro (trabalho feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan), os líderes religiosos também pedem que as duas religiões sejam inscritas como patrimônio mundial.

Reação evangélica

O encontro entre o ministro da Cultura e líderes de religiões de matrizes africanas gerou uma reação da bancada evangélica que cobrou do ministro Sérgio Sá Leitão um tratamento igualitário às demais religiões do país.

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) criticou de forma severa a postura do ministro Leitão: “Laicidade do Estado exige tratamento paritário. Se uma religião pode ser patrimônio imaterial do Brasil, todas as outras, pelo princípio da isonomia, também deverão ser”, disparou.

Os parlamentares da bancada evangélica deverão acompanhar o caso de perto e fazer pressão para que a questão não se transforme em privilégios das religiões afro.

 

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