Carlos Alberto Decotelli escolhido por Bolsonaro para ser Ministro da Educação, não chegou a tomar posse e pediu demissão após polêmicas em relação ao seu currículo
Carlos Alberto Decotelli escolhido por Bolsonaro para ser Ministro da Educação, não chegou a tomar posse e pediu demissão após polêmicas em relação ao seu currículo

O ministro da Educação, Carlos Decotelli, que é evangélico, anunciou o pedido de demissão nesta terça-feira (30), cinco dias após ser nomeado para cargo pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele entregou uma carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro.

A demissão foi a maneira encontrada pelo governo para encerrar a crise criada com as falsidades no currículo divulgado por Decotelli, o terceiro ministro da Educação da gestão Bolsonaro.

Decotelli afirmou ser pós-doutor por uma universidade na Alemanha. A instituição negou.  O doutorado, realizado na Argentina, também foi contestado pela universidade. O  mestrado de Decotelli também está sendo alvo de críticas, por conta do suposto plágio em sua dissertação.

A Universidade Nacional do Rosário, na Argentina, confirmou que Decotelli não concluiu o doutorado na instituição . A mesma revelação foi feita pela Universidade de Wüppertal, na Alemanha, que  apontou a falsificação no currículo do ministro que não desenvolveu tese de pós-doutorado na instituição alemã.

Além disso, a Fundação Getúlio Vargas apontou inconsistências no currículo do agora ex-ministro da Educação, Carlos Decotelli. A FGV aponta que Decotelli nunca foi pesquisador ou professor das escolas da instituição.

Nesta terça, Decotelli demonstrou a pessoas próximas insatisfação com o gesto da FGV. Ele alega que lecionou em cursos de educação continuada da faculdade. Para o agora ex-ministro, diante de mais esse episódio, não haveria outra alternativa que não fosse pedir demissão.

A nova controvérsia irritou Bolsonaro, segundo assessores, que consideraram a permanência de Decotelli insustentável.

Após a reunião emergencial com Bolsonaro, nesta segunda-feira (29),  Decotelli disse que esclareceu as questões com o presidente e comentou sobre as polêmicas.

Para dirigir o MEC, o mais cotado, por ora, é Anderson Correia, atual reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica). São cogitados também o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, o ex-assessor do Ministério da Educação Sérgio Sant’Ana e o conselheiro do CNE (Conselho Nacional de Educação) Antonio Freitas, que é pró-reitor na FGV e cujo nome aparecia como orientador do doutorado não realizado por Decotelli.

Fonte: Folha de S. Paulo e Último Segundo

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