O homem foi feito para a verdade e para o que é.
O que é foi o que procuraram e é o que procuram todos os que buscam encontrar a formula essencial da qual falou Jesus, acerca de uma só coisa.
Todos os filósofos e cientistas, especialmente os matemáticos e os físicos, sonharam e sonham com a chegada ao ponto mais Alfa-Omega possível na definição de princípio-fim ou de sentido único das coisas existentes.
Ora, embora somente o Infinito Pessoal possa de fato saber o que é — o homem se alimenta da verdade, ainda que na relatividade finita de seu olhar humano, mediante o qual ele deve existir buscando o que é; embora muitas vezes vivendo o que é como o que seja…
Porém o olhar necessita ser cioso pelo que é, ainda que viva no que seja. Precisa almejar conhecer a essência de todas as coisas, ainda que exista na superfície delas.
Para isso foi o homem criado, mesmo existindo como um ser caído.
Por esta razão a vida do homem só pode encontrar um mínimo de saúde neste mundo caído se ela se estribar no que pelo próprio homem possa ser conhecido como verdade — verdade nele; verdade nos outros; verdade dos fatos e circunstancias; e verdade como realidade e justiça em amor.
É neste contexto que vêm os “sim, sim” e “não, não” de Jesus.
No ambiente do sim que corresponde a sim e do não que corresponde a não, Jesus disse que a vida com Deus acontece.
“O que disso passar […], vem do maligno” — garantiu Ele.
O maligno é o pai da mentira, da fantasia, do perjúrio, da falsa testemunha, da língua que inventa, da mente que maquina e cria o mal, dos enganos e das camuflagens; e de toda a corrupção da realidade-verdade, sendo alterada para ser uma realidade-mentira.
Assim, boa parte do que os humanos chamam de vida é de fato existência como doença, pois, a existência jaz na mentira das aparências e das versões.
Desse modo, também a maior parte do material que nós chamamos de nosso mundo e nossa existência tem procedência maligna; posto que nasce na não do “sim, sim, não, não” da verdadeira vida, mas sim do “o sim será o sim que nós criarmos, e o não será o não de nossa conveniência… ou não…?”
Ora, existir entregue ao ambiente da mentira, falsifica tudo em nós. Posto que nos despe do pensar, do discernir, do sentir, do amar, do desejar, do construir… — com isenção. Fora da verdade onde pode haver isenção?
Portanto, pense:
Quais as bases sobre as quais a sua vida está erguida?
Seu sim equivale a sim e seu não equivale a não?
Ou você pensa que pode manipular a existência e não virar diabo?
“Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não; o que disso passar vem do maligno!”
Nele, que É,
Caio