Os evangelhos mostram que Jesus andava entre as pessoas, em todos os lugares; e que em praticamente quase todas as ocasiões Jesus estava ensinando o Evangelho, pregando o reino de Deus, curando os doentes impondo-lhes as mãos, e expulsando demônios ou espíritos de enfermidades.
Além disso, somos informados que praticamente todas as vezes que cura alguém de algum mal, Ele também afirma a Graça de Deus como perdão sobre a pessoa.
Por vezes ele perdoa os pecados antes de curar. Outras vezes Ele declara o perdão dos pecados depois de curar.
Aqui e ali aparecem milagres envolvendo a natureza ou mesmo os elementos subatômicos.
Não há regras. Mas há sentido em tudo. Há verdade. Há propriedade absoluta. É assim que é. Esse é o modo de Jesus.
Depois de Jesus ter sido elevado acima de todas as coisas, Seus discípulos continuaram crendo e praticando do mesmo modo.
O livro de Atos dos Apóstolos está cheio dessa realidade. Entre eles o Evangelho não era feito nem de textos, nem de estudos, nem de palestras, nem de discussões, nem de reflexões.
Não! Essas coisa, quando vinham, vinham depois… Pois, antes de tudo, eles criam que o Evangelho era poder de Deus. Criam que era pura dinamite eterna. Para eles era uma bomba de poder. Poder que se derramava para curar pela imposição das mãos, pela Palavra de autoridade em fé; e poder para vencer as forças deste mundo, dentro e fora deles.
Entretanto, algumas décadas depois, com a morte dos apóstolos, a igreja do Reino de Deus, do poder, dos milagres, da ousadia, da intrepidez, da moderação, do amor, da bondade e da misericórdia — foi se tornando uma sinagoga de discussões de pensamentos, de disputas acerca da verdade, de muitas filosofações acerca de Deus, da Encarnação, da Natureza de Jesus, do céu, do inferno, do julgamento, etc.
E, nessa mesma medida, a Igreja do Reino, a Igreja do Caminho, a Igreja dos Chamados Para Fora, foi se afastando da vereda de Jesus, foi esquecendo o Caminho; e foi assentando-se para falar de Deus ao invés de levantar-se para viver Deus, conforme Jesus ensinara.
Ora, a Sinagoga se impôs sobre o Caminho!
Alias, a Sinagoga surgiu a fim de substituir o lugar do Templo de Jerusalém na alma dos judeus durante o Exílio em Babilônia.
Do mesmo modo a igreja tornou-se uma Sinagoga quando desistiu da leveza do Caminho e da simplicidade de apenas crer e praticar conforme Jesus.
A igreja como Sinagoga fixa é a desconstrução da Igreja do Caminho!
As pessoas me perguntam onde quero chegar. Ora, de fato, meu único desejo é ver o povo do Caminho, os chamados para fora, a Igreja — tornar-se apenas e tão somente esse povo simples do passado, que amava sem clichê, que errava enquanto andava e se ajeitava durante o trajeto, que não tinha nem prata nem ouro, mas tinha poder e fé; e que não buscava inventar nada, mas tão somente crer que agir como Jesus era a única missão deles, pois, Jesus os havia enviado assim como o Pai O enviara.
Tem sido sempre assim: quem perde o essencial, cria uma sinagoga.
Esta é a tragédia. Aqui surgem os muitos mestres, as muitas falas, os muitos assuntos, os muitos problemas… Mas é aqui que desaparecem os sinais, os prodígios e as maravilhas.
Sim! Aqui surge a Sinagoga.
Filhos da Sinagoga! Voltem ao Caminho, ao ensino simples, enquanto se vai… Voltem à pregação que surge como encontro. Voltem ao amor que estende a mão, que a pousa quente e meiga sobre as cabeças dos aflitos, pelos quais se ora com a certeza de que o Deus de toda Graça sempre visita aos que o buscam em fé.
Mas para que isso aconteça, cada discípulo de hoje precisa se sentir tão apaixonado por Jesus e pelo Evangelho como apaixonados estavam aqueles que viram Jesus ressuscitar dos mortos; ou como aqueles que com Ele se encontraram depois que subiu aos céus, como Paulo, que O encontrou na estrada de Damasco.
Sim! Sem esse amor apaixonado não há nem fé, nem amor e nem poder em nada que façamos. E, assim, não haverá curas, nem milagres e nem maravilhas de Deus.
Como ensinou Lutero:
O normal é se viver hoje como se Jesus tivesse morrido ontem, ressuscitado hoje e fosse voltar amanhã!
Sem que alguém sinta o Evangelho desse modo, jamais conhecerá o poder de Deus dando testemunho da Palavra pregada.
O que passar disso é engano, marketing, propaganda, performance, e carismas e dons “paraguaios”.
Sim! O que passa disso começa a se tornar Sinagoga e acaba por se tornar Sinagoga de Satanás!
Pense nisto!
Caio