A morte e a finitude do ser humano o impedem de admitir alguém que seja um Eu e que exista sem explicação de sua própria existência.
O homem olha a si mesmo, vê sua morte e a dos outros, e pensa: “Se nasci e morrerei, então, toda existência que sabe de si mesma tem que saber de sua própria procedência…”
O homem sabe que é; que existe. Mas não sabe nem como e nem por que…
Assim como sua própria existência queda inexplicada ele imagina que qualquer outra existência que saiba de si mesma [como a de um Deus Pessoa] tem que acontecer sob explicações; pois, se não explico a mim mesmo sem “Deus”, Ele, em razão disso, tem que se deixar explicar por minha causa e necessidade — é o que demanda o homem.
Por isso o homem não consegue apenas crer em Deus assim como ele crê em sua própria existência, a qual ele não sabe explicar tanto quanto não pode negar.
Desse modo a crise do homem acerca de Deus equivale à sua própria crise e impossibilidade de aceitar também sua própria existência pela fé.
Sem fé é impossível agradar e conhecer a Deus, assim como sem fé é impossível ao homem aceitar a existência do homem.
Sim! Sem fé é impossível ao homem aceitar a existência do homem ou aceitar a si mesmo na existência.
Existir sem fé é a decisão existencial de não se matar, mas de morrer para sentido da vida.
Quem não concordar, então, tente!…
Caio