O Conselho Mundial de Igrejas encerrou hoje uma conferência de paz de três dias na Jordânia pedindo o “fim da ocupação ilegal da Palestina por parte de Israel”, segundo o comunicado final, através de seu secretário geral, reverendo Samuel Kobia (foto).

O conselho criou o Fórum Ecumênico Palestina-Israel, que busca “catalisar e coordenar os esforços novos e já existentes das igrejas para acabar com a ocupação ilegal de acordo com as resoluções da ONU”.

Em seu “pedido urgente”, que ressalta que as resoluções da ONU são a base para a paz, os religiosos se comprometeram a participar ativamente como uma frente unida.

O documento apóia a autodeterminação palestina, descreve os assentamentos israelenses como “ilegais e um obstáculo para a paz” e qualifica o muro de separação que Israel constrói como “uma grave violação das leis internacionais”.

O Conselho Mundial das Igrejas, que promove a unidade cristã e tem sua sede em Genebra, foi fundado em 1948 e reúne 347 igrejas protestantes, ortodoxas e anglicanas, entre outras, que representam 560 milhões de cristãos de 110 países.

Kobia visitará Israel e Palestina

O secretário geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), reverendo Samuel Kobia (foto), visitará as igrejas membros e as comunidades cristãs dos Territórios Palestinos ocupados e de Israel, nos dias 21 a 26 de junho.

A visita ocorre imediatamente após o lançamento, em Amman, Jordânia, do Fórum Ecumênico Palestina/Israel, patrocinado pelo CMI. O objetivo da viagem é expressar a solidariedade das igrejas de todo mundo com as igrejas da Terra Santa. A visita também pretende transmitir a preocupação pelo futuro dos dois povos afetados pelo conflito palestino-israelense.

“As igrejas membros do CMI crêem que as comunidades cristãs da Terra Santa constituem uma parte histórica essencial da região e que seu futuro e bem-estar estão unidos ao futuro e bem-estar dos muçulmanos e dos judeus”, afirmou Kobia.

O secretário-geral vai se reunir com líderes das igrejas em Jerusalém. Pregará na Catedral de São Jorge e visitará uma série de lugares bíblicos na área de Jerusalém e na Galiléia.

Durante a estada na região Kobia terá reuniões com o Grande Rabinato de Israel, o Alto Conselho Islâmico e o Mufti de Jerusalém e da Palestina, além de encontros de alto nível com o governo israelense e a Autoridade Palestina.

O secretário geral visitará Yad Vashem, um monumento aos seis milhões de vítimas de judeus do Holocausto, e o Muro Ocidental, vestígio do segundo templo judeu. Kobia participará, numa sinagoga, de ofício religioso e visitará a mesquita Al Aqsa, de Jerusalém, e campos de refugiados na Cisjordânia.

Kobia vai reunir também com os voluntários que atuam no Programa Ecumênico de Acompanhamento na Palestina e Israel (PEAPI). Ele vai acompanhá-los no seu trabalho diário com refugiados e com os grupos de paz israelenses.

Fonte: EFE e ALC

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