Um juiz de um subúrbio de Atlanta deu, nesta terça-feira (29/5), 64 minutos a Laura Mallory para que ela argumentasse por que os livros da série Harry Potter deveriam ser removidos das bibliotecas das escolas. Ela não o convenceu.

Em vez disso, o juiz Ronnie Batchelor, da Corte Superior, manteve a decisão anterior das escolas públicas de Gwinnett County de rejeitar o pedido de Mallory e manter a popular série da escritora J.K. Rowling nas prateleiras das bibliotecas das escolas de Gwinnett.

A audiência de terça-feira marcou a quinta derrota para a mãe de Loganville que, em 2005, lançou sua cruzada anti-Potter na escola primária McGill, freqüentada por dois de seus filhos.

Mallory disse que considera impetrar um novo caso em um tribunal federal e contratar um advogado para representá-la. “Algum dia a verdade sobre isto virá à tona”, ela disse.

Sloan Roach, uma porta-voz do sistema de ensino, disse que o Conselho de Educação de Gwinnett County está preparado para a possibilidade. “Obviamente esperamos que seja o fim disto”, disse Roach.

Os defensores dos populares livros dizem que eles encorajam as crianças a ler.

A audiência de terça-feira deu a Mallory mais tempo para apresentar seu argumento contra os livros do que nas audiências públicas anteriores da qual participou. Ela repetiu muitas de suas queixas anteriores sobre a série Harry Potter. Mallory argumenta que os livros incitam as crianças a praticarem bruxaria e que a decisão do conselho de educação de oferecer os livros em bibliotecas financiadas pelos contribuintes viola a Constituição federal porque, segundo ela, eles promovem a religião wiccana.

Ela disse ainda que os livros são violentos demais para serem lidos por crianças. Reconheceu, porém, que não leu nenhum dos livros da série Harry Potter, mas recitou trechos de pelo menos três dos livros para ilustrar seus argumentos. Ele chamou a descrição por Rowling do renascimento do maligno Lorde Valdemort em “O Cálice de Fogo”, o quarto livro da série, de “apenas um exemplo da violenta imundície espiritual que nossas crianças estão lendo”.

Às vezes caindo em lágrimas, Mallory leu o testemunho de uma adolescente que disse que a leitura dos livros a levou a contemplar o suicídio. Mallory também alegou que os livros levaram um menino a adotar comportamento de risco, incluindo prática de bungee jump. “Eu tenho o sonho de que Deus voltará a ser recebido em nossas escolas”, disse ela.

Fonte: Cox Newspapers

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