No Azerbaijão não são permitidas atividades religiosas além das instituições controladas pelo Estado. Os agentes do governo estão infiltrados em todas as congregações religiosas.
Pastores e outros líderes da igreja são regularmente convidados para conversas com a polícia. Isso gera um enorme medo – ninguém sabe em quem confiar.
Como resultado, poucos se atrevem a falar com estrangeiros e poucas informações sobre perseguição são conhecidas fora do país.
O nível de opressão no Azerbaijão é tão alto que os cristãos azerbaijanos acham mais fácil evangelizar no Irã do que em seu próprio país.
A média de pressão aos cristãos está em um nível muito alto (11,2), aumentando de 11,0. A elevação ocorreu principalmente nas esferas da vida privada e família, um indício que a pressão na comunidade muçulmana tem crescido.
Os indicadores para a influência do governo (nas esferas nação e igreja e com menos extensão na comunidade) permanece estável. A esfera com maior nível de pressão é a vida privada, que reflete a seriedade da pressão aos convertidos em ambientes muçulmanos.
A pontuação para violência está baixa, diminuindo de 2,4 em 2018 para 1,5 em 2019. Poucas pessoas ousam falar e, portanto, o número de incidentes de violência reportados do país é baixo.
Nos últimos cinco anos, apenas em 2017 o Azerbaijão não esteve presente no Top 50 dos países onde é mais difícil ser cristão.
Desde 2015, os níveis de pressão em todas as esferas da vida subiram e parecem estáveis em níveis muito altos, principalmente na vida privada, igreja e nação. A média de pressão ecoa esse aumento e estabilização.
No Azerbaijão, a vida de indígenas é baseada na cultura islâmica, o que coloca mulheres em uma posição inferior aos homens. Elas devem mostrar submissão total aos pais e, se casadas, aos maridos.
No país, as tradições familiares e regras são rígidas e a desobediência a membros mais velhos da família não é aceitável. Isso torna convertidas mulheres mais vulneráveis à perseguição caso desafiem as regras existentes.
Cristãos ex-muçulmanos correm mais risco, do que não convertidos, de experimentarem abuso físico e verbal, assédios, ameaças, prisão domiciliar, discriminação e rejeição pela família e comunidade muçulmana, sejam homens ou mulheres. Homens geralmente são o chefe das famílias e os principais provedores.
Quando um homem cristão se torna alvo de perseguição, possivelmente perdendo o emprego, toda a família será atingida. Se ele é líder de uma igreja, enfrentar perseguição afetará a igreja e pode resultar em um aumento de medo entre os membros.
Fonte: Portas Abertas