Igreja copta incendiada no Egito (Foto: Portas Abertas)
Igreja copta incendiada no Egito (Foto: Portas Abertas)

Três igrejas coptas foram incendiadas na região do alto Egito, em um período de três semanas.

As investigações sobre a causa dos incidentes estão em andamento, porém, as autoridades locais acreditam ser resultado de problemas com as instalações elétricas. Mas os líderes da igreja suspeitam de ataques premeditados.

Na manhã do dia 11 de novembro, as chamas começaram na sala ao lado da Mar-Girgis Al-Gyouschi Church no distrito de Shubra, Cairo. Apesar de provocar danos nas instalações, não houve feridos.

Porém, em 16 de outubro, cinco pessoas ficaram machucadas com o incêndio da Mar-Girgis em Mansoura, 120 km a nordeste da capital egípcia. Outra igreja que sofreu com o fogo foi a Mar-Girgis no distrito de Helwan, Cairo.

Em entrevista ao World Watch Monitor, o líder cristão Samil Mohsen, da Mar-Girgis em Mansoura disse que as imagens gravadas mostraram que alguma coisa foi jogada, do telhado do mercado de vegetais, atrás da igreja. As câmeras não estavam direcionadas para a parte superior, então não gravaram quem poderia ter atirado algo.

Outro líder cristão da igreja em Mansoura e também engenheiro elétrico, Armia Iskander, contou que é improvável que um curto-circuito tenha causado o incêndio.

“Quando nós construímos a igreja, desenhamos os circuitos elétricos da melhor maneira possível. O painel de distribuição de eletricidade é equipado com dispositivos de proteção contra sobretensão e aumento de alta voltagem”, explicou.

A igreja em Helwan foi construída em 1898 pela comunidade alemã, e desde 1971 era usada pela igreja copta. O líder do local há 30 anos, Andrawes Azmy lamenta a destruição causada pelo fogo e reconhece que muitas coisas não poderão ser restauradas. “Nossa perda é grande. Nós perdemos um grande e histórico prédio e não podemos reconstruir nada”, lamenta.

O Egito ocupa o 16º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2019. Os cristãos do país são submetidos a forte opressão islâmica, ao antagonismo étnico e a paranoia ditatorial. Eles são considerados a maior população cristã sobrevivente na região.

Fonte: Portas Abertas

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