O ano de 2020 começou conturbado para alguns cristãos de Faw Bahry, Egito.
No dia 31 de dezembro, alguns extremistas islâmicos incendiaram quatro casas e atacaram uma igreja com os membros dentro, após a notícia de que os seguidores de Jesus estavam organizando uma noite de oração na véspera do Ano Novo.
A polícia foi chamada e prendeu seis muçulmanos radicais, quatro membros das famílias que tiveram as casas atacadas e um jovem que gravou o ocorrido e postou nas redes sociais.
As autoridades pediram para que os cristãos cancelassem a reunião de oração, fechassem a igreja e retornassem para casa. O líder que iria dirigir o encontro estava vindo de outro local e foi impedido de entrar na vila.
Como resultado do incidente, o prefeito muçulmano de Faw Bahry forçou os cristãos coptas à uma reconciliação no dia 6 de janeiro. Durante a sessão, foi decidido que a maioria dos envolvidos seriam soltos e a igreja seria fechada. Mas o jovem cristão que publicou o vídeo dos ataques na internet ainda está preso, sob a acusação de incitar conflitos sectários. O irmão dele também foi detido pelo mesmo motivo.
O Egito ocupa a 16ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019 e um dos motivos desta classificação é a opressão islâmica. O país abriga a maior presença cristã da região, porém, isso não garante a liberdade religiosa. Pelo contrário, aumenta a pressão feita pela Irmandade Muçulmana com o objetivo de tornar o islamismo um elemento central da identidade egípcia.
Fonte: Portas Abertas