Uma quadrilha chefiada por um ex-interno da Febem, acusada de extorquir em R$ 50 mil um dos mais conhecidos integrantes da Igreja Católica, o padre Júlio Lancelotti, teve sua prisão decretada. As informações são da SPTV.

Há um ano, o padre Júlio havia procurado a polícia para relatar a pressão que estava sofrendo. O líder da quadrilha, Anderson Marcos Batista, 25 anos e sua mulher foram presos sob acusação de tramar o golpe. O padre contou à SPTV que conheceu o ex-interno na Febem quando cumpria pena por roubo.

Anderson havia pedido ajuda ao padre para recomeçar, logo que saiu da instituição há sete anos. “O pedido começava com coisas razoáveis, depois foi aumentando de exigência e não era mais um pedido, mas no fundo era uma forma de exigir”. O padre diz que isto durou três anos. “As ameaças eram as mais variadas, principalmente as que eles usavam era eu vou resolver do meu jeito. Eu cheguei a vê-los violentos ou embriagados, então era uma forma de uma violência que quase que me sugeria não paga para ver.”

O padre Júlio Lancellotti que é diretor da Casa Vida que trata de crianças com AIDS, esclarece porque agüentou a extorsão por tanto tempo. “Talvez eu tenha buscado que ele não fizesse mal para outros. De que ajudados, eles cessassem essa violência”.

Segundo a SPTV, Everson dos Santos Guimarães e o irmão dele são apontados como intermediários.
O inquérito da polícia contém gravações das conversas do padre com Anderson e com a mulher dele, que usava o filho de três anos para ameaçar padre Júlio. “Ela sempre dizia, isso está na gravação, meu filho vai dizer que você mexeu com ele. Eu dizia, mas você vai ter coragem de dizer para o seu filho falar isso, isso é um absurdo”, lembra o padre.

De acordo com a reportagem, dos acusados da extorsão, apenas um está preso e três estão foragidos.

Fonte: Terra

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