Padre Robson de Oliveira Pereira (Foto: Reprodução)
Padre Robson de Oliveira Pereira (Foto: Reprodução)

O padre Robson de Oliveira, da Basílica do Divino Pai Eterno, em Goiás, que teve uma investigação arquivada pela Justiça por desvio de dinheiro doado por fiéis, pode voltar a se complicar judicialmente caso novas provas sejam aceitas pelo Judiciário e a apuração seja reaberta.

A avaliação é do secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda.

“Há indícios fortes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, uma quadrilha que se apoderou uma igreja”, disse ele, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, deste domingo (21/2).

O programa trouxe áudios inéditos encontrados, segundo a apuração, em celulares do padre.

Em um dos áudios, Robson estaria discutindo com o advogado Luís Barbosa sobre a situação de outro advogado, Anderson Reiner Fernandes, que teria virado um desafeto. Na ocasião, o padre chega a pedir que o “adversário” seja morto.

“Se o Senhor pudesse matar ele pra mim, seria uma bênção”, diz o padre.

Em outro áudio divulgado, o padre Robson também conversa com a delegada de Trindade, Renata Viera, que foi afastada do cargo na última semana pela chefia. Apesar de ser amiga do líder religioso desde 2009, Renata foi a responsável por conduzir a investigação que envolvia o nome de Oliveira. No áudio divulgado, Robson faz um relato sobre uma cobrança que faria.

“Eu vou levar um policial e um assessor armado. Vai ser na base do Faroeste Caboclo”, afirma o clérigo.

A defesa do religioso disse à Rede Globo que não reconhece a autenticidade dos áudios, os quais poderiam ter sido alterados por hackers.

Em nota, a delegada Renata Vieira disse ao Fantástico que é amiga do Padre Robson desde 2009. Ela afirma também que presidiu investigação de eventual crime de extorsão em que o padre era vítima e que obedeceu às normas da lei.

A defesa do Padre Robson, por sua vez, afirmou que os áudios são “frutos de montagens e adulterações feitas por pessoas inescrupulosas”. Já a presidência do Tribunal de Justiça de Goiás afirma que não se pode presumir a ocorrência de irregularidades no julgamento de processos a partir de conversa mantida entre advogado e cliente.

Apesar da alegação de montagem por parte da defesa, os investigadores garantiram ao programa da TV Globo que os conteúdos passaram por perícia técnica, a qual comprovou ser mesmo o padre falando nos áudios.

Fonte: Pleno News

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