O presidente americano, George W. Bush, destacou os laços entre Estados Unidos e Israel durante sua visita à Jerusalém, para a celebração dos 60 anos da criação de Israel.

“Nossas duas nações enfrentaram grandes desafios quando foram fundadas e nossas duas nações confiaram nos mesmos princípios, o que nos ajudou a vencer. Construímos democracias fortes para proteger as liberdades dadas a nós por Deus.” “Damos as boas-vindas a imigrantes que nos ajudaram a progredir. Construímos economias prósperas recompensando inovações e pessoas que assumiam riscos. E construímos uma aliança duradoura para enfrentar terroristas e tiranos”, afirmou o presidente americano.

Mas, a chegada de Bush a Jerusalém foi ofuscada por mais um ataque com foguetes, disparados da Faixa de Gaza, que atingiu um shopping em Ashkelon, Israel, deixando várias pessoas feridas.

No começo do dia, quatro pessoas morreram em uma operação militar israelense na Faixa de Gaza.

‘Catástrofe’ Enquanto os israelenses comemoram os 60 anos da criação de Israel, os palestinos marcam a data com a Nakba, a “Catástrofe”, que é como os palestinos enxergam a criação do Estado israelense, segundo a correspondente da BBC em Jerusalém, Katya Adler.

De acordo com Adler, os palestinos não ficaram satisfeitos com a visita de Bush e questionam a razão de o presidente americano celebrar o nascimento de Israel e ignorar a Cisjordânia, onde vão ocorrer os eventos do dia da Nakba, quando os palestinos lamentam a criação do Estado israelense.

Cerca de 700 mil palestinos fugiram de suas casas ou foram expulsos em 1948, quando o Estado israelense foi criado.

A visita de Bush ao Oriente Médio não se resume apenas a Israel, o presidente americano vai passar também pela Arábia Saudita e Egito na tentativa de gerar novo ânimo nas negociações de paz entre israelenses e palestinos.

Bush não vai até os territórios palestinos, mas vai se reunir com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, no Egito.

E o presidente americano também deve tratar da questão em seu discurso desta quinta-feira no Parlamento israelense.

Fonte: BBC Brasil

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