Equipes de busca que procuram pelo padre Adelir De Carli, desaparecido no domingo (20), durante um vôo com balões coloridos no litoral de Santa Catarina, acreditam que a chance maior agora é de encontrar o religioso em alto-mar.

Navios-varredores da Marinha rastreiam regiões mais afastadas da costa, entre Penha e Barra Velha. Equipamentos dos bombeiros, como lancha e jet ski, também participam dos trabalhos, além do helicóptero da Polícia Militar.

“De domingo até ontem [segunda-feira], as correntes marítimas estavam atuando em direção ao alto-mar e para o Norte”, disse o tenente da Marinha José Marcos Kascharowski, da Capitania dos Portos de Itajaí, que comanda as buscas na região.

Em terra, a Polícia Militar (PM) utiliza um cão farejador para rastrear a área na Penha, onde foram encontrados pedaços dos balões que levavam o padre.

Decolagem
Carli decolou na tarde de domingo, amarrado a mil balões coloridos, mesmo com o mau tempo. No meio da tarde, fez um pedido de ajuda. “Preciso entrar em contato com o pessoal, para que eles me ensinem a operar esse GPS, para dar as coordenadas de latitude e longitude, que é a única forma que alguém por terra possa saber onde eu estou.”

O último contato aconteceu pouco antes das 21h. Pedaços de balões já foram encontrados em praias de Santa Catarina.

O religioso pretendia fazer um vôo de 20 horas, mas o vento levou o balonista em direção ao mar. Carli voa para promover as ações da Pastoral Rodoviária do Paraná, que faz missa nas estradas e dá apoio espiritual aos motoristas

Parentes, amigos e fiéis acompanham as buscas. Na madrugada desta terça-feira (22), foi feita uma vigília na igreja onde o padre atua, em Paranaguá (PR).

Outro vôo
O padre já viajou do Paraná para a Argentina no dia 13 de janeiro deste ano. Ele levantou vôo na cidade de Ampére (PR). Os balões atingiram 5,3 mil metros de altitude e o vôo durou quatro horas. Para se aproximar do chão e pousar, o padre usou um estilete: foi furando e soltando uma parte dos balões.

Fonte: G1

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