Igrejas evangélicas do Rio de Janeiro estão mobilizando esforços no combate e prevenção à epidemia da dengue. Segundo dados oficiais, mais de 90 pessoas morreram em decorrência da doença desde o início do ano no Estado.

Iniciado há pouco mais de dois meses, o projeto “Evangélicos unidos contra a dengue” ministra cursos de Capelania Hospitalar, com o intuito de oferecer apoio jurídico e espiritual às vítimas da dengue e seus familiares. O projeto está mobilizando fiéis evangélicos a comparecerem em hospitais e postos de saúde para distribuir água aos pacientes, que chegam a enfrentar 12 horas de filas à espera de atendimento médico.

O projeto também pretende abrir as portas das igrejas evangélicas fluminenses para que os profissionais da Defesa Civil possam ministrar cursos básicos de conscientização aos fiéis sobre cuidados a serem adotados na prevenção à dengue. O objetivo do curso é capacitar 40 voluntários de agentes de brigada para ministrar palestras nas comunidades e associações de moradores sobre a doença.

“Entendemos que além do exercício de nossa cidadania, precisamos colocar na prática o nosso amor cristão em atos de misericórdia”, afirmou à ALC a líder do projeto que une os evangélicos no combate à dengue, Denize Alcaide.

Com o apoio do presidente do Ministério Guanabara, reverendo Édson Menezes, o projeto vem sendo impulsionado através de trabalho voluntário, uma vez que os recursos para a promoção efetiva do combate e prevenção à dengue no Rio de Janeiro são escassos.

“Trabalhamos de forma voluntária, alimentando a expectativa de que mais pessoas possam vir a nos ajudar”, disse Alcaide. Até o momento, o projeto “Evangélicos unidos contra a dengue” mobilizou fiéis batistas, metodistas, presbiterianos, além de integrantes da Assembléia de Deus, Nova Vida e da entidade Jovens com uma Missão (Jocum).

Para o desenvolvimento do trabalho de capelania, o projeto arrecadou mais de 300 Bíblias para serem doadas em hospitais e postos de saúde. No entanto, ainda faltam voluntários para cumprir essa tarefa.

“Minha sensação é que, enquanto a doença não atinge pessoas que amamos, ou nossa própria saúde, ficamos inertes aguardando que tudo mude”, afirmou Denize. Ela alertou que, se não forem tomadas as devidas providências, o Rio de Janeiro corre o risco de desenvolver uma pandemia de dengue com centenas de mortes em 2009.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, desde o início deste ano foram registrados 131,2 mil casos da doença. O mês de maior incidência foi março, com 65 mil ocorrências.

Fonte: ALC

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