A Igreja Evangélica Espanhola (IEE) de Madri classificou o veto da Igreja Católica à teóloga católica Margarita Pintos, que pregaria na Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos, de anti-ecumênica.

Em comunicado de imprensa, os evangélicos assinalam que a postura da Igreja Católica espanhola está “próxima do sectarismo” e duvida que ela “conheça e aplique o verdadeiro significado da palavra ecumenismo”.

A Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos, realizada na Espanha há 50 anos, está agendada, em 2007, para 18 a 25 de janeiro, e dela participam diferentes confissões.

“As igrejas protestantes encontram-se ano após ano com um programa já pensado e pré-desenhado ao qual pouco que podemos contribuir”, diz o comunicado da IEE. Por esse motivo, a Igreja Evangélica Espanhola de Madri pediu, nesta edição, que pudesse designar a pessoa que faria a pregação na celebração da semana que teria lugar em seu templo. Foi escolhida para essa tarefa a teóloga católica Maragarita Pintos, decisão que não foi aceita pela Igreja Católica.

Apesar da negativa católica, a Igreja Evangélica decidiu continuar com o planejado. Essa decisão fez com que o programa final da convocação de oração da Igreja Evangélica Espanhola fosse suprido.

O presbitério da IEE de Madri entende que nenhuma confissão tem o direito unilateral de impor vetos a outra. “Para nós, este evento deve basear-se no respeito mútuo, não só de todas as confissões religiosas que dele participam, mas de todos os cristãos”, argumentaram.

Os evangélicos recordam que a IEE é membro fundador do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), demonstrando ao longo de sua história sua vocação ecumênica, que o presbitério de Madri pretende continuar praticando, baseado no respeito e na tolerância de todos os cristãos.

Fonte: ALC

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