Urna eletrônica e a Bíblia
Urna eletrônica e a Bíblia

O jornal El País, em sua versão brasileira, publicou, nesta segunda-feira, 16, uma reportagem onde fala do crescimento e da influência dos evangélicos na política em alguns países na América Latina.

Segundo o jornal, as igrejas evangélicas devem se tornar um dos principais pontos de peregrinação política nos próximos meses, com a proximidade das eleições no Brasil.

“A aproximação entre a política e a religião evangélica é uma constante que se estendeu por toda a América Latina, onde a doutrina se expande a um ritmo vertiginoso”, diz o El País.

O jornal afirma ainda que a doutrina evangélica se transformou em um ator político determinante em muitos países da região impondo na agenda valores retrógrados que poderiam retroceder o que a reportagem chama de liberdades que em alguns países começaram a ser implantadas há pouco tempo.

“A ascensão fez com que estes grupos religiosos se transformassem em um ator político determinante, à custa de impor na agenda valores retrógrados e com o risco de fazer retroceder liberdades que, na maioria dos países, mal começavam a ser implementadas.”

Segundo a reportagem, a força dos evangélicos levou, para países da América Latina, o debate sobre temas polêmicos como legalização do aborto e casamentos igualitários (entre homossexuais).

“Os grupos evangélicos foram capazes de abrir de maneira intermitente o debate sobre o que é família e atacar qualquer vislumbre de legalização do aborto e de casamentos igualitários.”

A reportagem finaliza afirmando que, no Brasil, os evangélicos são mais fiéis ao poder do que a uma tendência política e que com o poder político do PT diluído após o impeachment de Dilma Rousseff os apoios evangélicos ficaram pelo caminho ficando a dúvida para onde migrarão, porém, afirma que Jair Bolsonaro, que foi até batizado por um pastor, em 2016, nas águas do Rio Jordão, em Israel, pode ser o candidato com mais oportunidades de atrair os evangélicos, mesmo sendo um militar da reserva que defendeu publicamente torturadores da ditadura e quer que a população tenha o direito de portar armas. Com informações de El País.

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