A família do pastor sul-coreano Bae Hyung-kyu, 42, morto por guerrilheiros do Taleban no Afeganistão, pede que o corpo seja repatriado apenas quando os outros 22 reféns forem libertados.

“Esperamos ter o corpo do pastor o mais rápido possível, mas queremos mais ainda que ele retorne com o outro, pois partiram juntos”, disse Bae Shin-kyu, irmão do pastor líder do grupo de presbiterianos da Coréia do Sul que foram seqüestrados pelos talebans.

Segundo o grupo radical islâmico Taleban, os outros 22 reféns continuam vivos, apesar de ter expirado às 12h (7h30 de Brasília) de ontem (27) o prazo dado para o cumprimento das exigências para sua libertação.

Na última quinta-feira (26), os guerrilheiros afirmaram que matariam os reféns ontem (27) se não fossem libertados prisioneiros talebans em prisões afegãs e se as tropas da Coréia do Sul não deixassem o Afeganistão.

Negociações

Segundo uma fonte anônima da embaixada sul-coreana em Kabul, um enviado do governo sul-coreano agendou negociação com o presidente Hamid Karzai hoje.

Um antigo comandante do Taleban, Abdul Salaam Rocketi, atualmente membro do parlamento, tem participado das negociações, segundo a porta-voz do governo da província de Ghazni.

Diversos prazos dados para o cumprimento das exigências se expiraram sem que o grupo –que inclui 18 mulheres– tenha sido sacrificado. A única morte confirmada é a do pastor Bae Hyung-kyu.

O corpo da vítima tinha marcas de dez tiros na cabeça, peito e estômago, e foi encontrado na área de Mushaki, no distrito de Qarabagh, Província de Ghazni, segundo o policial Abdul Rahman.

Fonte: Folha Online

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