Crianças orando
Crianças orando

As autoridades do Tajiquistão estão implementando uma nova lei que barra a participação de crianças em qualquer atividade religiosa.

Emendas à Lei de Religião do país entraram em vigor em janeiro de 2018, dando ao Estado maior controle sobre educação religiosa.

As emendas também aumentaram a quantidade de informações que organizações religiosas precisam passar para o Estado.

O Comitê Estadual de Questões Religiosas e Regulação das Tradições, Cerimônias e Rituais (SCRA) passou a exigir “todos os tipos de informações sobre o número de membros, finanças e atividades” das comunidades religiosas, disse um membro dessas comunidades à agência de direitos humanos Forum 18.

Eles também colhem informação sobre o número de crianças menores de 10 anos que participam das reuniões, usando a Lei de Religião e a Lei de Responsabilidade Paterna para pressionar os pais e as comunidades religiosas.

Em dezembro, o oficial responsável por comunidades não muçulmanas fez uma visita surpresa a uma comunidade cristã para obter informação. Enquanto estava lá, viu algumas crianças menores de 10 anos. Na hora ele não disse nada, mas alguns dias depois convocou os líderes da comunidade para interrogatório.

Ele os obrigou a escrever uma declaração explicando porque as crianças estavam presentes. Alguns dias depois, a comunidade foi multada no equivalente ao salário médio de quase oito meses de trabalho por violar a Lei de Religião.

O Tajiquistão é o país da Ásia Central com a maior porcentagem de muçulmanos, cerca de 97% da população. Mas a ex-república soviética está determinada a ser secular e manter o islamismo sob controle. Isso explica os dois principais tipos de perseguição aos cristãos presentes no país: opressão islâmica e paranoia ditatorial.

O Tajiquistão ocupa a 29ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019 e precisa de suas orações.

Fonte: Portas Abertas

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