Camponeses e indígenas bolivianos alugam seus filhos por poucos dólares, para que trabalhem nas cidades do país ou em nações vizinhas.

Algumas dessas crianças são até mesmo exploradas sexualmente. Essa foi a denúncia feita ontem, pela Pastoral da Mobilidade Humana da Igreja Católica na Bolívia.

A pastoral se referiu aos casos denunciados na localidade de Desaguadero, na fronteira com o Peru, mas também foram verificados casos semelhantes na fronteira com a Bolívia e a Argentina.

A Pastoral disse que os “negociantes” na fronteira com o Peru se aproveitam da pobreza das famílias camponesas “para recrutar as crianças” em Desaguadero, e acrescentou que os agricultores nem sempre estão conscientes de que seus filhos acabam sendo explorados.

Segundo a Pastoral da Mobilidade Humana, não se descarta que, nessa mesma localidade, crianças peruanas também sejam vítimas do tráfico.

O chefe do Departamento de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, da polícia de La Paz, major Adolfo Cárdenas, visitou a localidade, esta manhã, para averiguar as denúncias.

O jornal “La Prensa” revelou que algumas famílias “vendem” seus filhos por 350 bolivianos (45 dólares) ou os alugam por um mês, por 50 soles peruanos (16,6 dólares).

Fonte: Rádio Vaticano

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