A Igreja Católica Patriótica Chinesa (independente do Vaticano e autorizada pelo Governo comunista) anunciou hoje que precisa de mais padres para atender aos 100 mil chineses que se convertem ao Catolicismo a cada ano, informou hoje o jornal oficial “China Daily”.

A nomeação de bispos tem causado tensões entre a China e o Vaticano no último ano, prejudicando um processo para restabelecer os laços diplomáticos.

Segundo o porta-voz da Igreja Católica Patriótica, Liu Bainian, o Catolicismo tem crescido na China. Eram 2 milhões de adeptos na década de 1950, e hoje são mais de 5,3 milhões.

No entanto, o Vaticano diz que o número real de fiéis é de 10 a 12 milhões, e metade deles segue a liderança do Papa, formando um grupo clandestino que sofre freqüentemente o assédio das autoridades comunistas, apesar do contato freqüente com a igreja oficial.

Liu disse que hoje a China conta com 97 dioceses, 42 delas sem bispos. Além disso, 29 párocos e bispos estão acima dos 85 anos. Em todo o país são 6 mil igrejas, 12 seminários e 70 conventos.

Segundo a edição de fevereiro da revista “Oriental Outlook”, 300 milhões de chineses (23% da população) professam alguma religião. A maioria (200 milhões) é de budistas e taoístas.

A revista não citou dados sobre católicos nem muçulmanos (estimados em 26 milhões). Mas destacou o rápido aumento do protestantismo após a chegada das igrejas de origem americana, com 40 milhões de fiéis, contra 16 milhões de 2005.

Fonte: EFE

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