Organizações juvenis e que trabalham na prevenção do HIV/aids pediram ontem aos Governos da América Latina que se esforcem para promover “a educação sexual desde (o ensino) fundamental” para fortalecer a prevenção e evitar contágios.

Com este objetivo está previsto que os participantes da 1ª Reunião de Ministros da Educação e da Saúde da América Latina e Caribe, realizada na sexta-feira na capital mexicana, divulguem uma declaração que poderia conter um compromisso para adotar essa medida concreta.

A 17ª Conferência Internacional de Aids começa no domingo na Cidade do México.

Na apresentação das atividades para jovens no evento, o coordenador do Programa para Jovens da Sociedade Internacional da Aids (IAS), Ricardo Baruch, destacou que melhorar a educação sexual é uma medida de alcance em massa e barata em termos de custo-benefício.

O objetivo é que “desde o currículo escolar, haja um bom conteúdo que possa dar ferramentas a crianças, adolescentes e jovens, que é um dos melhores métodos de prevenção”, disse Baruch.

Ele lembrou que, sobre a base dos dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/aids (Unaids), a metade das novas infecções no mundo ocorre “entre pessoas de 15 a 24 anos”.

“A educação sexual é um direito que todos temos e que deve seguir sendo promovido”, apesar de que alguns Governos não terem feito isso, disse Baruch.

Baruch citou o caso do México, onde o Governo federal elaborou livros com conteúdos didáticos em educação sexual, mas alguns estados se negaram a utilizá-los.

No mesmo ato, o diretor-geral do Centro Nacional para o Controle do HIV/aids no México (Censida), Jorge Saavedra, explicou que devido ao fato de 25% dos contágios afetarem menores de 20 anos, o “grande desafio” é melhorar a educação sexual entre os jovens, especialmente “desde a idade escolar”.

Essa formação, em sua opinião, deveria incentivar um adequado uso do preservativo, assim como de relações sexuais mais seguras entre os adolescentes.

Além disso, seria preciso “incorporar o elemento de não discriminação nas escolas para as pessoas com HIV”, acrescentou Saavedra.

Fonte: EFE

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