A comunidade judaica na Argentina repudiou, na terça-feira, o ex-astro de futebol Diego Maradona por ter manifestado seu desejo de conhecer o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e declarado apoio ao povo do país islâmico, segundo um jornal judaico local.

O jornal Iton Gadol, escrito em espanhol, afirmou ter recebido “centenas de correios eletrônicos” criticando as declarações do ex-capitão da seleção argentina, que mostrou sua admiração pelo Irã, que mantém três décadas de hostilidade com o Estado de Israel. Segundo a publicação, os leitores disseram que Maradona protagonizou uma “atitude escandalosa”, “rei do mais execrável”, “anti-semita”, “títere do (presidente venezuelano Hugo) Chávez” e que “Maradona é argentino mas não é Argentina”.

Maradona, que sempre expressou sua oposição política ao governo do presidente norte-americano, George W. Bush, é um admirador do líder cubano Fidel Castro e do presidente Chávez, dois inimigos históricos de Washington.

“Já conheci Fidel e Chávez … agora falta conhecer seu presidente. Quero conhecer Ahmadinejad … Estou com o povo do Irã, de verdade digo isso de todo coração”, afirmou Maradona ao se reunir nas últimas horas de domingo com um representante de negócios iranianos.

O governo do Irã está na mira da Justiça argentina por sua suposta responsabilidade no planejamento e execução dos atentados cometidos contra a Embaixada de Israel e contra a mutualista judaica Amia de Buenos Aires, em 1992 e 1994, respectivamente.

Fonte: Reuters

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