Pastor Luiz Antonio, da Igreja do Evangelho Quadrangular de Sergipe
Pastor Luiz Antonio, da Igreja do Evangelho Quadrangular de Sergipe

A Justiça de Sergipe rejeitou as acusações de violação sexual contra o pastor evangélico Luiz Antônio. A informação foi divulgada pela defesa dele nesta sexta-feira (19).

Já os indiciamentos por assédio sexual e estupro de vulnerável contra o pastor Lucas Abreu ainda estão sendo avaliados.

Os inquéritos foram instaurados em março deste ano, quando 22 pessoas foram ouvidas entre testemunhas, supostas vítimas e investigados. A denúncia foi feita por mulheres que frequentavam a igreja.

O Ministério Público de Sergipe (MP-SE) recomendou o arquivamento do inquérito contra o pastor Luiz Antônio. O processo tramita em segredo de Justica. Segundo o advogado Aurélio Belém, o parecer da promotoria de Justiça do MP evidenciou a inexistência de elementos probatórios que justificassem o prosseguimento da Ação Penal.

Entenda o caso

No inquérito que investigou o pastor líder da igreja, Luiz Antônio, foram sete supostas vítimas, duas delas ouvidas em outros estados da região norte. Um caso denunciado teria ocorrido em 2010 e não houve representação criminal na época. Em outras situações, não houve configuração de nenhum tipo penal. Em uma das situações, a polícia indiciou o pastor por violação sexual mediante fraude, o que agora foi rejeitado pela justiça.

Quanto ao filho, que pertence ao mesmo ministério, o pastor Lucas Abreu, quatro noticiantes entraram nos autos. Duas das supostas vítimas eram adolescentes. As práticas teriam ocorrido em 2011 e 2013, quando o pastor era líder de adolescentes.

Foi por meio de um movimento chamado púlpito reformado na internet que os relatos começaram a surgir.

As denúncias de abuso sexual

Duas mulheres que denunciaram casos de assédio sexual pelos pastores Luiz Antônio e seu filho, Lucas Abreu, falaram sobre as situações que passaram. Ambas as histórias estavam sendo parte de uma investigação sigilosa realizada pelo Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV).

As entrevistas foram concedidas ao SE2. Em uma delas, a vítima, que frequentava a igreja há cinco anos, conta que sofreu assédio durante um aconselhamento espiritual em que pedia orientação sobre um dilema em seu relacionamento.

Uma outra mulher disse que passou por situação semelhante duas vezes, sendo a primeira com o filho do pastor, que também exerce a função ministerial. A vítima conta que pediu um aconselhamento, mas ele sugeriu que a conversa ocorresse em um shopping porque a igreja estaria fechada.

Protestos de fiéis

Membros e ex-membros da Igreja do Evangelho Quadrangular chegaram a se reunir, em meados de abril, em protesto para cobrar da instituição religiosa um posicionamento oficial em relação às denúncias de assédio sexual contra dois pastores da entidade.

Fonte: F5News e G1

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