A família do jovem Lucas Terra, queimado vivo em março de 2001 aos 14 anos, enfrenta mais uma audiência nesta segunda-feira, 9, pela manhã, no Fórum Ruy Barbosa. Dessa vez, o juiz Vilebaldo de Freitas Pereira, titular da 2ª Vara do Júri, vai ouvir o pastor Luciano Miranda de Souza.

De acordo com o pai de Lucas, Carlos Terra, o pastor Luciano estaria ao lado do pastor Sílvio Galiza na noite no Crime. Galiza, condenado como autor do crime, cumpre pena de 15 anos na Penintenciária Lemos de Brito. Lucas Terra foi assassinado no dia 21 de março de 2001. O jovem foi esganado, abusado sexualmente e teve o corpo abandonado em um terreno na Avenida Vasco da Gama.

Os pastores faziam parte da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Esta é a terceira vez que o juiz tenta ouvir Luciano, que nunca comparece às audiências. “Temos certeza que Luciano tem envolvimento no crime”, desabafa o pai de Lucas. Já o pastor Galiza chegou a ser condenado há 23 anos e cinco meses de prisão. Em um segundo julgamento teve sua pena reduzida para 18 anos e, posteriormente, para 15 anos.

Depois da audiência desta segunda, o próximo passo da família Terra é tentar na Justiça uma acareação entre os pastores Fernando Aparecido da Silva, 30, e o pastor Joel Miranda, 42. “Galiza disse que meu filho flagrou Fernando e Joel mantendo relações sexuais dentro da igreja. Esse teria sido o motivo do crime”, comenta Carlos Terra, após ressaltar que Fernando atualmente é dirigente de uma igreja em Feira de Santana e que Joel atua como pastor em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Ambos chegaram a ter a prisão preventiva decretada, mas foram beneficiados com um habeas corpus do Superior Tribunal Federal (STF).

Fonte: A Tarde

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