Os líderes cristãos de Mianmar enfrentam pressão de vários lados. Enquanto cinco pastores capturados por um grupo insurgente foram soltos, dois outros estão mantidos presos por militares sob a suspeita de colaborar com grupos rebeldes.
A detenção aconteceu sob a justificativa dos homens terem participado das comemorações do Dia da Revolução de Kachin, que marca a data em que o Exército da Independência do estado iniciou a rebelião.
Durante anos, os estados, hoje predominantemente cristãos, de Kanmar e Shan, ficaram no meio dos conflitos entre grupo armados étnicos e o exército. Além disso, os grupos insurgentes são responsáveis por fechar igrejas e prender civis, como pastores e estudantes da Bíblia.
A perseguição aos cristãos ocorre porque os líderes não apoiam os atos dos rebeldes e ainda desencorajam os jovens a se juntarem ao combate.
Do outro lado, o exército do país tem forte posição constitucional e não admite críticas. Em agosto de 2019, um pastor foi ameaçado de ser levado ao tribunal do país por ter conversado com o presidente americano, Donald Trump, sobre a perseguição aos cristãos em Mianmar.
Em 2017, o governo foi acusado de forçar mais de 740 mil pessoas da etnia rohingya a deixar as casas e ir para campos internos de deslocados. Lá, os cristãos ex-muçulmanos estão sujeitos a hostilidade tanto das autoridades como dos próprios familiares.
Fonte: Portas Abertas