Uma igreja, na cidade de Orã, foi obrigada a fechar, após um tribunal ordenar que isso ocorresse em 12 de janeiro de 2020.
Como na Argélia a religião predominante é o islamismo, a maioria dos cristãos que se converte do islamismo enfrenta perseguição, especialmente de membros da família e parentes.
No total, doze igrejas afiliadas à Igreja Protestante da Argélia (EPA, da sigla em francês), uma federação de igrejas protestantes, foram obrigadas a fechar desde novembro de 2017.
Em janeiro de 2018, essa mesma igreja foi obrigada a “regularizar” sua situação em um período de três meses. Restrições impostas sobre a igreja na época incluíam ter apenas atividades limitadas para adoração semanal e proibiam estrangeiros de servir na igreja.
Em fevereiro de 2018, o governador de Orã emitiu uma ordem de fechamento e a igreja foi selada. Em 10 de junho de 2018, ela teve permissão para reabrir.
Entretanto, em setembro de 2019, o governador apresentou um caso judicial pedindo por seu fechamento, por não haver uma licença, de acordo com a “Portaria 03-06 para Regulamentação da Adoração de Crenças Não Muçulmanas”.
Essa portaria, decretada em fevereiro de 2006, estipula que uma permissão deve ser obtida antes de usar um prédio para adoração não muçulmana. Entretanto, as autoridades falham em garantir permissões para igrejas, incluindo afiliadas da EPA. No entanto, tornou-se uma prática comum para afiliadas da EPA alugar as instalações e depois informar às autoridades de segurança regional e municipal.
Essa é a segunda vez que a corte argelina julga que igrejas são consideradas ilegais caso não tenham uma permissão da “Comissão Nacional para Adoração Não Muçulmana”. A igreja de Orã apelará da sentença.
Fonte: Portas Abertas