A Igreja Católica mexicana alertou sobre “o perigo latente” contra a participação cidadania nas eleições que ocorrem hoje no país, em decorrência das ações do crime organizado.

No editorial publicado na revista Desde la Fe, a Arquidiocese do México adverte que a democracia pode “ser destruída pela violência que impõe a ‘lei da selva’ e destrói as estruturas do Estado”.

“As armas são letais: a intimidação aos políticos ou inclusive o assassinato; a corrupção das instituições e a manipulação dos processos eleitorais; a geração do medo e da insegurança”, diz a Igreja em um trecho de seu texto.

Frente a tal ameaça, os mexicanos devem permanecer unidos, com o objetivo de “não deixar que o medo os paralise, não deixar que o crime organizado nos domine e destrua não apenas a frágil democracia que conquistamos, mas também o futuro”, continua o editorial.

Durante a missa realizada hoje na capital Cidade do México pelo cardeal Noberto Rivera Carrera, os fiéis oraram pelos que participam do processo eleitoral nos 14 estados que elegem autoridades regionais — entre elas 12 governadores e 1.500 prefeitos.

Na última semana, o candidato ao governo de Tamaulipas Rodolfo Torre Cantú, do Partido Revolucionário Institucional (PRI, de centro), foi morto vítima de uma emboscada. Ele era considerado favorito, segundo pesquisas, e foi assassinado quando se dirigia a um comício.

No sábado, em decorrência da violência, mais de 100 funcionários de conselhos eleitorais de diferentes pontos do país renunciaram aos seus cargos por medo de eventuais agressões durante a jornada deste domingo.

Para a realização das votações, as autoridades reforçaram a segurança no país. Contudo, logo após as primeiras horas das eleições, iniciadas às 8h locais (10h no horário de Brasília), incidentes, apreensões e outros crimes foram reportados.

Fonte: EFe

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