Pastor Joaquim Gonçalves Silva, 85, morreu vítima da covid-19
Pastor Joaquim Gonçalves Silva, 85, morreu vítima da covid-19

Morreu na madrugada desta segunda-feira, 2, o pastor Joaquim Gonçalves Silva, 85 anos, da Igreja Tabernáculo da Fé, em Goiânia (GO), vítima da covid-19. Ele havia sido internado no dia 23 de julho para tratar a doença, que acabou evoluindo para problemas cardíacos, ocasionando sua morte.

O sepultamento do pastor foi realizado nesta segunda-feira, 02 de agosto.

Joaquim foi denunciado por mulheres que frequentavam a igreja em questão por ter praticado contra elas os crimes de abuso e importunação sexual.

Os supostos crimes sexuais teriam ocorrido entre os anos de 2002 e 2021, durante atendimento do líder religioso no interior da igreja. Ao todo, as denúncias envolvem um caso de assédio moral e cinco casos de assédio sexual apontados contra o líder religioso.

O caso mais recente foi o de uma menor de 17 anos, que está sendo investigado em segredo pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Umas das denunciantes afirma que foi abusada pelo pastor inúmeras vezes no período entre 2002 e 2006.

Em defesa do pastor, os advogados Osemar Nazareno e Leandro Silva alegam que todos os casos das supostas vítimas se baseiam em mentiras.

Os advogados, que chegaram a fazer uma reunião na igreja com os membros, no dia 11 de julho, acreditam que o caso deve ser arquivado diante da morte do suspeito, mas o Ministério Público de Goiás ainda não confirmou isso.

Todas as mulheres que denunciaram o pastor afirmam terem procurado o líder religioso em momentos de fragilidade. Elas alegam que além de terem sido abusadas, foram também chantageadas. Em entrevista ao Jornal Anhanguera, uma jovem de 17 anos afirmou que ficou em choque quando Joaquim, depois de uma sessão de aconselhamento, passou a mão por seu corpo e a beijou.

Outra vítima do líder contou também durante entrevista ao mesmo veículo de comunicação que teria sofrido abusos entre os anos de 2002 e 2006. A mulher evidenciou ainda que pessoas ligadas a Joaquim teriam intimidado ela e seus familiares, afirmando que caso ela denunciasse o que havia acontecido, seu marido e seu filho estariam em perigo.

As supostas vítimas com idade entre 37 e 46 anos registraram denúncia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), mas, em razão do tempo decorrido até o registro, não foi dado prosseguimento às investigações, pois os casos já haviam sido prescritos.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.

O depoimento do advogado do religioso está disponível neste link: https://www.apalavraoriginal.org.br/20210711.html

Fonte: Jornal Opção, Facebook e Mais Goiás

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