A ex-freira carmelita Rosemarie Smead, de 70 anos, foi ordenada como sacerdote no último sábado na cidade de Louisville, no Kentucky, Estados Unidos.

Ela é uma das 150 mulheres de um grupo dissidente da igreja Católica Apostólica Romana que não quer esperar a igreja permitir a ordenação de mulheres.

[img align=left width=300]http://images.christianpost.com/portugues/middle/55553/igreja-catolica-bispo-padre-ordenacao-feminina-mulher-sacerdocio.jpg[/img]Em entrevista à Reuters antes da cerimônia de ordenação, Rosemarie afirmou que não está preocupada se será excomungada ou não. Para ela, os bispos da era medieval controlavam as pessoas para manter as vozes das mulheres em silêncio. “Estou muito além de deixar os homens octogenários a nos dizerem como deveremos viver nossas vidas”, disse ela.

O arcebispo de Louisville Joseph E. Kurtz reiterou a afirmação do último papa Bento XVI sobre a proibição da ordenação de mulheres e chamou a cerimônia de “ordenação simulada”.

“A simulação de um sacramento carrega sérias sanções penais na lei da igreja e os católicos não deveriam apoiar ou participar [da cerimônia]”, afirmou o religioso.

A igreja Católica condena o sacerdócio de mulheres por afirmar que Jesus Cristo apenas ordenou homens como seus apóstolos e que não irá tolerar a desobediência de clérigos a respeito de ensinamentos fundamentais da igreja.

Por outro lado, os defensores do sacerdócio feminino afirmam que Maria Madalena foi discípula de Jesus e que na igreja primitiva havia mulheres ocupando lugares de sacerdotes, diáconos e bispos.

Durante a cerimônia de ordenação de Rosemarie, Bridget Mary Meehan, bispa afirmou que Smead está conduzindo a igreja Católica para uma “nova era de inclusão” sem deixar o catolicismo de lado.

Smead se emocionou em frente às mais de 200 pessoas que presenciavam sua ordenação. Muitos agradeceram a ela por estar fazendo isso e acreditam que a igreja Católica deveria aceitar as mulheres no sacerdócio há muito tempo.

A ordenação de mulheres como “padres”, a discussão sobre casamento de padres e o uso de camisinha para controle de natalidade são discussões de longa data na igreja Católica.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo jornal New York Times, 70% dos católicos acreditam que as mulheres deveriam ser autorizadas a exercer o sacerdócio.

[b]Fonte: The Christian Post[/b]

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