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Pastor Rick Warren qualifica posse de Obama de “histórica”

O pastor evangélico conservador Rick Warren qualificou nesta terça-feira de “etapa histórica” a posse de Barack Obama, o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos.

Este pastor de opiniões controvertidas foi escolhido pelo novo presidente para pronunciar o sermão durante a cerimônia prévia à prestação de juramento, que transcorreu diante de mais de dois milhões de pessoas.

“Hoje, não estamos felizes apenas com a tranquila transferência de poder. Estamos celebrando uma etapa histórica, com o posse do primeiro presidente negro dos Estados Unidos”, declarou.

“Estamos gratos por viver neste país, um país com oportunidades ilimitadas, onde o filho de um imigrante africano pode chegar ao topo”, acrescentou.

O pastor Warren conclamou o Senhor a a proteger Obama, sua família, o vice-presidente Joe Biden, os membros do governo e “todos nossos líderes, eleitos livremente”.

“Ajude-nos, Deus, a nos lembrar que somos americanos unidos, não pela raça, pela religião ou pelo sangue, mas por nosso compromisso com a liberdade e a justiça para todos”, discursou.

“Que todas as pessoas de boa vontade se reunam numa nação mais justa, mais sã, mas próspera, e num planeta em paz”, disse o pastor, antes de terminar seu sermão com um “Pai Nosso”.

A escolha do pastor Warren, fundador da igreja gigante Saddleback Church de Lake Forest, na Califórnia (oeste dos EUA) e conhecido por suas posições contra o aborto e o casamento gay, escandalizara as organizações de defesa dos homossexuais e os grupos progressistas.

Barack Obama defendera esta escolha reafirmando seu desejo de “unir” a América e congregar as diversas correntes.

Fonte: Terra

Bênçãos de pastores dão tom religioso à posse de Barack Obama

Barack Hussein Obama crê em Deus –ou pelo menos no apoio dos religiosos a seu governo. No discurso de posse de ontem, o presidente dos EUA definiu o país como “nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus –e não crentes” e encerrou sua fala desejando que “a graça de Deus” guie as ações dos norte-americanos.

Antes de falar, porém, assistiu a uma bênção do pastor Rick Warren, polêmico por sua militância contra a união de homossexuais. Depois de discursar, houve outra, a cargo do reverendo Joseph Lowery, antigo colega de igreja de Martin Luther King.

“Obama precisa do aval do país, vai ter dificuldades para passar medidas econômicas com os congressistas republicanos”, lembra Roberto Romano, professor de ética e filosofia política na Unicamp. Para Romano, a religião já foi usada como escudo contra a pressão sofrida na campanha, quando Obama era associado à impopular posição pró-aborto.

Kenneth Serbin, professor de história na Universidade de San Diego e autor de “Padres, Celibato e Conflito Social” (Companhia das Letras), acrescenta: “Obama lembra à população a tradição de tolerância, ao mesmo tempo apelando para a unidade nacional. Ele seria uma combinação dessas duas tendências: não vai esconder sua religiosidade vai e usar o discurso público religioso para reanimar o país”.

Para Serbin, mais do que as palavras, o tom na cerimônia de ontem foi religioso. “Toda a posse lembra a luta de Luther King, grande pregador. Obama quis levantar o ânimo do povo.”

Serbin não vê motivo para preocupação quanto à mistura de política e religião nos EUA: “Ter um Estado laico é justamente o que permite que se utilize o discurso religioso: ninguém tem medo que a religião se apodere do Poder Público”.

Antônio Flávio Pierucci, professor de sociologia na USP, acrescenta: “Pode parecer paradoxal, mas a separação de igreja e Estado é feita em respeito à religião. A religião pode fazer o que quiser, contanto que não seja ilegal”.

Pierucci também vê o apelo religioso de Obama como estratégia para os que ainda resistem ao presidente. “Ele tem o nome árabe, não pode vacilar.”

Mas o tom de pregação incomoda Roberto Romano: “O que me deixa escandalizado é o fato de Obama aceitar essa quase passagem de líder político para messias. Colocam sobre ele o papel de grande salvador da economia, ele é o Moisés que veio nos livrar do racismo”.

“Os fundadores do Estado quiseram separar fundamentalmente: uma coisa é a administração do Estado, outra é a religião. Estamos num momento ambíguo desse trato”, conclui Romano.

Leia a íntegra do discurso de posse de Barack Obama

“Meus companheiros cidadãos:

Estou aqui hoje sujeito à tarefa diante de nós, grato pela confiança que me foi concedida, consciente dos sacrifícios suportados por nossos ancestrais. Agradeço o presidente Bush por seu serviço à nação, bem como pela generosidade e cooperação que ele mostrou ao longo dessa transição.

Quarenta e quatro americanos agora já prestaram o juramento presidencial. Essas palavras foram ditas durante ondas crescentes de prosperidade e águas calmas de paz. E, de tempos em tempos, o juramento é feito em meio a nuvens carregadas e tormentas violentas. Nesses momentos, os Estados Unidos prosseguiram não apenas por causa de nossa habilidade ou pela visão daqueles no alto escalão, mas porque nós, o povo, permanecemos fiéis aos ideais de nossos ancestrais, e fiéis aos nossos documentos de fundação.

Tem sido assim. E precisa ser assim com esta geração de americanos.

Que estamos em meio a uma crise é bem conhecido agora. Nosso país está em guerra, contra uma ampla rede de violência e ódio. Nossa economia está gravemente enfraquecida, consequência da ganância e da irresponsabilidade da parte de alguns, mas também de um fracasso coletivo nosso em fazer escolhas difíceis e em preparar o país para uma nova era. Lares foram perdidos; empregos eliminados; empresas fechadas. Nosso sistema de saúde é muito caro; nossas escolas reprovam muitos; e cada dia traz novas provas de que as formas como usamos a energia reforçam nossos adversários e ameaçam nosso planeta.

Esses são os indicadores da crise, sujeitos a dados e estatísticas. Menos mensurável, mas não menos profunda, é a perda de vitalidade da confiança em nossa terra –um medo persistente de que o declínio dos Estados Unidos é inevitável, e de que a próxima geração precisa reduzir suas metas.

Hoje digo a vocês que os desafios que encaramos são reais. Eles são sérios e são muitos. Eles não serão enfrentados com facilidade ou em um período curto de tempo. Mas saibam disso, Estados Unidos: eles serão enfrentados.

Neste dia, nos reunimos porque escolhemos a esperança no lugar do medo, unidade de propósito no lugar do conflito e da discórdia.

Neste dia, vimos proclamar o fim das discordâncias mesquinhas e das falsas promessas, das recriminações e dos dogmas gastos, que por muito tempo estrangularam nossa política.

Continuamos a ser uma nação jovem, mas, nas palavras da Bíblia, é chegada a hora de deixar de lado as coisas infantis. É chegada a hora de reafirmar nosso espírito de persistência; de escolher a nossa melhor história; de levar adiante esse presente precioso, essa nobre ideia, passada de geração em geração: a promessa de Deus de que todos são iguais, todos são livres e todos merecem uma chance de buscar sua medida plena de felicidade.

Ao reafirmar a grandeza de nossa nação, entendemos que a grandeza nunca é dada. Ela precisa ser merecida. Nossa jornada nunca foi feita de atalhos ou de deixar por menos. Não foi uma trilha para os fracos de coração –para aqueles que preferem o lazer ao trabalho, ou apenas a busca de prazeres e riquezas e fama. Ao invés disso, tem sido uma jornada para os que assumem riscos, os realizadores, os que fazem as coisas –alguns celebrados, mas mais frequentemente homens e mulheres obscuros em suas obras–, que nos conduziram pelo longo e acidentado caminho em direção à prosperidade e liberdade.

Por nós, eles empacotaram suas poucas posses terrenas e viajaram pelos oceanos em busca de uma nova vida.

Por nós, eles deram duro em fábricas precárias e cruéis e colonizaram o oeste; suportaram o estalar do chicote e lavraram a terra dura.

Por nós, eles lutaram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg, Normandia e Khe Sahn.

Repetidas vezes esses homens e mulheres deram duro e se sacrificaram e trabalharam até suas mãos ficarem calejadas para que pudéssemos viver uma vida melhor. Eles viram os Estados Unidos como maiores que a soma de nossas ambições individuais; maiores que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou políticas.

Essa é a jornada que continuamos hoje. Continuamos a ser a nação mais próspera e poderosa da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando a crise começou. Nossas mentes não são menos inventivas, nossos bens e serviços não são menos necessários do que foram na semana passada ou no mês passado ou no ano passado. Nossa capacidade não diminuiu. Mas nossa hora de permanecermos imóveis, de proteger nossos estreitos interesses e adiar decisões desagradáveis –essa hora certamente passou. A partir de hoje temos de nos levantar, sacudir a poeira e começar de novo o trabalho de refazer os Estados Unidos.

Para todos os lados que olhamos há trabalho a ser feito. A condição da economia pede ação, ousada e rápida, e vamos agir –não apenas criando novos empregos, mas um novo fundamento para o crescimento. Vamos construir estradas e pontes, redes elétricas e linhas digitais que alimentem nosso comércio e nos una. Vamos restaurar a ciência a seu lugar de direito, e utilizar as maravilhas da tecnologia para elevar a qualidade dos serviços de saúde e reduzir seu custo. Vamos manipular a energia solar e dos ventos e da terra para abastecer nossos carros e dirigirmos nossas fábricas. E vamos transformar nossas escolas e faculdades e universidades para atender as demandas de uma nova era. Tudo isso podemos fazer. E tudo isso vamos fazer.

Agora, há alguns que questionam a escala de nossas ambições –que sugerem que nosso sistema não pode tolerar tantos grandes planos. As memórias desses são curtas. Pois eles esqueceram o que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem alcançar quando a imaginação se une ao propósito comum, e a necessidade à coragem.

O que os cínicos não conseguem entender é que o terreno sob eles mudou –que os argumentos políticos envelhecidos que nos consumiram por tanto tempo não mais se aplicam. A pergunta que nos fazemos hoje não é se nosso governo é grande demais ou pequeno demais, mas se ele funciona –se ele ajuda famílias a encontrar empregos com um salário decente, uma previdência que eles consigam pagar, uma aposentadoria que seja digna. Onde a resposta for sim, pretendemos seguir adiante. Onde for não, os programas serão encerrados. E aqueles de nós que lidam com o dinheiro público serão responsabilizados –para gastar sabiamente, reformar maus hábitos e conduzir nossos negócios à luz do dia–, porque apenas então poderemos restaurar a confiança vital entre um povo e seu governo.

Nem está diante de nós a dúvida se o mercado é uma força para o bem ou para o mal. Seu poder de gerar riqueza e expandir a liberdade não tem iguais, mas a crise nos lembrou de que, sem um olhar vigilante, o mercado pode sair de controle –e que um país não pode prosperar quando favorece apenas os prósperos. O sucesso de nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho de nosso Produto Interno Bruto, mas do alcance de nossa prosperidade; de nossa habilidade de estender a oportunidade a todo aquele que a queira –não por caridade, mas porque essa é a rota mais certa para nosso bem comum.

Para nossa defesa comum, rejeitamos a falsa escolha entre nossa segurança ou nossos ideais. Nossos pais fundadores, diante de perigos que mal podemos imaginar, esboçaram um texto para garantir a regra da lei e os direitos do homem, um texto expandido com o sangue de gerações. Aqueles ideais ainda iluminam o mundo, e não vamos desistir deles em nome da conveniência. E para todos os povos e governos que nos assistem hoje, das grandiosas capitais à pequena vila onde meu pai nasceu: saibam que os Estados Unidos são amigos de todas as nações e de cada homem, mulher e criança que busque um futuro de paz e dignidade, e que estamos prontos para liderar mais uma vez.

Lembrem-se de que gerações anteriores derrotaram o fascismo e o comunismo não apenas com tanques e mísseis, mas com alianças vigorosas e convicções duradouras. Elas entenderam que nosso poder sozinho não pode nos proteger, nem nos dá direito a fazer o que quisermos. Ao contrário, elas sabiam que nosso poder cresce com seu uso prudente; nossa segurança emana da justeza de nossa causa, da força de nosso exemplo, das qualidades temperantes da humildade e da contenção.

Somos os guardiões desse legado. Guiados por esses princípios mais uma vez, podemos enfrentar essas novas ameaças que exigem esforços ainda maiores –uma cooperação e compreensão ainda maiores entre as nações. Vamos começar a entregar de forma responsável o Iraque ao seu povo, e forjar uma paz muito duramente conquistada no Afeganistão. Com velhos amigos e antigos inimigos, vamos trabalhar incansavelmente para reduzir a ameaça nuclear, fazer retroceder o espectro de um planeta em aquecimento. Não vamos nos desculpar por nosso modo de vida, nem vamos esmorecer em sua defesa, e para aqueles que buscam fazer avançar suas metas pela indução ao terror e massacrando inocentes, dizemos a vocês agora que nossa determinação é mais forte e não pode ser quebrada; vocês não podem nos esgotar e vamos derrotar vocês.

Pois sabemos que a colcha de retalhos de nossa herança é uma força, não uma fraqueza. Somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus –e não-religiosos. Somos moldados por cada idioma e cultura, vindo de cada canto desta Terra; e porque experimentamos o gosto amargo da guerra civil e da segregação, e emergimos daquele capítulo obscuro mais fortes e mais unidos, não podemos evitar acreditar que os velhos ódios um dia vão passar; que as linhas tribais em breve se dissolverão; que enquanto o mundo se torna menor, nossa humanidade comum se revelará; e que os Estados Unidos têm de desempenhar seu papel em conduzir uma nova era de paz.

Para o mundo muçulmano, buscamos um novo caminho para seguir adiante, baseado no interesse mútuo e no respeito mútuo. Para aqueles líderes ao redor do mundo que buscam colher conflitos, ou culpar o Ocidente pelos males de sua sociedade: saibam que seus povos os julgarão pelo que podem construir, não pelo que destroem. Para aqueles que se agarram ao poder através da corrupção e da mentira e silenciando dissidentes, saibam que vocês estão do lado errado da história; mas que estenderemos a mão a vocês se estiverem dispostos a abrirem os punhos.

Para as pessoas das nações pobres, nos propomos a trabalhar com você para fazer suas fazendas florescerem e deixar águas limpas correrem; para nutrir corpos famintos e alimentar mentes famintas. E para aquelas nações como a nossa que usufruem de relativa fartura, dizemos que não podemos mais mantermos a indiferença ao sofrimento fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem considerar os efeitos. pois o mundo mudou, e precisamos mudar com ele.

Ao considerarmos as estradas que se abrem diante de nós, lembramos com humildade aqueles bravos americanos que, nesta exata hora, patrulham desertos longínquos e montanhas distantes. Eles têm algo a nos dizer hoje, bem como aqueles heróis que jazem em Arlington sussurram através dos tempos. Nós os honramos não apenas porque eles são os guardiões de nossa liberdade, mas porque eles incorporam o espírito de servir, uma vontade de realizar algo maior que eles mesmos. E, neste momento –um momento que definirá uma geração–, esse é precisamente o espírito que tem de habitar em todos nós.

Pois, por mais que o governo possa fazer e tenha de fazer, no fim é sobre a fé e a determinação do povo americano que esta nação se apoia. É a gentileza de abrigar um estranho quando as barragens se rompem, é o desprendimento dos trabalhadores que preferem um corte em suas horas trabalhadas a ver um amigo perder o emprego que nos observam em nossas horas mais difíceis. É a coragem do bombeiro de subir uma escadaria cheia de fumaça, mas também a disposição dos pais em nutrir um filho que no fim decidem nosso destino.

Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com que nos deparamos podem ser novos. Mas aqueles valores dos quais nosso sucesso depende –trabalho duro e honestidade, coragem e justiça, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo–, essas coisas são antigas. Essas coisas são verdadeiras. Elas têm sido a força silenciosa do progresso ao longo de nossa história. O que se exige, então, é um retorno a essas verdades. O que se pede a nós agora é uma nova era de responsabilidade –um reconhecimento, por parte de cada americano, de que temos deveres para conosco, nosso país e o mundo; deveres que não aceitamos com rancor, mas que recebemos com gratidão, firmes na certeza de que não há nada tão satisfatório para nosso espírito, nada tão definidor de nosso caráter quanto entregarmos tudo de nós mesmos a uma tarefa difícil.

Esse é o preço e a promessa da cidadania.

Essa é a fonte de nossa confiança –a certeza de que Deus nos chama para dar forma a um destino incerto.

Esse é o sentido de nossa liberdade e de nossa crença –o por que cada homem e mulher e criança de cada raça e cada crença pode se juntar em celebração nesta magnífica avenida, e o por que um homem, cujo pai há menos de 60 anos podia não ser servido em um restaurante local, pode agora estar diante de vocês para fazer o juramento mais sagrado.

Vamos marcar esse dia com a lembrança de quem somos e quão longe chegamos. No ano do nascimento dos Estados Unidos, no mais frio dos meses, um pequeno bando de patriotas se juntou ao redor de fracas fogueiras à beira de um rio gelado. A capital foi abandonada. O inimigo estava avançando. A neve estava manchada de sangue. Em um momento em que o resultado da revolução estava em dúvida, o pai de nossa nação ordenou que essas palavras fossem lidas ao povo:

“Que isso seja dito ao mundo futuro (…) que nas profundezas do inverno, quando nada além da esperança e da virtude poderiam sobreviver (…) que a cidade e o país, alarmados por um perigo comum, avancem para enfrentar.”

Estados Unidos. Diante de nossos perigos em comum, neste inverno de dificuldades, vamos lembrar essas palavras imemoriais. Com esperança e virtude, vamos enfrentar mais uma vez as correntes geladas, e as tempestades que podem vir. Que os filhos de nossos filhos digam que quando fomos testados, nos recusamos a deixar essa jornada acabar, que não recuamos, nem que hesitamos; e com olhos fixos no horizonte e com a graça de Deus sobre nós, levamos adiante nossa liberdade e a entregamos em segurança para as gerações futuras.”

Fonte: Folha Online

Dirigentes da Renascer não devem ser responsabilizados criminalmente

Os dirigentes da Renascer, Estevam Hernandes e Sônia Hernandes (foto), em prisão domiciliar Estados Unidos desde 2007, podem não ser responsabilizados penalmente pelo acidente, que deixou 9 mortos e mais de 100 feridos.

A questão do desabamento do teto da Igreja Renascer terá um longo caminho pela frente no Judiciário, tanto na esfera cível, quanto na criminal.

Segundo o criminalista e ex-juiz Luiz Flávio Gomes, o casal poderá ser responsabilizado apenas do ponto de vista cível, ou seja, quanto ao pagamento de indenizações por perdas e danos das vítimas do acidente e seus familiares. Na área penal, apenas um engenheiro ou o arquiteto responsáveis pela construção deverão ser responsabilizados por imprudência ou negligência.

No entanto, o promotor Ricardo Antonio Andreucci, responsável pela área criminal, não descartou a possibilidade de que o casal Hernandes seja responsabilizado penalmente. “No momento, as apurações estão começando. Tudo em tese é possível”, afirmou nesta segunda-feira.

“Não podemos dizer que o casal tinha ciência das condições do teto. Vamos apurar se eles sabiam e se houve negligência e imprudência em deixar o templo funcionar nessa maneira”, complementou o promotor.

De acordo com Andreucci, os responsáveis pelo crime poderão responder por homicídio culposo, lesões corporais culposas, periclitação à vida e desabamento. Ele não descartou a hipótese de dolo eventual, ou seja, a possibilidade de que alguém soubesse do risco do acidente.

A promotora de habitação e urbanismo Mabel Tucunduva afirmou que Estevam hernandes fez um acordo pessoal com ela, ou seja, o apóstolo sabia do conteúdo e elaboração dos laudos que liberaram o prédio da igreja após interdição feita em 1999 por problemas no telhado e no forro do edifício.

Provas concretas

O advogado criminalista Alberto Zacharias Toron concorda que apenas o engenheiro ou arquiteto responsáveis pela obra poderão responder penalmente caso seja comprovada a existência de um erro de projeto ou execução.

“O casal Hernandes só responderia criminalmente se houvesse provas concretas, claras e inequívocas de que, na obra, foi usado material de baixa qualidade ou pressa para que a construção fosse concluída mais rapidamente por exemplo”, diz Toron.

Para ele, o engenheiro poderá responder pelo crime de desabamento ou desmoronamento. Se o crime for considerado culposo (e não doloso), o que é mais provável, as penas podem ir de seis meses a um ano de detenção, mais multa.

O Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) de São Paulo já abriu um processo para apurar a responsabilidade sobre o desabamento. Segundo a assessoria do conselho, a principal questão a ser investigada é se realmente houve reforma no prédio. Caso seja comprovada a culpa, o responsável pela reforma poderá sofrer algum tipo de censura e até a cassação do registro.

Notas

Em nota divulgada nesta segunda-feira (19/1), a assessoria da Renascer afirma que a documentação do imóvel estava legalizada. “Não se sabe o que ocorreu, e apenas uma investigação séria e rigorosa poderá fornecer a resposta”, diz o comunicado.

Ainda segundo a nota, a igreja contratou, em 1999, profissionais do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e da Universidade de São Paulo para deixar o telhado “em ordem”, após interdição do Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis), órgão da prefeitura paulistana responsável pela fiscalização. Conforme explica a Igreja, o IPT emitiu laudo atestando a qualidade da reforma.

O IPT, por meio de nota divulgada hoje, afirma que foi contratado em 1998 para avaliar as condições da estrutura de cobertura do prédio, bem como para propor medidas corretivas e o acompanhamento da implementação das mesmas. “O IPT, ao final das obras realizadas pela própria Igreja em fevereiro de 2000, emitiu relatório apontando um conjunto de recomendações que deveriam ser seguidas para a manutenção da segurança da edificação”, diz o instituto na nota.

O IPT diz ainda que há nove anos não tem acesso ao prédio da igreja.

Investigação e processo

O inquérito para apurar o caso foi aberto na 1ª Delegacia Seccional de São Paulo. A investigação policial deverá apontar se o responsável pela construção da igreja teve culpa no desabamento. “Alguém evidentemente deverá ser responsabilizado, e o inquérito da polícia deverá apurar onde foi o erro”, afirma Luiz Flávio Gomes.

Pela lei, o inquérito da polícia deve ser concluído em 30 dias. Na prática, no entanto, as autoridades podem solicitar um prazo maior. De acordo com Luiz Flávio Gomes, o caso dependerá de diversas provas periciais.

Após a conclusão do inquérito, o caso segue para que o MP possa formar sua conclusão e decidir se denuncia os responsáveis. A promotoria tem até 15 dias para apresentar a denúncia. Segundo o ex-juiz Luiz Flávio Gomes, o prazo pode ser estendido por meio de uma justificativa do MP.

A partir do recebimento da denúncia pela Justiça, inicia-se o processo, com a produção de prova perante o juiz. Na primeira fase, de instrução, deverão ser ouvidas as testemunhas de defesa e acusação para que, mais tarde, seja dada uma sentença de primeira instância.

Tanto o MP-SP como os eventuais réus, podem recorrer da decisão, primeiramente ao TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), e depois ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). Com isso, uma eventual condenação definitiva dos responsável pode levar anos.

Fonte: Última Instância

Renascer pede doações para reconstruir templo que desabou em SP

Dois dias após o desabamento do teto da sede da igreja Renascer em São Paulo –ocorrida neste domingo (18) e que provocou a morte de nove pessoas– a Renascer publicou em seu site um comunicado pedido doações em dinheiro para a reconstrução do local.

Mais de cem pessoas ficaram feridas e ao menos 18 continuavam internadas até a noite desta terça-feira.

No site da instituição religiosa, a igreja pede aos fiéis que realizem os depósitos em uma conta bancária.

Ontem, uma testemunha ouvida pela Polícia Civil informou ter visto pingos de água escorrerem do teto antes da tragédia. Outras nove testemunhas –pessoas que ficaram feridas no desabamento– foram ouvidas.

Um inquérito policial foi aberto para apurar se houve negligência na liberação do alvará de funcionamento da igreja. De acordo com a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), outras 17 testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias.

O Ministério Público de São Paulo informou que o Contru (Controle do Uso de Imóveis) da Prefeitura deverá ser intimado a depor sobre a revalidação da licença do local.

Demolição

O Ministério Público do Estado de São Paulo comunicou, na noite desta terça-feira, que a Renascer tem até as 15h de hoje (21) para apresentar um plano de demolição das paredes que restaram no local.

O IC (Instituto de Criminalística) informou que fará nova perícia nos escombros do prédio da sede da igreja Renascer só após a contratação de uma empresa de engenharia pela Renascer para a demolição do local. Isso porque partes da estrutura ainda podem ruir.

Em acordo firmado na noite de hoje entre a promotoria e a organização da Renascer, a igreja se comprometeu a contratar uma empresa especializada e apresentar um plano de demolição das paredes remanescentes do templo.

De acordo com a Defesa Civil, as paredes ainda podem ruir e põem em risco ao menos oito imóveis vizinhos do local. Ao menos 15 pessoas tiveram de deixar suas casas, informou o órgão.

Fonte: Folha Online

Renascer deve apresentar plano de demolição até as 15h desta quarta, afirma MP

A igreja Renascer em Cristo assinou um acordo com o Ministério Público (MP) nesta terça-feira (20) se comprometendo a apresentar até as 15h desta quarta-feira (21) um plano de demolição das paredes laterais do templo do Cambuci, zona sul de São Paulo.

O teto do local desabou no último domingo matando nove pessoas e ferindo mais de cem. A informação foi divulgada pelo MP após uma audiência realizada na noite desta terça. Segundo a Defesa Civil, as paredes também correm o risco de cair.

Segundo o MP, a apresentação do plano “foi uma exigência do Ministério Público depois que a subprefeitura da Sé informou que o acidente comprometeu as estruturas subsistentes do prédio, havendo risco de as paredes ruírem sobre imóveis vizinhos e freqüentadores do entorno”.

O acordo foi assinado pelo bispo Geraldo Tenuta Filho, presidente da Renascer, pelo advogado da igreja, Roberto Ribeiro Junior, pelo subprefeito da Sé, Amauri Luiz Pastorello, e pela promotora Mabel Tucunduva. A igreja deve contratar uma empresa especializada para a demolição e o plano terá que ser autorizado pela subprefeitura da Sé.

Ainda de acordo com o MP, a demolição é essencial para a conclusão da perícia realizada pelo Instituto de Criminalística para apurar as causas do acidente. O trabalho dos peritos havia sido interrompido em razão do risco de novos desabamentos.

Fonte: UOL

Papa pede a Obama que promova a paz e a cooperação no mundo

O Papa Bento XVI pediu ao novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que promova a paz e a cooperação entre as nações, em um telegrama enviado nesta terça-feira por ocasião de sua posse e divulgado pelo Vaticano.

“Rezo para que se comprometa em promover a compreensão, a cooperação e a paz entre as nações”, escreveu o Papa na mensagem dirigida ao 44º presidente dos Estados Unidos.

O chefe da Igreja Católica solicita ao novo presidente dos Estados Unidos que leve em conta “tantos irmãos e irmãs que, nestes tempos, tentam libertar-se da pobreza, da fome e da violência”.

No telegrama, o pontífice defende que, sob a presidência de Obama, “o povo americano continue achando em sua profunda herança religiosa e política os valores espirituais e os princípios éticos necessários para cooperar na construção de uma sociedade livre e justa, marcada pela dignidade, a igualdade e os direitos de todos seus membros”, escreveu.

Fonte: AFP

Doações de sangue aumentam 50% após desabamento na Renascer

A Fundação Pró-Sangue de São Paulo registrou nesta segunda-feira um crescimento de 50% no número de doações de sangue.

O aumento se deu por conta do grande número de pessoas que procuraram os centros de doação após o desabamento do teto da sede da Igreja Cristã Apostólica Renascer em Cristo, na noite de domingo, na zona sul da cidade. Nove pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas no acidente.

Segundo a Pró-Sangue, a estimativa é que a coleta desta quarta-feira seja de aproximadamente 600 bolsas, 50% a mais do que a média de 400 registrada durante a semana.

Entretanto, a fundação informou que a procura pelas bolsas de sangue permanece inalterada. O hemocentro da Pró-Sangue recebe por mês cerca de 13 mil bolsas de quatro centros de coleta da região metropolitana e as distribui a 130 hospitais de São Paulo.

Fonte: Terra

Fundadores da Igreja Renascer podem voltar ao País em junho

Os fundadores da Igreja Cristã Apostólica Renascer em Cristo, Estevam e Sonia Hernandes, podem voltar ao Brasil a partir de junho, quando terminam de cumprir o período de liberdade condicional nos Estados Unidos. A informação do advogado do casal, Luiz Flávio Borges D’Urso, foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O casal foi preso em janeiro de 2007 no Aeroporto de Miami ao tentar entrar no país com US$ 56.467 escondidos em uma Bíblia, em CDs gospel e em duas bolsas. Condenados por conspiração e contrabando, passaram 140 dias em uma cadeia americana e cinco meses em prisão domiciliar.

O Ministério Público de São Paulo pediu a extradição para o Brasil, onde respondem por crimes como lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica mas uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o pedido.

Sonia e seu filho, Felipe Daniel Hernandes, respondem ainda a outro processo: a propriedade da torre de TV que pertence à Igreja Renascer e transmite a programação da Rede Gospel em São Paulo.

Segundo denúncia dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), apesar de ter sido construída com contribuições de fiéis, a torre pertence à FH Comunicações – empresa de Sonia e seu filho.

Fonte: Terra

Imóveis de 80% das igrejas são impróprios para cultos, diz estudo

A “imensa maioria” dos templos que proliferaram em São Paulo nas últimas décadas funciona em lugares adaptados, que não oferecem condições de segurança, segundo o professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Edin Abumanssur.

“Entre 80% e 90% dos locais em que as igrejas se instalaram não são adequados a abrigar o fluxo de pessoas que recebem. A maior parte das igrejas da cidade é mantida pelos próprios fiéis, geralmente em comunidades carentes, com preocupação mínima sobre a adequação do espaço físico”, afirma o professor, autor do livro As Moradas de Deus, sobre o espaço físico de igrejas pentecostais na capital paulista.

Não há dados atualizados sobre o número de templos que têm alvará para funcionamento na cidade – o último levantamento do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru), de 1998, apontava cerca de 4 mil templos na capital. Apenas 186 tinham alvará.

Originalmente construídas para outros fins, as instalações hoje servem de palco para cultos que reúnem entre dezenas a algumas centenas de fiéis. Segundo o pesquisador, que percorreu cerca de 70 templos de Igrejas pentecostais da capital, exemplos assim se reproduzem por toda a cidade, especialmente na periferia. Abumanssur afirma que, com a diminuição da oferta de cinemas ou teatros desativados para instalação de igrejas, caiu também o nível de segurança nos templos.

No domingo (18), o teto da sede internacional da Igreja Renascer em Cristo, no Cambuci, Zona Sul de São Paulo, desabou, deixando nove mulheres mortas e 113 pessoas feridas. Nesta segunda-feira (19), o Ministério Público afirmou que vai pedir à Prefeitura a reavaliação de todos os acordos firmados com a Igreja Renascer desde 1998 sobre as condições estruturais dos templos na cidade.

Fonte: G1

Franklin Graham fala sobre a escolha de Rick Warren para a posse de Barack Obama

O presidente eleito Barack Obama escolheu o pastor Rick Warren, da mega igreja da Califórnia, para fazer a oração de posse hoje despertando a fúria dos defensores do casamento entre pessoas do mesmo sexo e dos progressistas. O evangelista Franklin Graham (foto) mostra sua opinião sobre a recente controvérsia Obama e Warren.

Obama e Warren justificaram suas decisões, mesmo sendo um futuro presidente e um pastor de uma mega igreja. O evangelista Franklin Graham já esteve nesta mesma situação quando orou em nome de Jesus na posse do presidente Bush em 2001. Ele falou com a Christianity Today e mostrou sua opinião quanto à decisão de Obama, além de dar seu conselho para Warren.

Você ficou surpreso por Obama escolher Rick Warren para fazer a oração de posse?

Absolutamente, não. Rick Warren convidou o presidente eleito Barack Obama há dois anos para o seu fórum sobre AIDS, e, naturalmente, manteve o debate de forma não oficial em sua igreja com Obama e o senador McCain. Rick demonstrou a Obama que ele é um amigo, mas que, ao mesmo tempo, não mudaria suas convicções. Eu acho que ele é simples e que muitas pessoas vão gostar de ver Rick Warren lá. Acho que ele é uma ótima escolha. Ele é um batista do sul. Ele crê na Bíblia da mesma forma que eu.

Rick Warren parece estar enfrentando críticas de ambos os lados, dos defensores do casamento entre pessoas do mesmo sexo e de evangélicos que dizem que ele não deveria orar na posse de Obama. Você desempenhou este mesmo papel na posse do presidente Bush, em 2001, e seu pai também já desempenhou este papel. Vocês enfrentaram os mesmos desafios?

O presidente Bush foi processado porque eu orei em nome de Jesus. Este processo foi encerrado. Mas em qualquer momento em que você tomar uma posição ao lado de Cristo, haverá controvérsias. Rick Warren é um homem de Deus. Ele é um pregador do evangelho de Jesus Cristo. As pessoas da extrema esquerda odeiam Deus, eles odeiam Seus padrões e odeiam o nome de Seu Filho. As pessoas da esquerda não vão apoiar qualquer relacionamento com pessoas do outro lado. Barack Obama tem mostrado que vai chegar a todos esses limites. Ele está envolvendo evangélicos na cerimônia de posse, mas não sei se ele os incluirá em sua administração. O tempo dirá. Mas Rick Warren será ouvido por Obama em assuntos importantes.

A aceitação do convite por parte de Warren dá uma aprovação implícita à administração de Obama?

Eu não concordo com tudo o que George Bush fez. Eu não concordo com tudo o que ele acredita. Quando eu aceitei o convite, isto não significava que eu concordava com o presidente Bush. Eu estava lá para falar com Deus, para liderar a nação numa oração pelo nosso presidente. Nas Escrituras somos chamados a orar pelos que nos lideram. Portanto, quem estiver aborrecido por Warren oferecer uma oração ao Deus Todo Poderoso, pedindo por sabedoria e orientação à administração de Obama, é ridículo.

As críticas direcionadas a Warren têm como alvo o seu posicionamento contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Os evangélicos deveriam tomar uma posição pública em relação ao assunto?

É bíblico. Rick Warren ou Franklin Graham ou qualquer outro pregador do evangelho não tem outra escolha além de alertar as pessoas sobre o que Deus diz. Qualquer tipo de relacionamento sexual fora do casamento entre um homem e uma mulher é um pecado contra Deus. É muito sério. Deus vai julgar o pecado e Rick Warren está se posicionando contra o casamento gay. Ele está absolutamente certo, porque esta é a posição de Deus.
Eu apenas sei o que Rick Warren acredita, que o homossexualismo é pecado, e um pecado contra Deus. Deus perdoa os pecados. Mas, para que Deus perdoe os pecados, o pecador tem que se arrepender e se desviar deles, reconhecer Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador e segui-Lo em obediência. Uma pessoa não pode dizer “eu vou seguir a Jesus e pecar”, ela não pode fazer isso. Deus perdoará um homossexual e todos nós como pecadores. Franklin Graham é um pecador, mas eu pedi o perdão de Deus e me afastei do pecado. Quando eu peco, eu tenho que pedir o perdão de Deus e que Ele me limpe.
Os pecadores serão separados de Deus no inferno. O inferno é um lago de fogo eterno – para sempre e sempre. O único caminho que você pode usar para escapar do inferno é através do perdão, através de Jesus Cristo. Seja você um muçulmano, um budista ou hindu, Jesus Cristo morreu por você e derramou Seu sangue na cruz do calvário. Ele pode entrar no coração das pessoas e limpá-lo, se elas quiserem se render a Ele.

A constituição dos Estados Unidos deveria limitar o casamento para um homem e uma mulher?

O casamento é bíblico e secular. Dois machos não podem produzir filhos e duas fêmeas não podem produzir filhos. É preciso um macho e uma fêmea. É óbvio que Deus fez o sexo para que a raça humana existisse. Não é apenas uma instituição secular, mas uma instituição bíblica. Deus instituiu o casamento. É um compromisso sagrado quando tomamos o juramento entre um homem e uma mulher. Nós não podemos mudar as normas que Deus nos deu.

Quando você orou na posse do presidente Bush em 2001, você orou “Agora, ó Senhor, nós dedicamos a Ti esta cerimônia de posse do presidente. Possa este ser o começo de um novo amanhecer para a América, se humildemente nos humilharmos diante de ti e reconhecermos somente a ti como nosso Senhor, nosso Salvador e nosso Redentor. Nós oramos assim em nome do Pai, do Filho, o Senhor Jesus, e do Espírito Santo. Amém”. Rick Warren deveria orar no nome de Jesus, na cerimônia de posse?

Eu espero que ele o faça, pois é um ministro do evangelho. Não há outra forma de orar. Um muçulmano não deveria ficar ofendido. [Warren] não tem outra forma de orar que não seja em nome de Jesus. Ninguém deveria se sentir ofendido, porque Rick Warren deve ser quem ele é, e ele é um ministro de Jesus Cristo.

Você acredita que Rick Warren tornou-se um “pastor de presidente”, num modelo parecido com o do seu pai?

Eu não acho que você assume este papel. É algo que é dado por Deus. O tempo dirá. Meu pai tem sido amigo de todos os presidentes, desde Truman. Não há nenhum outro americano que tenha tido mais influência na Casa Branca. Talvez Rick Warren tenha um relacionamento com presidentes no futuro. Mas não é algo que você busque. Meu pai nunca perseguiu isso; Deus simplesmente deu isto a ele. Se Rick Warren é fiel a Deus, Ele continuará abrindo portas.

Eu sei que você disse, há um mês, que seu pai não estaria servindo como conselheiro espiritual a Barack Obama.

Ele tem 90 anos de idade. Ele fica feliz simplesmente por poder acordar de manhã. As notícias, na maior parte das vezes, querem fazer muito barulho. Mas são poucas as pessoas de extrema esquerda que sentem que Obama não deveria ter nenhum evangélico ou cristão envolvido na cerimônia de posse. Milhões de cristãos votaram em Obama, e eles têm toda razão em querer estar à mesa. Esta é a cerimônia de posse e Obama tem todo o direito de fazer isso. Aqueles que estão fazendo este barulho se esquecem que esta cerimônia não é deles. É de Obama.

Você tem algum conselho para Rick Warren?

Meu conselho para o Rick é estar certo de suas convicções e não ceder nenhum passo. Eu não penso que ele fará isso. Quando você tem a extrema esquerda e os defensores dos homossexuais bravos com você, então você deve estar fazendo a coisa certa. Estou orgulhoso do Rick. Ele não retrocedeu nem um pouco e nem deveria.
Eu apenas oro pelo presidente eleito, para que Deus o guie enquanto toma decisões que afetam a todos nós. O presidente tem uma bagunça à sua frente. Infelizmente eu não acho que ele consiga resolver os problemas que estamos enfrentando. Os problemas que estamos tendo no Oriente Médio, os problemas de recursos naturais e aquecimento global estão além de qualquer pessoa. Será preciso que Deus mande seu Filho de volta para redimir este mundo.

Fonte: Cristianismo Hoje

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