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Ioga vira polêmica com processos e denúncias contra professor

Popularizada por todo o Brasil, a ioga promete alívio para as pessoas, mas a técnica corporal acabou envolta em polêmicas com direito a virar caso de polícia neste mês. E agora a tradição indiana tem de conviver com suspeitas de práticas ilegais medicinais e até assédio sexual.

Esta semana, o advogado Ismar Marcílio de Freitas Júnior deve entrar com uma ação cível no Ministério Público apontando prática ilegal de medicina por parte de Cristovão de Oliveira, que anteriormente ganhara fama e fizera publicidade pessoal como professor de ioga e massagista de celebridades como a modelo Fernanda Lima, a apresentadora Luciana Gimenez, o empresário Pedro Paulo Diniz e o filósofo Mario Sergio Cortella.

A sorte virou para Oliveira no começo de novembro, quando 12 pessoas que faziam retiro em sua casa em Mairiporã (Grande São Paulo) foram hospitalizadas com quadros médicos de desidratação profunda, diarréia e confusão mental. O Hospital e Maternidade Emed, da vizinha cidade de Caieiras, declarou que causa foi a ingestão excessiva de água e pediu a abertura de inquérito se Cristovão colocou a vida de seus alunos em perigo com o ritual de limpeza corporal que ele aplicou. Suspeita-se que ele teria dado também aos praticantes chá de sene, erva usada como laxante que é vendida em lojas de produtos naturais.

“Esse senhor é um curandeiro. As autoridades têm que apurar o exercício dele, se a clínica dele tem alvará ou não”, afirmou o advogado que defende as famílias de clientes e funcionários do professor de ioga, que se declaram assustadas com a situação. Ele só não entrou com a ação porque as cinco pessoas que denunciaram as práticas de Oliveira não querem aparecer diante da mídia (alguns delas deram depoimentos à imprensa, mas exigindo anonimato).

A maioria dos alunos hospitalizados voltou para a vivência de um mês na casa de Oliveira, para a qual pagaram R$ 3.000, e não prestaram queixas pela intoxicação. Mas alguns se desligaram. Um exemplo é Pedro Moreno, 32 anos de idade e 12 anos de ioga. Ele dirigia o centro do professor no bairro de Perdizes, mas decidiu se afastar.

“Meu senso ético não é compatível com as coisas que estão acontecendo lá dentro. Ouvi rumores de abuso sexual”, disse Moreno à reportagem do UOL. As insinuações ganharam destaque nas reportagens dos semanários atrás de histórias sensacionais, entrevistando garotas que anonimamente contam casos de sessões de massagem que, segundo elas, terminavam em bolinação e sexo. Por outro lado, os pais apareceram em reportagens televisivas de costas e com a voz distorcida, falando que seus filhos estão “abduzidos” por Oliveira.

“Não existe essa história de lavagem cerebral. As pessoas estão lá porque querem”, afirma o mesmo Moreno. A ioga de Cristovão pode ser classificada como de “alto impacto”, com muita exigência física para “ir além da exaustão”, como o próprio professor define. Sua massagem não fica atrás em agressividade: as primeiras sessões estão descritas como “muito dolorosas” e os clientes saem com hematomas nos locais mais pressionados.

Um ponto que se discute é a formação de Oliveira. Ele afirma ter ficado mais de um ano na Índia aprendendo a variedade “ashtanga vinyasa”, conhecida dentro da ioga por ter exercícios mais pesados.

Mas seu ex-sócio Mário Reinert dúvida da formação desde que visitou em 2005 a cidade Mysore, no sul da Índia, para onde vai anualmente e passa três semanas por temporada. “Ele inventa postura e exercícios, como criou essa história de tomar litros e litros de água para se limpar”, afirmou Reinert.

Não há um sistema de certificação para a área. “Qualquer um pode fazer um curso de final de semana ou nenhum curso, se preferir, e abrir seu instituto. Basta colocar um nome em sânscrito e posar de mestre para que os mais ingênuos considerem o trabalho sério. Não basta ir para a Índia. A Índia está cheia de charlatães profissionais”, sentencia o professor Marcos Rojo, PhD em Ciência da Ioga, coordenador do curso de pós-graduação em ioga na UniFMU e autor do livro “O que é Ioga?” (Brasiliense).

Ele acredita que para ser professor é preciso ter nível superior. “Hoje, em qualquer área de conhecimento, para se considerar professor é preciso um curso de nível superior. Deve-se ter um mínimo de didática, anatomia, fisiologia e outras disciplinas que norteiem um bom professor, independentemente da tradição a qual ele pertença”, complementa.

Rojo lembra que os indianos são muito cuidadosos com suas técnicas. Sobre os rituais que envolvem a limpeza do aparelho digestivo, usado antes de prática intensa de ioga, ele conta que não são feitos em grupo e “não é todo mundo que pode fazer” e “é muito pouco recomendada”.

Já a massagem ayurvédica na Índia é feita por pessoas do mesmo sexo do paciente, justamente para não haver uma ação invasiva. “O primeiro passo da ioga é a não violência e isto significa não violência em todos os níveis”, lembra quando o assunto são as massagens pesadas de Oliveira. “As massagens aplicadas pelo professor em questão, não são massagens ayurvédicas, ou da cultura indiana”, afirma Rojo.

Oliveira não quer se pronunciar sobre o caso. Por meio de sua advogada, Ellen Mesquita, disse que as acusações são “especulações e inverdades”. Nos bastidores, acredita que desafetos estão aproveitando o caso hospitalar para criar uma onda difamatória sobre esse iogue que ganhou projeção com suas três escolas.

Fonte: UOL

Preconceito contra pacientes de Aids persiste, aponta Ministério da Saúde

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostra que o preconceito em relação às pessoas com aids persiste. O levantamento foi feito com oito mil pessoas, de todas as regiões do país e apontou discriminação até mesmo em família. Hoje, éo Dia Mundial de Combate a Aids

Do total de entrevistados,19% opinaram que a pessoa com Aids não deve ser cuidada em casa; 22,5% disseram que não comprariam legumes ou verduras em um local onde trabalha um funcionário com HIV; 13% afirmaram que uma professora com Aids não pode dar aulas em qualquer escola. Os dados completos da pesquisa serão divulgados apenas em fevereiro.

Para a diretora do Programa Nacional de DST (doenças sexualmente transmissíveis) e Aids, Mariângela Simão, os percentuais que já foram divulgados preocupam. “Quando se sabe que mais de 90% da população sabe que aids é uma DST, e você diz que 22,5% – quase um quarto da população – não comprariam verduras de um vendedor com aids, você percebe que o conhecimento não é suficiente para reduzir o preconceito e a discriminação”, ressalta.

A diretora diz que o número relacionado aos familiares são ainda mais preocupantes. “Ele demonstra uma culpabilização do indivíduo, a persistência da idéia de que, se você pegou Aids, a culpa é sua. Isso estigmatiza”, alerta.

O psicólogo Mário Ângelo Silva, professor do departamento de Serviço Social da UnB (Universidade de Brasília) percebe uma mudança no preconceito ao longo dos anos. Segundo ele, quando a doença foi descoberta, a discriminação tinha como causa do desconhecimento. Atualmente, o motivo é outro. “Não existem mais grupos de risco, as pessoas afetadas têm outro perfil, mas a questão passa muito pelos valores morais”, afirma.

O especialista explica que questões como promiscuidade, uso de drogas, homossexualidade e infidelidade ainda estão na origem da discriminação. Segundo ele, o preconceito não é diagnosticado apenas em pessoas mais velhas, mas também em “jovens, independente da classe social”. “Valores e sentimentos são transmitidos de grupos para grupos, de geração para geração”.

A origem do problema pode estar nas primeiras campanhas de prevenção da doença. “Elas tinham o impacto do medo, mostravam a Aids como uma sentença de morte”, lembra Mariângela Simão. “Em muitos lugares na África ainda são assim”, completa.

As primeiras imagens de pessoas doentes ficaram no imaginário social e agora é preciso trabalhar para mudar essa herança, na opinião do professor da UnB. “Faz tempo que não se trata a questão do preconceito na mídia. A mídia, aliás, também tem culpa no cartório, porque continua falando em ‘aidético’, divulgando informações negativas sobre a doença. É preciso desconstruir esses valores”, defende.

Na opinião da diretora do Ministério da Saúde, a divulgação de dados como o aumento da sobrevida dos pacientes de Aids é uma forma de desmistificar a doença. Estudo divulgado pelo ministério na última semana afirma que o tempo de sobrevida dobrou entre 1995 e 2007 nas regiões Sul e Sudeste do país, passando de 58 meses para mais de 108 meses.

“A pessoa com Aids deve ser vista como uma pessoa com doença crônica. O estigma afasta as pessoas do diagnóstico e também do tratamento, impedindo que ela tenha uma melhor qualidade de vida”, conclui Mariângela.

Fonte:UOL

Crianças soropositivas sofrem com o preconceito no Camboja

A Aids — que tem seu Dia Mundial de Combate nesta segunda-feira — mostra sua face mais cruel quando atinge a população infantil. Estimativas do governo do Camboja indicam que 20 mil crianças em todo o país são portadoras do HIV.

As histórias trazem um enredo tragicamente repetido: a maioria das crianças soropositivas são filhos de portadores HIV, que devido à falta de tratamento para a mãe acabaram contaminados durante o parto. Como o diagnóstico e tratamento da Aids não existia no país até 2002, e ainda hoje é bastante tardio, elas acabam se tornando órfãs.

“Sem os pais, as crianças têm de ser cuidadas por outras pessoas, geralmente idosos, de nível cultural e sócio-economico baixo, que não entendem a rotina rígida do tratamento. Muitas vezes, a solução encontrada é levar essas crianças para orfanatos”, explica o pediatra mineiro Sérgio Cabral, responsável pelo programa pediátrico de HIV/Aids da ONG internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Camboja.

Mas ao contrario da tradicional imagem negativa que muitos orfanatos têm, as instituições cambojanas, quase sempre administradas por estrangeiros, reproduzem um ambiente familiar, onde as crianças podem estudar e conviver com outras da mesma situação. A adoção muitas vezes não faz parte da filosofia dos estabelecimentos. “Como o Camboja sofreu muito com o tráfico humano, e é muito dificil haver interesse de adoção de criancas soropositivas, a idéia de muitos desses lugares é dar condições delas se desenvolverem para poder mais tarde ter uma profissão digna e se sustentarem”, explica a enfermeira brasileira Kelly Cavalete, que desde agosto de 2008 trabalha com a MSF no Camboja.

Em geral, a indicação de transferência para os orfanatos é feita pela organização ou outras ONGs locais, que acompanham o tratamento das crianças. “Muitas famílias moram em casas de madeira, sem estrutura nenhuma para armazenar os remédios, que ficam guardados nas paredes de palha. Como moram em locais desfavorecidos, sem eletricidade, há muitos casos de crianças que tomam remédios errados à noite, porque as cores das pílulas são parecidas. Já vi também crianças saudáveis tomarem anti-retrovirais porque queriam tomar a mesma coisa que seus irmãos soropositivos”, conta o pediatra cambojano Soeung Seitaboth, responsável pelo programa do Hospital Pediátrico Angkor, onde cerca de 500 crianças soropositivas recebem tratamento gratuito, graças à ajuda da ONG Friends Without A Border.

Nem sempre a escolha da transferência é feita pelas ONGs. Não raro, as próprias crianças pedem para sair de casa, devido a preconceitos de parentes, vizinhos e até mesmo funcionários das escolas. “Houve uma menina que se tratava com a MSF e que, apesar de ter perdido os pais, vivia ainda em um ambiente familiar. Mas ela veio nos pedir para ir morar num orfanato, porque estava sendo muito discriminada na escola, e não se sentia bem com isso”, lembra Kelly.

Mudar esse triste cenário não é uma tarefa fácil, mas não chega a ser impossível. “A grande maioria das crianças que nasce soropositiva é contaminada durante o parto, devido à exposição ao sangue e à mucosa. A prevenção da transmissão de mãe para filho envolve diagnóstico precoce e oferta de anti-retrovirais para a gestante e para a criança após o parto. Se isso for feito de forma correta, a probabilidade de contágio cai de 25% para menos de 1%”, afirma o pediatra brasileiro.

Fonte: G1

Premiê diz que ataques em Mumbai foram incitados por ódio a judeus

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse neste domingo que os atentados na cidade indiana de Mumbai foram “incitados pelo ódio aos judeus e israelenses” e relembram “imagens da história que esperávamos que não fossem se repetir”.

“As imagens das vítimas israelenses e a horrível visão dos responsáveis pelo centro (religioso judaico) Chabad envolvidos em seus xales de oração são impactantes”, disse Olmert nesta manhã, no início do reunião com seus ministros.

O primeiro-ministro agradeceu às autoridades indianas pela cooperação e disse que não faria sentido enviar forças militares israelenses para ajudar o “preparado e capaz” Exército indiano.

Na sexta-feira, o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, afirmou que seu país tinha ajudado o Governo indiano a resolver a situação criada pelos ataques, mas considerou “inadequado” dar mais detalhes sobre o tipo de auxílio.

Já ontem à noite, Barak e a ministra de Assuntos Exteriores israelense, Tzipi Livni, decidiram enviar um avião da Força Aérea israelense com equipes médicos e legistas para ajudar na identificação das vítimas dos ataques, que deixaram pelo menos 195 mortos, nove deles judeus.

O ataque levou as autoridades israelenses a pedir que outros Governos reforcem a segurança nos centros judaicos ou identificados com Israel que ficam no exterior e não contam com a proteção do serviço secreto de Israel, informa hoje o jornal “Yedioth Ahronoth”.

“Os ataques em Mumbai nos forçarão a nos readaptarmos a uma nova realidade”, declararam fontes diplomáticas à publicação.

O próprio Olmert destacou esta manhã que Israel fará todo o possível para proteger as instituições judaicas no exterior.

Fonte: EFE

Papa homenageia Pio 12 após críticas de judeus

O papa Bento 16 fez uma homenagem no domingo ao pontífice da época do nazismo Pio 12, que está no centro de uma controvérsia com grupos judeus que o acusam de dar as costas ao Holocausto.

O papa celebrou uma missa na basílica romana de San Lonrenzo, que foi parcialmente destruída por bombardeios dos Aliados em 19 de julho de 1943, matando ao menos 3 mil pessoas na vizinhança. Ele disse que Pio 12 correu ao local para ajudar as vítimas.

“O gesto generoso naquela ocasião de meu venerável predecessor, que correu imediatamente para ajudar e confortar a população nos destroços, não pode ser apagado das lembranças históricas”, disse o papa em sua homilia.

O pontífice da época nazista, que comandou a Igreja Católica de 1939 até sua morte em 1958, foi acusado por alguns judeus de falta de ação em relação ao Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial, acusação que seus defensores e o Vaticano negam.

Vários influentes grupos judeus pediram a Bento 16 que congele o processo que pode um dia fazer de Pio 12 um santo até que mais arquivos do Vaticano sobre o período sejam abertos.

Discute-se atualmente se Bento 16 deveria fazer avançar o processo de santificação –que conta com defensores católicos– por meio da assinatura de um decreto reconhecendo as “virtudes heróicas” dele. O decreto abriria caminho para a beatificação, o último passo antes da canonização.

O papa ainda não assinou o documento –aprovado no ano passado pelo departamento do Vaticano encarregado desses processos. Bento 16 optou, ao invés disso, por observar um período de reflexão, segundo as palavras do Vaticano.

A Igreja Católica diz que, apesar de não ter criticado o Holocausto, Pio 12 trabalhou nos bastidores para ajudar os judeus porque sua intervenção direta acabaria por agravar a situação ao gerar uma retaliação da parte de Hitler.

Fonte: Reuters

Universidade árabe de Israel quer dar aulas na língua do Corão

O maior centro árabe de ensino superior de Israel deseja se transformar na primeira universidade do Estado judeu a dar aulas na língua do Corão, algo que gera receios entre os educadores.

Trata-se da Al Qasemi, um centro educacional situado na localidade de Baqa al Gharbiya, no “triângulo árabe” do norte de Israel, onde mora a maioria dos 1,4 milhão de palestinos com cidadania israelense dentre os 7 milhões de habitantes do Estado judeu.

“Nosso caso é realmente único em Israel. Primeiro porque, por definição e natureza, somos um centro árabe-islâmico e, segundo, porque aqui virão dar aulas professores não só muçulmanos, mas também cristãos e judeus”, disse à agência Efe o responsável de Relações Públicas da instituição, Wasim Younis.

A instituição deu seus primeiros passos em 1989 como escola de estudos islâmicos, algo que testemunha a bela mesquita junto ao centro de ensino.

Com o passar dos anos, a direção decidiu “adaptar-se ao sinal dos tempos” e abrir-se a outras matérias, explica o relações públicas. Assim, atualmente, 120 professores (20 deles judeus) dão aulas de disciplinas como literatura, matemática e pedagogia a 1.600 estudantes, 92% mulheres, sem descuidar das aulas sobre sufismo ou história do Islã.

A Al Qasemi pretende agora alcançar a maioridade educacional com a conquista da categoria de “universidade”, que permitiria expedir títulos de doutorado.

A direção apresentou um pedido neste sentido, mas tropeça em dois obstáculos principais. O primeiro é o momento. Israel não criará novas universidades nos próximos quatro anos porque sofre muito para dividir seu “ajustado” orçamento entre as oito já existentes, todas elas em localidades judias, diz à Efe um porta-voz do Conselho para a Educação Superior.

Esta medida foi aprovada em 2008, após meses de greves e manifestações estudantis contra uma proposta de aumento do custo das matrículas universitárias.

Ali Jabareen, um dos principais professores da Al Qasemi, acredita, no entanto, que o principal empecilho é “político”. “As autoridades israelenses recebem com desconfiança tudo aquilo que provém da minoria árabe” porque é palestina de origem e se identifica majoritariamente com seus irmãos de sangue em Gaza e na Cisjordânia, embora tenha cidadania israelense, destaca.

Para Younis, “aceitar-nos como universidade representaria institucionalizar a cultura palestina em Israel. E muitos políticos temem que isso quebre a identidade judaica deste Estado”.

O porta-voz do Conselho para a Educação Superior defende uma visão distinta: “Não vejo muito sentido em abrir uma universidade árabe. Acho que é melhor potenciar a presença de estudantes árabes nas universidades judaicas”. Uma “política de integração” que levou as universidades judaicas a um percentual de estudantes árabes (18%) similar ao que representa esta minoria no país, acrescenta.

“Respeitamos as universidades israelenses. De fato, eu estudei em Tel Aviv, mas temos nossa própria cultura e língua. Queremos uma universidade que ensine em árabe. É uma questão de liberdade de escolha”, disse Jabareen.

Enquanto isso, os estudantes da Al Qasemi já fazem planos para o futuro nas principais universidades de Israel.

“Claro que eu gostaria de ter uma universidade árabe, mas como ainda não existe, não me importo em ir a uma universidade hebraica. Vivemos no mesmo país e deveríamos deixar de pensar em termos de maioria e minoria (…) e começar a falar de diversidade”, afirma Naryes, que utiliza um véu, como muitas alunas do centro.

Yamina é outra que sai de longe para continuar seus estudos de literatura inglesa em Tel Aviv. Suas irmãs mais novas terão que esperar três ou quatro anos para que a Al Qasemi entre no panorama universitário israelense e então possam finalmente fazer um doutorado em sua língua natal, calcula Jabareen com esperança.

Fonte: Folha Online

Polícia caça pastor evangélico estudante de direito acusado de ser da milícia Liga da Justiça

Apontado pela polícia como sendo um dos tentáculos da milícia conhecida como Liga da Justiça, o estudante de direito e pastor Alexandre de Souza Ferreira, de 37 anos, o Broa, está sendo caçado por agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e de Inquéritos Especiais (Draco/IE).

Ligado ao vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho, e ao irmão do parlamentar, o ex-deputado estadual Natalino Guimarães, Broa está com a prisão temporária decretada pelo juiz Alexandre Abrãao, da 1ª Vara Criminal de Bangu.

O pastor é acusado de ser um dos cinco homens responsáveis pelo seqüestro de oito pessoas, durante a invasão da milícia à Favela do Batan, em Realengo, no ano passado.

A comunidade é a mesma, onde um repórter, um fotógrafo e um motorista do jornal “O Dia” foram seqüestrados e torturados, por mais de sete horas, no dia 14 de maio de 2008.

De acordo com um inquérito instaurado na 33ª DP (Realengo), das oito vítimas seqüestradas pela milícia, pelo menos quatro foram torturadas e assassinadas.

Os corpos apareceram em Santa Cruz, na Zona Oeste e em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio.

Duas pessoas conseguiram sobreviver ao massacre: uma escapou do cativeiro e outra foi libertada pelos milicianos. Outras duas estão até hoje desaparecidas.

– O fato que motivou o seqüestro foi a tomada das favelas pela milícia – explicou o delegado Cláudio Ferraz, da Draco, que apura o caso em conjunto com o delegado Átila Láfere, da delegacia de Realengo.

A Draco investiga ainda a informação de que Broa foi visto, pouco depois do período eleitoral, em Campo Grande, na Zona Oeste. O local é um dos principais redutos da Liga da Justiça, que segundo a polícia é chefiada pelo ex-deputado Natalino Guimarães e pelo vereador Jerominho.

As quatro pessoas que moravam na Favela do Batan e tiveram a morte confirmada são: a dona-de-casa Alessandra Francisca da Silva, o estudante Diego de Melo Aquilino, Valdemir Gomes da Mota e Antônio Girlene de Araújo Tavares.

Quadrilha usou disfarce em ataque

Quatro vítimas da milícia foram seqüestradas, na madrugada do dia 18 de junho do ano passado. Vestindo roupas pretas com a inscrição “Serviço de Operações Especiais” e usando duas Blazers e um Gol, os milicianos atacaram primeiro um cobrador de transporte alternativo e um adolescente.

Levados para um cativeiro, os dois foram torturados com golpes de cassetete, para dizer os nomes e endereços dos traficantes da Favela do Batan.

Algemado em um degrau de uma escada de madeira, o cobrador conseguiu fugir, enquanto o adolescente levava os milicianos até a casa de Alessandra Francisca da Silva.

Acusada pela milícia de dar apoio aos traficantes, ela foi morta a pauladas. A morte foi gravada por milicianos, por meio de um celular com câmera.

Os bandidos mataram ainda Diego Aquilino, também capturado pelo bando. Depois de alegar que iria colaborar com a milícia, o adolescente foi liberado.

No dia 30, outras quatro pessoas também foram seqüestradas pela quadrilha. Os dois sobreviventes prestaram depoimento na 33ª DP. Eles reconheceram Broa como sendo um dos homens que os torturaram.

Fonte: Extra Online

Choques entre muçulmanos e cristãos deixam centenas de mortos na Nigéria

Os confrontos entre muçulmanos e cristãos que tiveram início na sexta-feira em Jos, capital do estado de Plateau, no centro da Nigéria, deixaram centenas de mortos e feridos e forçaram milhares de pessoas a fugir da região.

Sem dados oficiais, vários jornais locais destacavam em suas edições de hoje que os mortos passavam de 150, mas outras fontes, inclusive a Cruz Vermelha, foram elevando o número até 400, enquanto sete mil pessoas foram obrigadas a fugir para outras regiões.

Os choques começaram no dia seguinte às eleições locais, nas quais o oposicionista Partido de Todos os Povos da Nigéria (ANPP) denunciou fraudes contra seu candidato à Chefia Administrativa de Jos Norte, frente ao aspirante do governista Partido Democrático Popular (PDP).

No entanto, quando as autoridades eleitorais anunciaram no sábado que o PDP tinha vencido nas 17 circunscrições em disputa, os motins deram origem a choques entre membros da etnia berom, de maioria cristã, e hauçá, muçulmana.

O ANPP é apoiado majoritariamente pelos hauçás, e o PDP conta com mais respaldo entre a etnia berom.

A Polícia informou que mais de 1,5 mil pessoas, a maioria procedentes dos estados vizinhos, foram detidas por suposta participação nos confrontos, que também deixaram centenas de igrejas e mesquitas incendiadas.

A Associação Cristã da Nigéria (CAN, em inglês) expressou “grande dor e tristeza” com a violência suscitada.

“Estamos muito surpresos com os acontecimentos em Jos. Achávamos que era um assunto político, mas tudo parece indicar que não é assim e sentimos muito que algumas de nossas igrejas e propriedades tenham sido atacadas e alguns de nossos fiéis e clérigos, assassinados”, disse o presidente da CAN em Plateau, Ignatius Kaigama.

O presidente da Nigéria, Umaru Yar’adua, ordenou o envio imediato de tropas do Exército em Jos, cujo governador impôs toque de recolher e exigiu que as forças de segurança atirem contra aqueles que cometerem atos de violência.

Em 2001, a região de Plateau foi o epicentro de choques similares que deixaram pelo menos mil mortos. Os motins se repetiram em 2004, quando mais de 700 pessoas morreram. Nas duas ocasiões, o Governo se viu obrigado a declarar estado de emergência para restaurar a ordem no local.

Fonte: EFE

Bento XVI exige condenação da violência na Índia e na Nigéria

O papa Bento XVI cobrou hoje, durante a reza do Ângelus na Praça de São Pedro, no Vaticano, uma condenação comum ao “horror” das recentes ondas de violência em Mumbai, na Índia, e Jos, na Nigéria.

“Várias são as causas e as circunstâncias desses trágicos acontecimentos, mas comuns devem ser o horror e a condenação à explosão de tanta cruel e insensata violência”, disse o pontífice aos fiéis.

“Quero convidá-los a unirem suas orações pelas várias vítimas dos brutais ataques terroristas em Mumbai, na Índia, e dos confrontos que aconteceram em Jos, na Nigéria, assim como pelos feridos e os que foram afetados de alguma maneira”, acrescentou o papa.

Bento XVI pediu ao Senhor que “chegue ao coração” daqueles que acham que a violência é o caminho para a solução dos problemas locais e internacionais.

Além disso, destacou que a construção de uma sociedade “digna de Deus e do homem” precisa de exemplos de tranqüilidade e de amor.

No primeiro domingo do Advento, que marca o início do novo ano litúrgico, o pontífice lembrou de todos aqueles que trabalham “em favor dos homens e mulheres que perderam a liberdade, mas não a dignidade”, numa referência aos presos.

“Nesses casos, os direitos humanos fundamentais também devem ser respeitados”, afirmou Bento XVI.

Horas antes do Ângelus, o papa rezou uma missa na Basílica de São Lourenço Extramros, onde lembrou a figura do papa Pio XII, que, em 19 de julho de 1943, saiu do Vaticano para se aproximar dos desabrigados em Roma pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial.

Fonte: EFE

‘Temos de rezar para parar de chover’, diz governador de SC

O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, disse hoje que “a terra molhada, após quatro meses de chuva contínua, não suporta mais” e que é é preciso “rezar para que pare a chuva, venha o Sol.”

Luiz Henrique disse ainda que a reconstrução das áreas afetadas ocorrerá após o fim das chuvas. “Não tenho dúvidas de que isso vai acontecer, porque depois da tempestade vem a bonança. E na bonança nós vamos reconstruir.”

Luiz Henrique fez questão de afirmar que o turismo em Florianópolis não pode ser afetado pela tragédia.

“O nosso litoral não foi afetado, nossas praias não foram afetadas. De modo que os turistas podem vir tranqüilos para Santa Catarina”, disse o governador, durante visita ao kartódromo dos Ingleses, onde acompanhou uma das baterias do desafio de kart organizado por Felipe Massa, piloto da Ferrari na Fórmula 1.

A prova, realizada hoje, tinha locais para coleta para doações do público presente, e alguns pilotos já anunciaram que enviarão seus equipamentos para que o Estado faça um leilão em benefício às vítimas. Massa já anunciou que doará R$ 50 mil e mais o macacão da Ferrari, enquanto Rubens Barrichello doou macacão, capacete e luvas. O desafio foi vencido por Barrichello.

Defesa civil alerta para risco de deslizamentos

Equipes de resgate da Defesa Civil de Santa Catarina trabalham hoje na região próxima ao município de Luiz Alves, no Vale do Itajaí. No vôo de observação realizado pela manhã, eles detectaram áreas de deslizamento iminente de terra na localidade conhecida como Serafim.

De acordo com o tenente Alessandro Faslzck, essas áreas estão próximas a um gasoduto e um alojamento das Centrais Elétricas de Santa Catarina, onde técnicos que realizavam serviços de recuperação de uma linha de transmissão de alta-tensão já foram retirados.

O oficial também informou que os trabalhos de resgate de moradores no Vale do Baú, em Ilhota, se resumem agora na tentativa de localizar pessoas que se recusam a deixar suas moradias.

Segundo Faslzck, cerca de 80% das famílias já foram retiradas da região e o restante foge com a aproximação do helicóptero. “O problema é que algumas delas percebem a chegada das aeronaves se escondem ou fogem para as áreas de matas”, disse.

Fonte: UOL

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