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Doação de terreno divide católicos e evangélicos na Câmara de Vila Velha

Os vereadores de Vila Velha aprovaram, por unanimidade, o projeto de lei que doa um terreno de três mil m² à igreja católica. O projeto num primeiro momento causou polêmica, pois a igreja evangélica Assembléia de Deus pleiteava a mesma área para a construção de um templo.

No entanto, na sessão desta terça-feira (11), o vereador Reginaldo Loureiro (PSC), que defendia o lado dos evangélicos, abriu mão do terreno em nome dos membros da Assembléia de Deus, e também aprovou a doação à igreja católica.

O terreno, avaliado pela prefeitura em R$ 5 milhões, está localizado na avenida José Júlio de Souza, na orla da Praia de Itaparica. A comunidade vai se chamar Nossa Senhora de Guadalupe e fará parte da paróquia São Francisco de Assis. A secretária da paróquia, Tânia Maria Ribeiro Coutinho, afirmou que no local será construído além do templo religioso, uma creche de atendimento a crianças carentes e uma praça de recreação.

O projeto segue agora para avaliação do prefeito Max Filho. Tânia declarou que a comunidade está confiante que o prefeito sancione a lei. O início das obras está previsto para janeiro de 2009.

Fonte: Gazeta Online

A liderança evangélica e a crise de integridade

Para especialistas, o descrédito da liderança evangélica perante a sociedade se deve em grande parte a deslizes éticos e morais cometidos pela própria Igreja. Psicoterapeuta diz que líderes evangélicos são vítimas da negligência em relação à própria saúde psíquica.

Deu na CNN: jovem pastor de uma das maiores denominações evangélicas da Austrália confessou ter mentido nos últimos dois anos para a igreja, família e amigos, dizendo que tinha câncer. Para se passar por doente em fase terminal, ele chegou a raspar o cabelo e as sobrancelhas e andava com um tubo de oxigênio ligado ao corpo. A farsa lhe rendeu milhares de dólares, arrecadados junto aos fiéis de sua igreja para o suposto tratamento, que nunca aconteceu. Segundo palavras do próprio impostor, o pastor Mike Guglielmucci, a “vida dupla” serviu, entre outras coisas, para ocultar seu maior pecado – o vício na pornografia.

Rumorosas também foram as quedas de ícones dos púlpitos, como o televangelista americano Jimmy Swaggart, flagrado com prostitutas, ou o pastor brasileiro Caio Fábio D’Araújo Filho, um dos mais destacados líderes evangélicos já surgidos no país, que há exatos dez anos revelou um caso extraconjugal que abalou seu multifacetado ministério.
Se é verdade que todo o ser humano vive em crise de integridade desde o pecado original, também é fato que este mal nunca assolou tanto os líderes evangélicos, freqüentemente envolvidos em escândalos muito diferentes do “escândalo do Evangelho” citado pelo apóstolo Paulo.

Coincidência ou não, recente pesquisa do Ibope revelou que o número de pessoas que não confiam nas igrejas evangélicas subiu de 41% para 44%, e o contingente de pessoas que confiam nelas caiu para 52 por cento. Segundo o instituto de pesquisas, isso fez com que as igrejas evangélicas despencassem da 8ª colocação para a 11ª posição entre as instituições mais confiáveis, atrás de instituições como a TV, empresas privadas e até dos produtores de soja.

Para o historiador Ziel Machado, secretário da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos (CIEE), não há dúvida: a crise de integridade das lideranças religiosas é a principal responsável por essa queda na credibilidade das instituições evangélicas. Para ele, há outros termômetros tão precisos quanto as pesquisas para aferir isso. “Basta uma simples observada nas livrarias cristãs. Nunca se viu um volume tão grande de obras abordando essa temática da crise de integridade entre os pastores”, diz. O escritor Jaime Kemp, mestre em teologia e doutor em ministério familiar, é autor de duas dessas obras. Ele lançou, há algum tempo, os livros “Pastores em perigo” e sua continuação, “Pastores ainda em perigo” (Editora Hagnos), nos quais aborda o problema. “A Igreja Evangélica tem padecido com a escassez de integridade em sua liderança, seja em nível moral ou na vertiginosa e constante quebra dos relacionamentos familiares”, constata.

Kemp, que é referência no segmento evangélico brasileiro quando o assunto é família, identifica nessa crise um dos principais motivos do descrédito social em relação aos crentes, sobretudo em relação à sociedade em geral. “Essa triste realidade tem abalado a nossa credibilidade não somente nas igrejas, mas também em um mundo crítico e observador, que não perde as oportunidades, já volumosas, para tripudiar a Igreja de Cristo”, lamenta.

Mau testemunho

Para a professora Durvalina Barreto Bezerra, diretora e coordenadora de ensino do Seminário Evangélico Betel, a sociedade tem desacreditado da liderança evangélica por conta do péssimo testemunho de alguns, que não praticam o que pregam. “São pastores broncos, mal-formados, imaturos, que dão vexame na política e na televisão, com deploráveis deslizes éticos e morais”, critica. Segundo ela, esses pastores e líderes têm seguido o Evangelho sem observar os critérios estabelecidos por Cristo para uma vida moral e espiritual autêntica. “Querem as bênçãos divinas, mas não o compromisso com a verdade que transforma, com a vida moral exemplar e, mais do que isso – não querem andar como Jesus andou.”

É bem verdade que os escândalos de natureza sexual costumam provocar desastres dentro das igrejas, mas não chamam tanto a atenção de quem é “de fora” quanto outros tipos de deslizes. Afinal, a indissolubilidade do casamento não tem tanto apelo fora dos arraiais evangélicos. Desta forma, atos como malversação de recursos e exploração da boa-fé alheia rendem muito mais “frutos podres” para a Igreja. “Milagreiros, exploradores de dízimo, estelionatários, desrespeitadores de outras religiões: estas são algumas das alcunhas mais freqüentemente utilizadas pela opinião pública a fim de desqualificar um crescente número de pastores evangélicos Brasil afora”, aponta o psicólogo Ageu Heringer Lisboa, mestre em ciências da religião e um dos fundadores do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos, o CPPC. Para ele, o descompasso entre o inchaço da presença dos crentes na população e a questão ética ganhou maior dimensão no país a partir da década de 1950, com o início da predominância das teologias mais subjetivistas e emocionais, típicas do neopentecostalismo. “Da periferia do sistema, aos poucos eles chegaram às classes médias e à mídia. Sem o mínimo senso de obediência a um coletivo dirigente, por qualquer discordância alguém se desliga de um grupo e funda o seu próprio”, diz.

O terapeuta lembra que a natureza do trabalho pastoral, em sua acepção bíblica original, é a de alguém que vive em comunhão com Deus, é instruído nas Escrituras e tem vocação e preparo para cuidar de pessoas espiritualmente desorientadas e ensinar a Palavra. “Os termos ‘trabalho pastoral e terapêutico’ se assemelham semanticamente, significando cura ou cuidado com as almas. Isso traz uma exigência ética específica – a de que esses pastores se mantenham íntegros, moral e profissionalmente”, pondera. No entender de Ageu, é compreensível essa cobrança pelo lugar que pastores e líderes ocupam no imaginário popular. “Sacerdotes, desde tempos imemoriais, supostamente estão mais próximos da divindade ou conhecem o mundo espiritual. A população necessita de referenciais de integridade, precisa encontrar pessoas dignas no meio de tanta imoralidade e corrupção. Quando ocorre um pecado grave, como adultério ou falcatrua, isso desperta decepção, revolta e angústia no Corpo de Cristo”, completa.

Moralismo inútil

Para muita gente, a eclosão recente de escândalos entre a liderança religiosa pode ser apontada como sinal do fim dos tempos. E é evidente que eles não se resumem aos arraiais evangélicos. De uns anos para cá, o catolicismo tem sido abalado pelos casos de pedofilia envolvendo sacerdotes em diversos países, inclusive nos Estados Unidos, onde a Igreja Católica tem sido obrigada a arcar com indenizações milionárias às vítimas de abusos sexuais praticados por padres. No Brasil, costuma-se atribuir os problemas à liderança no meio pentecostal ou neopentecostal – o que é um preconceito, na avaliação do sociólogo Gedeon Alencar, diretor do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos (Icec), de São Paulo. “Clérigos, reverendos e outras sumidades tradicionalistas não agem muito diferente. A diferença é que uns são descobertos, outros não”, diz.

O sociólogo considera pretensioso e apressado o apontar culpados, coisa que invariavelmente se faz quando o tema ‘crise de integridade’ vem à tona. “É preciso ter cuidado para não cairmos num moralismo inútil, como se, em geral, tivéssemos um povo puro, honesto e cumpridor de seus deveres, mas a liderança evangélica fosse péssima”, destaca. Sobre as pesquisas que mostram o crescente descrédito em relação à Igreja Evangélica e sua cúpula, Gedeon lembra que nas congregações existe gente comum. “E gente comum também comete erros”, pondera. “Daí, a credibilidade de todos vai por água abaixo.” Na mesma linha vai o psicólogo Ageu Lisboa: “Muitos líderes acabam escravizados ao medo de serem criticados, de não serem bons nem carismáticos ou não serem capazes de fazer a igreja crescer”, enumera. “Isso compromete sua saúde psicofísica, podendo afetar suas relações familiares, predispondo-os à depressão. Daí a largar tudo e se meter em aventuras financeiras e eróticas é um passo comum. Pastores assim precisam resgatar seu direito de serem gente comum, nem mais santos ou pecadores que os demais crentes”, completa.

O missionário Marcos Cunha, ligado ao ministério Servindo Pastores e Líderes (Sepal), segue a mesma linha de raciocínio. “Virou moda dizer-se evangélico, e isso atrai os holofotes para as igrejas e seus líderes, que são humanos como todos nós e sujeitos às mesmas tentações. No entanto, quando eles são expostos à crítica pública têm seus pecados superestimados”, diz. A Sepal, onde Cunha atua, presta diversos serviços à liderança cristã brasileira, incluindo trabalhos de mentoria espiritual, aconselhamento e reciclagem voltados para pastores e suas famílias. O obreiro reconhece ainda que é preciso levar em conta que a Igreja brasileira é muito nova, tendo se consolidado de fato no país apenas a partir da segunda metade do século 20. “Estamos, digamos assim, vivendo os dias de adolescência. Os líderes que podem ser reconhecidos por sua integridade e valor ainda são poucos, o que deixa a brecha para o surgimento de dirigentes sem tanto preparo ou vocação”.

Cunha cita ainda o fato de o número dos evangélicos ter praticamente triplicado no país nos últimos 20 anos, passando, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística, o IBGE, de pouco mais de 13 milhões para mais de 30 milhões. Como os números atuais referem-se ao último Censo, realizado há quase dez anos, há quem aposte que os crentes já estariam beirando os 40 milhões. “Nessa proporção, em 2020 seríamos mais de 100 milhões, numa população projetada de 235 milhões de brasileiros. Isso, por si só, desperta a atenção da sociedade. Mas temos de parar de nos preocupar com o que a mídia diz e buscarmos um verdadeiro avivamento que dê a esta Igreja uma visão missionária, que forma discípulos e gera um impacto inigualável na coletividade, com credibilidade e influência positiva”, completa.

“Remanescentes”

O surgimento de lideranças autoritárias, que não precisam prestar contas de seus atos, é apontado pelo pastor Gerson Borges, da Comunidade de Jesus de São Bernardo do Campo (SP), como causa de boa parte dos problemas ocorridos no andar de cima das igrejas. “Boa parte desses pastores não se submetem a nada nem a ninguém, não prestam contas, são senhores de si”, diz. Além da carência de acompanhamento e aconselhamento, a educadora Durvalina Bezerra acredita que o despreparo também contribui, e muito, para crises na liderança. “Há uma avalanche de pastores sem formação alguma, e isso contribuiu para a escassez de obreiros de qualidade. Falta discipulado sério para formar o caráter, além de preparo teológico e critérios eclesiásticos capazes de inibir a proliferação de lideranças que pregam adulterando a Palavra de Deus e sem comprometimento com a verdade bíblica”, opina. “Mas ainda existem muitos fiéis. Deus sempre teve seus remanescentes, que sofrem as conseqüências do mau testemunho dos colegas”, acrescenta a diretora do Seminário Betel.

“É bom que se diga que a maioria dos mais de 200 mil pastores evangélicos que atuam no Brasil são como a população de onde saíram, enfrentando todos os problemas da sociedade em geral. E essa maioria vive com baixos salários, em condições precárias, em meio à violência, e nem assim se deixam corromper”, ressalva Ageu Lisboa. Para ele, os crentes também têm certa culpa na equivocada generalização que tem colocado os ministros do Evangelho no mesmo patamar de descrédito. “Essa imagem do crente como alguém que não merece confiança é um tipo de juízo sobre todos nós que descuidamos de nos questionar uns aos outros. Se não nos avaliarmos para correção e crescimento, o mundo fica autorizado, pelas Escrituras, a nos julgar. E é o que está acontecendo”, finaliza.

Fonte: Cristianismo Hoje

Duas irmãs cristãs morrem e mãe fica ferida por insurgentes em Mossul

Duas irmãs cristãs morreram hoje e sua mãe ficou ferida devido aos tiros de insurgentes que invadiram a casa da família em Mossul, cerca de 400 quilômetros ao norte de Bagdá, segundo fontes do Ministério do Interior iraquiano.

As fontes disseram que vários insurgentes encapuzados atacaram a casa onde as vítimas estavam, no nordeste de Mossul, capital da província de Ninawa.

Os rebeldes fugiram após o ataque e antes da chegada da Polícia ao local.

Segundo as fontes, é possível que esta família tenha sido atacada porque alguns de seus membros são funcionários nos escritórios governamentais de Ninawa.

Os cristãos de Mossul foram alvo no mês passado de uma onda de violência e ameaças de grupos radicais que causou a fuga de dezenas de famílias desta comunidade minoritária.

Após os ataques, o Governo iraquiano criou um comitê especial para investigar as intimidações sofridas pelos cristãos em Mossul, mas, até o momento, não anunciaram o resultado das investigações.

Fonte: EFE

São Paulo vai ter mais três novos megatemplos

A Igreja Universal do Reino de Deus foi buscar inspiração no passado, no século 11 antes de Cristo, e vai construir uma réplica do Templo de Salomão, o primeiro templo de Jerusalém, que será a nova sede mundial da igreja, na Avenida Celso Garcia, no Brás, região central.

Com mais de 2 mil anos de história, os católicos abriram mão da estética tradicional das igrejas e vão abusar das curvas, placas metálicas e concreto para erguer em Interlagos, na zona sul, o novo santuário Mãe de Deus – Theotokos, em grego -, que receberá as missas do padre Marcelo Rossi. O modernismo contemporâneo, com a assinatura do arquiteto Ruy Ohtake, marca os novos ventos trazidos ao catolicismo pelos carismáticos.

Já os evangélicos da Universal do Reino de Deus, congregação com 31 anos de vida, seguiram caminho inverso. Foram buscar inspiração no passado, mais precisamente no século 11 antes de Cristo, para construir a nova sede mundial da igreja, na Avenida Celso Garcia, no Brás, região central. O novo prédio será uma réplica do Templo de Salomão, o primeiro templo de Jerusalém.

Em Santa Cecília, em um quarteirão colado ao bairro de Higienópolis, a nova sinagoga da Congregação Mekor Haim deve ser o maior centro de educação religiosa para judeus ortodoxos de São Paulo. Com seu estilo funcional, poderia passar por um prédio empresarial, não fossem os pilares de concreto na calçada para evitar carros-bomba e o topo em formato triangular.

Até 2010, representantes de católicos, evangélicos e judeus ortodoxos esperam ter finalizado os três templos, que seguramente farão parte da lista dos principais do Brasil, atraindo centenas de milhares de fiéis. O Santuário Mãe de Deus, por exemplo, terá capacidade para receber 100 mil pessoas, duas vezes mais do que a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo, e 30 vezes mais do que a Catedral da Sé.

O padre Marcelo Rossi afirma que o catolicismo precisa atualmente de religiosos que entendam a importância de reunir pessoas em um mesmo lugar para celebrar. “A fé se transmite e retransmite. Esse efeito do contágio, da emoção das grandes celebrações, deve ser levado em conta para o fortalecimento da fé”, diz.

Multidões de evangélicos também serão esperadas na Celso Garcia. Atualmente, a Igreja Universal já conta com um templo para 4 mil pessoas na região. A nova sede ficará poucos metros adiante, na mesma avenida, em um terreno de 23 mil metros quadros. Serão 12 andares, dois subsolos, com 64,5 mil m² de área construída.

No novo Templo de Salomão da Igreja Universal haverá um amplo salão com capacidade para 9.500 pessoas sentadas. O tamanho da romaria de fiéis, contudo, é imprevisível. A sede mundial da Igreja Pentecostal Deus É Amor, com mais 70 mil metros quadrados, também localizada na região do Brás, já chegou a receber 110 mil fiéis em um só dia.

Fonte: Estadão

Católicos, evangélicos e luteranos usam templo comum

O pequeno templo com três cruzes na torre chama a atenção de peregrinos que trilham o caminho das Missões, em São João Tujá, no município de Garruchos, a 650 quilômetros de Porto Alegre. Três famílias religiosas, representadas nas três cruzes, têm na Igreja Ecumênica da Trindade o seu local de culto.

“Sozinhos não teríamos condições de construir a igreja”, disse o pastor Wolter Becher, da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), há oito anos radicado em São Luiz Gonzaga, de onde presta atendimento pastoral às 20 famílias da denominação que vivem em São João Tujá.

A cada início de novembro, as três famílias religiosas – católica, evangélica de confissão luterana e luterana – unem-se para o culto ecumênico, que lembra a inauguração do templo, há seis anos. O templo é administrado por uma diretoria, que observa o sistema de rodízio na presidência, que é eleita a cada dois anos.

A igreja é muito simples, apropriada para abrigar as 80 famílias de São João Tujá, nem todas seguidoras de uma das três denominações históricas. “Quando cheguei aqui, havia quatro igrejas pentecostais, hoje são oito, nascidas de cismas internos”, relatou o pastor Becher.

A construção de um templo ecumênico nasceu da persistência da professora Neide Kochenborger Klein. Ela fizera promessa de que se passasse no concurso ao magistério, se empenharia na construção de um templo para São João Tujá. Até então, cultos e missas eram celebrados em salão comunitário ou na escola.

“Todo esse trabalho só foi possível porque pude contar com o apoio das pessoas, da comunidade”, disse Neide, que chegou a Garruchos em 1988 e hoje é diretora da escola local. Envolvida em projetos sociais, a professora busca a integração e união da comunidade.

O terreno onde foi erigida a Igreja da Trindade foi doado por paroquiano local. O templo foi construído em dez meses, em regime de mutirão, e custou 29 mil reais (cerca de 13,2 mil dólares), com recursos angariados no município. “Nós só contratamos um mestre de obras”, informou Neide.

O que rege as relações entre as três famílias confessionais é o respeito mútuo. O horário das celebrações é observado, assim que cada denominação tenha o seu espaço de culto.

“Cada denominação enfeita o altar a seu modo. Quando católicos celebram, eles colocam no altar a santa que, terminada a missa, é recolhida. As paredes não têm qualquer imagem”, descreveu a pastor Alice Griebeler, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), que conta com apenas duas famílias na localidade. Alice também reside em São Luiz Gonzaga.

São João Tujá fica a 45 quilômetros da sede de Garruchos, município que tem uma população de 3,6 mil habitantes, com tendência a decrescer por causa do acentuado êxodo rural. Na região, agricultores cultivam soja e investem na produção de leite. Jovens preferem, contudo, a vida da cidade.

“O que nos une é a pregação da Palavra de Deus num lugar de culto”, frisou o pastor da IELB. Neide relatou que o bispo diocesano, dom José Clemente Weber, visitou São João Tujá e ficou admirado com a alternativa encontrada pelas famílias do local. Embora usem o mesmo espaço, cada uma das três denominações mantém a sua identidade, comentou.

Fonte: ALC

Senado aprova descriminação do aborto no Uruguai

Os senadores uruguaios aprovaram, nesta terça-feira, um projeto de lei que descrimina o aborto, deixando para o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, o peso de vetar a iniciativa aprovada seis dias antes, quarta-feira, 5, pelos deputados.

Vázquez afirmou, mais de uma vez, que vetará este projeto de lei que foi apresentado por integrantes de sua base parlamentar, Frente Ampla.

A discussão gera forte polêmica a onze meses das eleições presidenciais, em outubro de 2009, em um país onde, entre idas e vindas, o assunto vem sendo debatido há pelo menos oito anos.

Segundo especialistas, o Uruguai é o primeiro país da América do Sul a avançar com a medida. Por isso, não se descarta que a polêmica acabe sendo definida, no futuro, em um plebiscito, como é tradição no país.

Governistas divididos

A aprovação no Senado do projeto – chamado Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e que prevê a descriminação do aborto em um de seus artigos – foi por 17 votos a favor e 13 contra.

Pelo telefone, a senadora Margarita Percovich, líder da Frente Ampla, e autora do projeto de lei, contou à BBC Brasil que todos os 17 votos foram de integrantes da base governista.

Entre os que votaram a favor, destacou, estavam o vice-presidente do país e presidente do Congresso, senador Rodolfo Nin Novoa, e os prováveis candidatos do governo Vázquez à Presidência, os senadores Danilo Astori e José Mujica.

Astori e Mujica deverão disputar para saber quem será o cabeça da chapa oficial à sucessão presidencial.

“Tabaré é médico, mas, como muitos políticos uruguaios, é muito conservador e é uma pena para o país que não sancione a iniciativa”, disse Percovich, professora de teologia.

Para ela, ao levar a proposta adiante, mesmo sabendo que Vázquez não a sancionaria, os parlamentares que defendem a legalização do aborto estão atendendo o que prometeram a suas eleitoras.

“Pelo projeto, a mulher terá até doze semanas para interromper a gravidez, com a garantia de que poderá realizá-lo com apoio médico e em condições seguras”, afirmou.

Ela disse que o projeto prevê que a mulher entregue sua decisão escrita ao médico para que “fique claro” que é vontade dela e que será atendida. O médico poderá orientá-la também, de acordo com o texto, a concluir a gravidez e encaminhar o bebê a um centro de adoção.

Polêmica

A oposição é contra a descriminação do aborto no país.

“Somos da oposição, mas nesse ponto (de descriminar o aborto) estamos com o presidente”, afirmou o senador Eber da Rosa, do Partido Nacional.

Na sua opinião, caberá a Vázquez a decisão do veto porque a base governista está “dividida”.

Ouvidos pela BBC Brasil, Percovich e Rosa, basearam-se nos acordos internacionais assinados pelo Uruguai para defender suas posições divergentes.

Percovich baseou a defesa do projeto em acordos internacionais como os de Viena e do Cairo, destacando que os presidentes, muitas vezes, não colocam estas iniciativas em prática em seus governos.

Por sua vez, Rosa votou contra o projeto de lei e argumentou que seu país assinou o tratado de direitos humanos de São José da Costa Rica. “Este tratado prevê que o direito à vida existe desde o útero, porque está cientificamente comprovado que o embrião demonstra sinais vitais, que tem vida própria e, por isso, a mulher não pode (abortá-lo) como se fosse parte de seu corpo”, disse.

A oposição, afirmou Rosa, aprovou praticamente todos os artigos do projeto de lei, incluindo a distribuição de anticoncepcionais e a implementação de educação sexual, principalmente nas áreas carentes. O veto foi ao artigo que permite a interrupção da gravidez.

Veto presidencial

Pela Constituição uruguaia, Vázquez terá dez dias para aprovar ou rejeitar o projeto, a partir do momento em que o texto chegar ao Executivo.

Se ele realmente vetar a iniciativa, os legisladores poderão convocar uma sessão do Congresso para tentar derrubar este veto presidencial.

“Mas são necessários três quintos e não temos estes votos. Para isso, precisaríamos dos votos dos outros dois partidos tradicionais (Nacional e Colorado) e isso seria impossível”, disse Percovich, deixando claro que o objetivo é manter a proposta na berlinda política e social.

Segundo pesquisas de opinião, cerca de 60% dos uruguaios aprovariam a descriminação do aborto. Mas até estes dados geram polêmicas, com alguns setores questionando as pesquisas.

Hoje, no Uruguai, já existe um hospital na capital do país, Montevidéu, que, de acordo com Percovich, atende a aquelas mulheres que se submeteram a um aborto, em local clandestino, e procuram ajuda médica para evitar infecções ou outras seqüelas.

Parlamentares que defendem a descriminação do aborto explicaram que a proposta surgiu diante dos altos índices de morte de mulheres que o realizam em lugares clandestinos e sem condições.

Fonte: BBC Brasil

Câmara aprova lei contra pedofilia na web

Uma nova lei aprovada na Câmara dos deputados torna mais rigorosa a punição contra crimes de pedofilia na web.

O plenário da Câmara aprovou novo texto que agrava as penas que quem aborda crianças na internet buscando encontros ou troca material com conteúdo pedófilo pela web.

O texto aprovado pelos deputados foi originalmente elaborado pelos senadores que integram a CPI e visa endurecer regras que já existiam no Estatuto da Criança e do Adolescente. Como a matéria já foi votada no Senado, agora ela segue para a sanção presidencial.

Pela nova lei, quem produz, reproduz, dirige, fotografa, filma ou registra cenas de sexo envolvendo criança ou adolescente estará sujeito à pena de reclusão de quatro a oito anos, além de multa. Atualmente, a pena máxima para este crime é de seis anos.

A matéria prevê ainda que a pena seja mais dura quando o agressor for pai, responsável ou pessoa que viva com o menor vítima de abuso. A pena de até oito anos vale também para quem usar a internet para distribuir o material pedófilo, ainda que o acusado não tenha participado da produção do material.

As regras mais duras são uma resposta do Congresso a crescente onda de material pedófilo que circula pela web e freqüentemente pode ser encontrado em redes sociais.

Ao longo da CPI da Pedofilia, vários representantes de redes sociais, como orkut e MySpace, foram convidados a depor na comissão e sugerir medidas para o controle do que é postado por usuários nestes serviços.

Fonte: INFO Online

Vaticano denuncia que 10 milhões de crianças morrem por ano

O cardeal Javier Lozano Barragán, “ministro da Saúde” do Vaticano, denunciou ontem que apesar dos avanços da ciência, quase 10 milhões de crianças morrem a cada ano, 4 milhões antes de completar os primeiros 26 dias de vida, por pelo que é necessário um esforço para salvá-los.

Barragán fez a denúncia durante a apresentação da 23ª Conferência Internacional sobre “Pastoral nos cuidados das crianças doentes”, organizada pelo Conselho Pontifício para os Operadores Sanitários, que acontecerá de quinta a sábado no Vaticano.

O cardeal mexicano informou que na década passada 2 milhões de crianças foram assassinadas em conflitos armados, 6 milhões ficaram inválidas e dezenas de milhares foram mutilados por minas terrestres.

Ele acrescentou que recentemente 300 mil crianças-soldados foram recrutadas e que 4,3 milhões de menores morreram de Aids, que só na África contamina 7 mil crianças por dia e já deixou 14 milhões de órfãos.

O cardeal acrescentou que 30% das crianças menores de cinco anos sofrem fome ou estão mal nutridos, que 250 milhões de crianças de menos de 15 anos trabalham e que, destes, 60% em condições de perigo.

Os presentes à conferência serão recebidos no sábado pelo papa Bento XVI.

Fonte: EFE

Candidato laico vence disputa com ultra-ortodoxos por Prefeitura de Jerusalém

O candidato laico Nir Barkat venceu a disputa pela Prefeitura de Jerusalém com 52% dos votos, contra 43% para o ultra-ortodoxo Meir Porush, nas eleições locais realizadas nesta terça-feira, segundo os resultados anunciados hoje.

Os dados foram publicados após a apuração de 703 das 707 urnas, que ficaram abertas até as 22h locais.

O terceiro candidato na disputa, o milionário russo Arcadi Gaydamak, do Partido da Justiça Social, recebeu somente 3,6% dos votos.

Barkat, um empresário de 49 anos que concorreu como candidato independente, anunciou sua vitória com a metade de votos apurados.

“Desde esta manhã sou o prefeito de todos os jerosolimitanos”, disse o candidato eleito, segundo a imprensa local.

Barkat ressaltou em seu discurso que Jerusalém é a “capital eterna do povo judeu” e “pertence à esquerda e à direita, aos religiosos e aos seculares”.

Fonte: EFE

Nazistas ‘planejaram Holocausto antes do que se pensava’

A descoberta de uma série de diagramas de construção mostrando o campo de concentração de Auschwitz pode indicar que o plano nazista de exterminar em massa os judeus pode ter sido concebido antes do que se imaginava.

O campo de Auschwitz, construído na Polônia, foi o maior campo de concentração nazista. Nesses locais, milhares de judeus e membros de outras minorias foram assassinados durante a Segunda Guerra Mundial.

As plantas, descobertas por um jornalista em Berlim, mostram câmaras de gás e um grande crematório e são datadas de outubro de 1941. Segundo o repórter da BBC Greg Morsbach, a maioria dos historiadores concorda que a primeira vez que os nazistas criaram um plano sistemático de assassinato em massa de judeus foi em janeiro de 1942.

Naquele ano, os nomes mais importantes do nazismo se reuniram nos arredores de Berlim para planejar a chamada “solução final”, que resultou na morte de milhões de pessoas.

Legítimos Para David Silberklein, historiador do memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, as plantas são uma prova concreta de que os nazistas planejavam exterminar os judeus antes do que se pensava.

“Aqui você tem uma prova concreta e detalhada do início do plano de expansão, do que viria a ser a solução final, e muitos historiadores agora acreditam que a transição de ‘muitos assassinatos’ para um plano sistemático para assassinar judeus ocorreu naquela época, outubro de 1941”, disse.

O Arquivo Nacional da Alemanha afirmou que os desenhos, divulgados pelo tablóide alemão Bildzeitung, são verdadeiros.

Ralf Georg Reuth, o jornalista responsável pela descoberta, afirmou que conseguiu as plantas com uma fonte na capital alemã.

“Alguns destes documentos são tão insignificantes que não faria sentido falsificá-los”, disse. “Pesquisamos e analisamos o que existe. Alguns dos documentos que estão disponíveis estão na Rússia e conseguimos fazer a comparação. Isto nos permite ter certeza de que estes (documentos) são autênticos.” Os mais céticos afirmam que os projetos de Auschwitz descobertos pelo jornalista não significam que a história precisa ser reescrita ou que será alterada a compreensão do Holocausto.

A maioria dos historiadores diz que estes documentos dão a eles apenas uma forma mais precisa de datar o processo de planejamento que levou ao extermínio de judeus.

Fonte: BBC Brasil

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