O cardeal Javier Lozano Barragán, “ministro da Saúde” do Vaticano, denunciou ontem que apesar dos avanços da ciência, quase 10 milhões de crianças morrem a cada ano, 4 milhões antes de completar os primeiros 26 dias de vida, por pelo que é necessário um esforço para salvá-los.

Barragán fez a denúncia durante a apresentação da 23ª Conferência Internacional sobre “Pastoral nos cuidados das crianças doentes”, organizada pelo Conselho Pontifício para os Operadores Sanitários, que acontecerá de quinta a sábado no Vaticano.

O cardeal mexicano informou que na década passada 2 milhões de crianças foram assassinadas em conflitos armados, 6 milhões ficaram inválidas e dezenas de milhares foram mutilados por minas terrestres.

Ele acrescentou que recentemente 300 mil crianças-soldados foram recrutadas e que 4,3 milhões de menores morreram de Aids, que só na África contamina 7 mil crianças por dia e já deixou 14 milhões de órfãos.

O cardeal acrescentou que 30% das crianças menores de cinco anos sofrem fome ou estão mal nutridos, que 250 milhões de crianças de menos de 15 anos trabalham e que, destes, 60% em condições de perigo.

Os presentes à conferência serão recebidos no sábado pelo papa Bento XVI.

Fonte: EFE

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