Início Site Página 2992

Cai o apoio de evangélicos aos republicanos nos EUA, diz pesquisa

Pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo instituto Pew mostra que os evangélicos dos Estados Unidos continuam sendo mais republicanos que democratas, mas há sinais de enfraquecimento do apoio do grupo ao partido do atual presidente, George W. Bush.

Os evangélicos representam cerca um quarto dos adultos americanos, e são considerados vitais na disputa pela Presidência entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain.

A pesquisa do Pew, “Cenário Religioso dos Estados Unidos”, mostra que 50% dos evangélicos são republicanos ou simpatizantes do partido, enquanto 34% optam pelo partido Democrata.

A pesquisa ouviu 35 mil adultos em 2007 e por isso não representa a situação atual dos evangélicos, mas confirma a tendência de menor adesão do grupo, antecipada por outros estudos. Outra pesquisa Pew de 2007 apontou que 57% dos evangélicos brancos eram republicanos ou simpatizantes do partido, contra apenas 32% democratas ou simpatizantes.

Em 2004, 62% dos evangélicos brancos disseram ser republicanos ou simpatizantes do partido, e quase 80% dos que foram às urnas votaram pela reeleição de Bush.

Os novos dados reforçam a percepção de que a disputa pelo voto desses eleitores será dura nas eleições de novembro. Nenhum dos candidatos tem forte apelo entre os evangélicos.

McCain é visto com reservas por ter posições consideradas liberais em assuntos como o casamento gay.

Já Obama, além de carregar a aura de liberal e as desconfianças levantadas por se filho de um muçulmano, teve de abandonar a igreja que freqüentava depois de declarações polêmicas do pastor Jeremias Wright.

Evangélicos

Outra singularidade da pesquisa divulgada hoje é a ampliação do conceito de evangélico para os fiéis de igrejas protestantes negras renovadas.

Os americanos usam o texto normalmente para classificar os membros de igrejas renovadas — a exemplo das neopentecostais– freqüentadas por brancos.

Não entram na categoria os fiéis das igrejas protestantes tradicionais, que segundo a pesquisa também estão divididos. Os democratas possuem 43% de preferência contra 41% dos republicanos entre o grupo, que representa 18% dos americanos adultos.

Mas cada partido mantém a preferência entre grupos específicos. Os mórmons –1,7% dos adultos– são os mais republicanos, com 65% de apoio entre os entrevistados, e 77% dos membros das igrejas negras tradicionais identificam-se com o partido democrata. Fazem parte do grupo 6,9% dos adultos no país, segundo a pesquisa.

Ateus e agnósticos também são fortemente democratas, com 65% e 62% de apoio, respectivamente. Entre os judeus –1,7% dos adultos– 66% declararam preferência pelos democratas e apenas 24% pelos republicanos.

Membros da Igreja Católica, que representam quase um quarto da população americana, também se inclinam para os democratas. A pesquisa mostra que 48% preferem o partido democrata, contra 33% que se declaram republicanos ou simpatizantes deste partido.

Fonte: Folha Online

Convocada manifestação em protesto pela visita do Papa à Austrália

A Coalizão NoAlPapa, que reúne ateus e cristãos, anunciou hoje uma manifestação contra a visita a Sydney do papa Bento XVI, a quem acusam de “homófobo”.

Bento XVI visitará a Austrália entre os dias 15 a 20 de julho próximo e está previsto que assista em Sydney à Jornada Mundial da Juventude.

“O papa é homófobo (…) Condena milhões de pessoas a aids através de sua política mundial contra o preservativo”, manifestou a porta-voz da plataforma, Rachel Evans, através de um comunicado de imprensa.

O grupo planeja realizar uma manifestação em Taylor Square e depois uma marcha pacífica ao hipódromo de Randwik no dia 19 de julho, onde o pontífice deve se reunir com os participantes da Jornada Mundial da Juventude e celebrar uma vigília.

Fonte: EFE

Comunidade muçulmana portuguesa é “exemplo de convivência entre religiões”, diz Cavaco Silva

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, destacou neste domingo a defesa da identidade cultural dos muçulmanos e a promoção da integração desta comunidade na sociedade portuguesa como “um exemplo de convivência entre fiéis de várias religiões”.

“Sabemos todos que o Islã é uma religião de paz e de harmonia. Por isso, é importante sublinhar que em Portugal soubemos aprender a mensagem de paz do Islã. Esta é uma mensagem importante para toda a Europa, para uma Europa que queremos harmoniosa na convivência de religiões, sem renunciar à sua matriz cristã”, afirmou Cavaco Silva.

O chefe de Estado falava numa sessão comemorativa do 40º aniversário da comunidade islâmica de Lisboa, que teve lugar na Mesquita Central de Lisboa.

O Presidente da República defendeu que “os portugueses muçulmanos não têm de escolher entre serem portugueses e serem muçulmanos. Participam na vida coletiva e trabalham, como os outros portugueses, para o bem comum. Vivem a sua fé em liberdade, tal como os muçulmanos de outras nacionalidades que residem entre nós”.

“Tantos anos vivendo em comum ensinaram-nos a respeitar as crenças e as tradições que cada um abraça e Portugal pode mesmo ser apontado como um exemplo de convivência entre fiéis de várias religiões”, adiantou.

Mas “não basta que sejamos tolerantes. A tolerância, aliás, pode ser uma atitude que revela mera indiferença, pode significar viver na mesma terra mas de portas fechadas ao nosso vizinho. Ora, é o desconhecimento que abre portas à incompreensão mútua”, disse ainda.

O Presidente da República ressalvou também que “ainda há muito por fazer, muito por conhecer” no capítulo da convivência entre religiões.

Na qualidade de membro honorário da comunidade islâmica de Lisboa, Cavaco Silva terminou a sua intervenção citando o Alcorão: “Ó homens! Por certo (…) vos fizemos como nações e tribos, para que vos conheçais uns aos outros”.

Foi a primeira vez que o Presidente da República visitou a Mesquita Central de Lisboa, acompanhado pela primeira-dama, Maria Cavaco Silva.

A cerimônia contou igualmente com a presença do ministro da Justiça, Alberto Costa, e do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa.

Fonte: Lusa

Pesquisa mostra aprovação a projeto que pune preconceito contra gays

Depois de inúmeras ligações para o “Alô Senado” rejeitando o projeto de lei contra a discriminação homossexual, o Senado resolveu pesquisar sobre o assunto e o resultado foi o inverso. Segundo a direção do Senado, as ligações são de grupos ligados a igrejas evangélica e católica.

Uma avalanche de ligações para o serviço de atendimento “Alô Senado” rejeitando o projeto de lei que torna crime a discriminação contra homossexuais, ao longo de um ano, levou a direção do Senado a fazer um levantamento nacional pelo seu instituto de pesquisa, o DataSenado, para ter um termômetro próprio sobre o assunto.

O resultado da pesquisa surpreendeu: foi o inverso das manifestações ao “Alô Senado”, a maior parte delas direcionadas por grupos ligados a igrejas evangélicas e setores da Igreja Católica.

Nos últimos 12 meses, esse serviço de atendimento recebeu 140 mil ligações sobre o assunto, número recorde nos últimos cinco anos. Do total de ligações e mensagens eletrônicas enviadas, 73% se manifestaram contra o projeto de lei e só 13% defenderam. Essa movimentação dos grupos de pressão aconteceu depois que o projeto, já aprovado na Câmara, chegou ao Senado. Atualmente, ele está sendo analisado na Comissão de Assuntos Sociais.

O levantamento feito pelo DataSenado entre os dias 06 e 16 de junho revelou que 70% dos entrevistados concordam com a aprovação da lei que pune atos de discriminação ou preconceito contra os homossexuais, o PLC 122/2006. O texto prevê pena de prisão de até cinco anos para atos de discriminação. Apenas 26% dos entrevistados disseram discordar do projeto; 69% disseram que o conheciam e 30%, que desconheciam a proposta. Foram ouvidas 1.122 pessoas por telefone, em todas as capitais brasileiras. A margem de erro da pesquisa é de 3%.

– Os resultados foram diferentes porque os dados do “Alô Senado” são manifestações de grupos da sociedade civil e a pesquisa é feita com a representação de toda a população brasileira, por amostragem – diz a diretora de pesquisa de opinião pública do Senado, Elga Lopes.

Durante os últimos meses, as telefonistas do Senado perceberam um movimento organizado de pessoas que se dizem orientadas por pastores evangélicos para defender a derrubada do projeto. Em um dos casos, conta a operadora Luana Germano, uma cidadã disse que ouviu na igreja que o projeto previa o casamento entre homossexuais. Quando foi informada de que a proposta apenas punia o preconceito, voltou atrás.

Fonte: Globo Online

Ser cristão no Paquistão “é muito difícil”, diz arcebispo

“Queremos contar ao Papa as dificuldades de ser cristão no Paquistão, a pressão à qual estamos submetidos e a necessidade de cultivar uma fé firme e de educar nosso povo.”

“Também lhe falaremos dos sinais positivos. Por exemplo, estamos celebrando o ‘ano da Bíblia’. Nós lhe pediremos ajuda. Também lhe diremos que a situação é difícil e que precisamos de suas orações.”

Assim falou Dom Lawrence John Saldanha, arcebispo de Lahore e presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, em uma entrevista concedida ao “L’Osservatore Romano”. Os bispos desse país asiático se encontram neste momento em Roma para a visita “ad limina”.

O prelado, pastor da diocese mais antiga do Paquistão (data de 1886), explicou ao jornal vaticano a situação da comunidade católica em um país de 167 milhões de habitantes no qual 97% da população é muçulmana.

A situação é particularmente difícil no Norte, onde os cristãos foram vítimas da violência integrista. “Há dois anos se disse que se não queriam tornar-se muçulmanos, deviam abandonar a região. Os que ficaram sofrem ataques”, explicou.

A maior parte dos cristãos vive no centro e no sul do país. “As relações são boas. Convivemos com eles, ainda que sejamos vítimas de discriminações no que diz respeito ao trabalho e às classes sociais. Os cristãos pertencem majoritariamente às castas inferiores, e por isso desejam abandonar o país.”

A isso se une a difícil situação econômica, pelo encarecimento dos produtos básicos: “tudo é caro: o arroz, a gasolina, o gás. As pessoas não têm o suficiente para viver e educar seus filhos. Nós não podemos desenvolver nosso apostolado, também pela falta de dinheiro”.

“Podemos evangelizar, mas não diretamente, só indiretamente. O clima de intolerância chegou a tal ponto que as pessoas não querem tornar-se cristãs, a não ser que estejam seguras de que vão poder sair do país.”

“A Igreja no Paquistão está submetida a uma enorme pressão, mas conservamos a fé e a esperança, também vendo que as pessoas, sobretudo os jovens, freqüentam nossas igrejas”, acrescentou Dom Saldanha.

A Igreja está presente na educação e no campo assistencial, com hospitais, clínicas, leprosários e centros de acolhida para idosos, deficientes e portadores do HIV.

No Paquistão, onde os católicos são menos de 1% da população, há neste momento 270 sacerdotes em 7 dioceses, além de 735 religiosas e 169 religiosos. O problema está nos missionários estrangeiros, a quem o governo põe muitas dificuldades para obter vistos.

“Para que um missionário possa entrar, é preciso que outro que esteja lá volte para casa. Podemos substituir só quem morre ou sai do país. A presença de missionários estrangeiros deveria ser estável, mas seu número, no entanto, está diminuindo.”

Também Dom Evarist Pinto, arcebispo de Karachi, fez referência, em uma entrevista à “Rádio Vaticano”, às dificuldades que a comunidade católica enfrenta.

Segundo o prelado, a Igreja deve ter coragem de “anunciar a Boa Notícia”: “a Igreja não existe só para nós; vivemos entre cristãos e fiéis de outras confissões. Existe também o diálogo cotidiano entre as pessoas comuns”.

Por outro lado, explicou o arcebispo, a Igreja paquistanesa deve estar “do lado dos pobres. Devemos abrir um caminho para a educação e o desenvolvimento, para que os pobres possam sair da pobreza”.

“A família representa a unidade da Igreja: se a família é forte, a Igreja será forte. Sabemos que há uma influência cada vez maior do secularismo, especialmente nas grandes cidades. Devemos construir a fé e mostrar o rosto de Cristo, para poder edificar nossas comunidades, nossas famílias”, acrescentou.

Fonte: Zenit

Proporção de meninas ‘cai a nível histórico’ na Índia, alerta ONG

O número de meninas que nascem e sobrevivem na Índia caiu para a menor proporção em relação aos meninos, alerta um estudo da organização britânica ActionAid e do canadense Centro Internacional de Pesquisas para o Desenvolvimento.

Os abortos de fetos do sexo feminino e a negligência em relação às bebês já levaram a casos como o de uma área da província de Punjab onde existem apenas 300 meninas para cada mil meninos entre as famílias das castas superiores.

“Estamos dizendo que existe apenas um terço das meninas que deveriam existir nessas comunidades”, disse à BBC Laura Turquet, porta-voz da organização.

“Estamos falando de povoados nos quais quase não existem meninas, de salas de aula sem meninas, de ruas onde só há meninos brincando.”

O relatório, intitulado Disappearing Daughters (“Filhas que desaparecem”, em tradução livre), adverte que a Índia terá um futuro “sombrio” se não tomar medidas para pôr fim à preferência cultural por crianças do sexo masculino.

Uma estimativa da revista médica Lancet sugere que cerca de 10 milhões de fetos do sexo feminino foram abortados na Índia de maneira seletiva ao longo dos últimos 20 anos.

As estatísticas desafiam a lei que, desde 1994, proíbe o aborto seletivo no país.

Ajuda tecnológica

A equipe de pesquisadores visitou mais de 6 mil domicílios em cinco Estados do noroeste indiano e comparou as estatísticas com o censo nacional

Sob circunstâncias consideradas “normais”, eles esperariam verificar a existência de pelo menos 950 meninas para cada mil meninos – mas em três das cinco províncias visitadas o número foi abaixo de 800.

Além disso, em quatro das cinco províncias a proporção de meninas em relação a meninos vem diminuindo desde o censo de 2001.

O estudo revelou que a taxa de meninas para meninos cai mais fortemente nas áreas urbanas relativamente prósperas.

Em entrevista à BBC, o professor Rubindra Kaur, do Instituto Indiano de Tecnologia, sugeriu que a tendência é reforçada pela disseminação da ultrassonografia.

“O ultrassom permite escolher o sexo antes de o bebê nascer, e essa é uma das principais razões para que tenha havido um declínio tão grande na população feminina.”

Condenadas de antemão

Segundo o relatório, o aborto seletivo não é o único recurso pelo qual as famílias selecionam o sexo de suas crianças – o documento assinala outras práticas ilegais, como permitir que o cordão umbilical infeccione ou negligenciar tratamento às meninas que adoecem.

“O verdadeiro horror dessa situação é que, para as mulheres, evitar ter filhas é uma decisão racional. Mas para a sociedade como um todo está se criando um estado de coisas terrível e desesperador”, disse Laura Turquet, da ActionAid.

“No longo prazo, as atitudes culturais têm de mudar. A Índia tem de enfrentar barreiras econômicas e sociais, incluindo os direitos de propriedade (sobre as meninas), dotes de casamento e papéis destinados aos gêneros que condenam as garotas antes mesmo de elas nascerem”, ela acrescentou. “Se não agirmos agora, o futuro parece sombrio.”

Fonte: BBC Brasil

Jovem judeu é vítima de ataque anti-semita na França

Um jovem judeu de 17 anos foi brutalmente espancado em Paris, em um ato “anti-semita”, segundo a comunidade judaica da França. Cinco menores de idade foram detidos após o crime, ocorrido no 19º distrito da capital francesa, um bairro cosmopolita do Nordeste da cidade, onde vive uma importante comunidade judaica.

A agressão do adolescente, que está internado na UTI gravemente ferido, suscitou ontem uma grande comoção na França e a “profunda indignação” do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que está no Estado em Israel.

De acordo com o Escritório Nacional de Vigilância Contra o Anti-semitismo, o jovem foi espancado por um grupo de seis ou sete jovens armados com barras de ferro pouco antes das 20h do sábado (15h em Brasília). “Era sabá (descanso religioso judeu tradicional do sábado) e meu filho estava voltando para casa com seu quipá na cabeça quando foi agredido”, declarou seu pai à rádio RTL. “Não há dúvida de que se trata de um ato anti-semita”, destacou Ariel Goldman, vice-presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (Crif).

O presidente Nicolas Sarkozy expressou seu apoio à família do jovem e reiterou sua “total determinação em combater todas as formas de racismo e anti-semitismo”. O primeiro-ministro, François Fillon, condenou “firmemente” uma agressão “covarde e revoltante”, e prometeu que os culpados serão levados ante a justiça.

O ataque de sábado lembra o assassinato, em fevereiro de 2006, do judeu Ilan Halimi, 23 anos, em um caso que havia provocado uma imensa comoção em toda a França. Halimi morreu depois de ter sido seqüestrado e torturado com requintes de crueldade por uma gangue da região de Paris.

Visita

O presidente Nicolas Sarkozy chegou ontem a Israel em sua primeira visita oficial ao país. Em discurso logo após desembarcar, Sarkozy disse acreditar que um acordo para encerrar o conflito entre israelenses e palestinos pode ocorrer em breve. A visita de três dias busca reforçar as relações entre a França e Israel.

A agenda inclui encontros com líderes locais, um histórico discurso no Parlamento israelense e uma reunião com os pais do soldado israelense Gilad Shalit, seqüestrado por militantes palestinos da Faixa de Gaza. Shalit tem também cidadania francesa.

Fonte: JC Online

TCE investiga contrato de ONG fundada pelo bispo Marcelo Crivella

O Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE) investiga irregularidades num contrato assinado entre a prefeitura de São Gonçalo e a ONG Sorria Meu Rio, fundada pelo senador e bispo da Igreja Universal, Marcelo Crivella (PRB) em 2003 para prestar serviço odontológico gratuito.

O tribunal quer saber por que a prefeitura não informou a planilha de custos, metas e os valores programados para serem repassados à entidade quando contratou a ONG. Pelo convênio assinado em 2005, a Sorria Meu Rio receberia R$ 96 mil por 12 meses, mas os técnicos do TCE descobriram que o convênio sequer tinha sido incluído pelo município no Sistema Integrado de Gestão Fiscal (Sigfis), por onde o tribunal acompanha os processos. É o que mostra reportagem de Fábio Vasconcellos e Flávio Tabak na edição deste domingo em ‘O Globo’.

Outro problema encontrado pelo TCE é o fato de o município arcar sozinho com os custos das atividades desenvolvidas pela ONG, o que carateriza pagamento por prestação de serviços, e não um convênio. Portanto, de acordo com o TCE, todo o ônus da operação é da prefeitura. A Sorria Meu Rio, que o senador Crivella divulga como uma das suas realizações, é atualmente administrada pelo pastor Fausto Frederico de Sá Neto. Já teve entre seus coordenadores o pastor Roberto Luiz Ferreira, vereador pelo PMDB em São Gonçalo.

Maiores de 16 anos têm de pagar R$ 15 por atendimento

Embora receba recursos da prefeitura, a Sorria Meu Rio oferece tratamento dentário gratuito somente para crianças de 3 a 16 anos – os maiores de 16 anos têm de pagar taxa de R$ 15.

Apesar de o registro da Sorria Meu Rio não incluir o nome de Crivella entre seus diretores, as relações entre a entidade e o parlamentar são visíveis. Na sede da ONG existe um panfleto num mural com a foto de Crivella e imagens do Morro da Providência, com propaganda do projeto Cimento Social, do senador. O uso das Forças Armadas nas obras resultou, semana passada, na morte de três jovens da comunidade, entregues por soldados a traficantes de uma facção rival.

Outra relação do senador com a ONG aparece nas duas páginas que Crivella tem na internet. Num delas é possível localizar uma foto do parlamentar com profissionais da ONG.

O pastor Fausto de Sá Neto foi procurado na sede da Sorria Meu Rio para comentar o processo do TCE, mas um funcionário da recepção não soube informar seu telefone, tampouco o horário de trabalho. A ONG explicou que ele não se pronunciaria pessoalmente, por telefone e nem por e-mail.

O senador Marcelo Crivella também foi insistentemente procurado para falar sobre os questionamentos do TCE, mas sua assessoria disse que não o localizou para responder às perguntas. Embora não faça mais parte da diretoria, ele explica em seu site que decidiu criar a ONG depois de ganhar, no fim de 2002, R$ 300 mil do “Show do milhão”, programa exibido pelo SBT. Deste prêmio, R$ 150 mil foram enviados para o Teleton e a outra metade foi usada na criação da ONG. O senador informa no site que decidiu criar a Sorria Meu Rio durante a campanha para o Senado em 2002.

Fonte: O Globo

Idoso morre ao cair de escada que levaria à torre de Igreja evangélica

O domingo foi de luto para uma pequena comunidade do distrito de Alto Jetibá, pertencente ao município de Santa Maria de Jetibá, no interior do Estado. O aposentado Germano Bettmann, de 75 anos, morreu após escorregar de um escada de aproximadamente 3m localizada no interior de uma Igreja Evangélica do município.

Germano chegou à Igreja por volta das 6h30, como fazia há vários anos. Segundo relatos de fiéis, ele cumprimentou duas mulheres que faziam a limpeza do local e, em seguida, subiu para o 2º andar da construção para tocar o sino e anunciar o culto religioso.

Estranhando o silêncio e a ausência das badaladas, as faxineiras foram até a parte de cima da Igreja para checar o que havia acontecido. Ao chegarem no local, elas se depararam com o corpo de Germano caído no chão e sangrando muito.

A polícia foi acionada para verificar o ocorrido. Segundo o soldado Marcos Henrique de Carvalho, o idoso quebrou o pescoço depois de cair de um escada que fica entre o 2º andar e a torre da assembléia. De acordo com policiais, a morte foi instantânea.

Germano Bettmann era conhecido entre os moradores de Alto Jetibá. Populares disseram que todos os domingos ele acordava cedo e ia até a Igreja para tocar o sino antes dos cultos. A ação acontecia há muitos anos mas, neste domingo (22), terminou de maneira trágica.

Fonte: Gazeta Online

Governo britânico abandona as confissões religiosas

O governo britânico falha com uma parte da sociedade civil devido a sua falta de compreensão da religião. Esta é a acusação apresentada por um informe preparado para a Igreja da Inglaterra pelo Von Hügel Institute, um centro de pesquisa da Universidade de Cambridge.

Em uma nota de imprensa de 9 de junho da Comunhão Anglicana, recolhiam-se alguns detalhes do informe, “Moral, But No Compass – Government, Church, and the Future of Welfare”). O informe é resultado de uma grande quantidade de entrevistas com pessoas da política, das igrejas, de outros credos, do setor de serviço social e de voluntariado.

“Temos encontrado, por parte do governo”, diz o informe, “uma significativa falta de compreensão ou interesse na contribuição atual ou potencial da Igreja da Inglaterra à esfera pública.”

O informe também acusa a comissão de voluntariado de dados e sistemas de classificação muito pobres. Em combinação com uma ênfase deliberada nas comunidades minoritárias, isto dá como resultado uma relativa exclusão da Comunhão Anglicana e de centenas de outras organizações caritativas.

Os pesquisadores concluem que o governo subestima de forma crítica o número de organização de caridade cristã, sem ter em conta milhares delas, e, em consequência, seu impacto e potencial social, econômico e civil.

O Times publicava, no dia 7 de junho, um comentário sobre o informe, observando que a pesquisa revelava que mais de 50 mil fiéis anglicanos estão implicados de forma regular na ação social respaldada pela Igreja.

A Igreja Anglicana quer que isto se reconheça e receba o financiamento apropriado do governo. O artigo do Times observa, no entanto, que isto agora se converterá em um problema devido às novas diretrizes da Comissão de Voluntariado.

O informe aparece em um momento em que os últimos dados apontam uma piora da situação na Grã-Bretanha das Igrejas estabelecidas. Segundo um artigo publicado no dia 8 de maio no Times, o número de cristãos que assistem a Igreja diminui rapidamente.

Uma análise publicada por Christian Research, cujos dados foram postos em dúvida por Lynda Barley, diretora de pesquisas da Igreja na Inglaterra, mostra que para 2050 o número de muçulmanos que participarão de serviços religiosos de forma regular será superior ao de todos os que vão às Igrejas cristãs. Para meados do século, haverá 2.660.000 muçulmanos ativos na Grã-Bretanha –cerca de três vezes o número dos que vão à igreja aos domingos, segundo a projeção.

As projeções alarmantes sobre o futuro do cristianismo na Grã-Bretanha são apenas a última de uma série de advertências sobre o perigo que o país enfrenta devido à crescente secularização e ao fato de deixar de lado a religião. No dia 6 de junho, o periódico Catholic Herald publicava que a agência de adoções da diocese de Salford está a ponto de fechar, devido à lei que exige entregar crianças em adoção a pares do mesmo sexo.

A Catholic Children’s Rescue Society proporciona serviços de adoção desde sua fundação, em 1886.

“O governo lamentará o dia em que perseguiu esta linha de ação. É um ataque laicista contra a Igreja Católica”, afirmava Jim Dobbin, membro do parlamento por Heywood e Middleton.

O arcebispo de Westminster, cardeal Cormac Murphy-O’Connor, também falou há pouco sobre o tema dos valores religiosos e a sociedade laica. Em um discurso na catedral de Westminster, pediu que se melhore o diálogo entre crentes e não crentes.

O cardeal comentava que, na Grã-Bretanha de hoje, há um considerável vazio espiritual, com gente que está em uma espécie de exílio de qualquer experiência de fé.

“Para alguns, que isto se tenha estendido é efeito da privatização atual da religião. A religião se vê ameaçada como um tema de necessidade pessoal mais que como uma verdade que nos coloca perguntas inevitáveis”, observava.

O cardeal Murphy-O’Connor indicava que uma pessoa moderna poderia pensar que a religião é um tema privado, porque, segundo a tradição do catolicismo, nossa fé cristã é algo profundamente social.

O primeiro mandamento de amar a Deus está ligado com o segundo de amar nosso próximo. Acrescentava o prelado que claramente o cristianismo se orienta para a implicação pública e faz sentir sua presença na sociedade.

“Nossa vida em comum na Grã-Bretanha não pode ser uma área livre de Deus e não devemos permitir que a Grã-Bretanha se converta em um mundo privado da fé religiosa e de sua poderosa contribuição ao bem comum”, sustenta o arcebispo de Westminster.

Em parte, os intentos de marginalizar o cristianismo vêm da incapacidade de alguns para enfrentar a idéia de que o cristianismo possa ser inteligente e não nos separa da pesquisa racional. De fato, a tradição católica, explicava o cardeal Murphy-O’Connor, caracteriza-se pela relação próxima entre a compreensão racional e a fé religiosa.

Ele defendia que, ainda que a fé cristã não se baseia nas conclusões da razão, é compatível com o pensamento racional.

Bento XVI comentava a importância da fé em um mundo secularizado em seu discurso de 29 de maio aos bispos italianos reunidos em assembléia geral. É necessário, insistia o pontífice, resistir às pressões que consideram a religião, e em especial o cristianismo, como um assunto unicamente privado.

“As perspectivas que surgem de nossa fé podem dar uma contribuição fundamental ao esclarecimento e solução dos maiores problemas sociais e morais da Itália e da Europa de hoje”, comentava o Papa.

Fez referência à importância do trabalho da Igreja em áreas como a educação e a família, em um momento em que a sociedade está marcada por um agressivo relativismo que debilita as esperanças que surgem dos valores e das certezas da fé.

Bento XVI recomendava que a Igreja na Itália siga com seus esforços no meio de uma “cultura que põe Deus entre parênteses e desalenta qualquer opção verdadeiramente comprometedora e, em particular, as opções definitivas, para privilegiar, em contrapartida, nos diversos âmbitos da vida, a afirmação de si mesmos e das satisfações imediatas”.

O Papa concluía dizendo que a Igreja tem perante si a oportunidade de entrar no debate público sobre as preocupações da sociedade moderna no espírito de sincera comunhão. Uma comunhão que só pode enriquecer a sociedade em seu conjunto se as elites que governam estiverem dispostas a deixar lugar ao cristianismo na arena pública.

Fonte: Zenit

Ads
- Publicidade -
-Publicidade-