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Milhares de pessoas precisam de ajuda em Mianmar, diz ONU

A Organização das Nações Unidas estima que “centenas de milhares” de pessoas precisam de ajuda depois que um ciclone matou aproximadamente 22.500 pessoas, disse uma importante autoridade humanitária da ONU nesta terça-feira.

“Infelizmente não podemos dizer quantas pessoas precisam de auxílio”, disse Rashid Khalikov, diretor do escritório da ONU para a coordenação de assuntos humanitários, a jornalistas em Nova York. “Entendemos que o número esteja entre centenas de milhares de pessoas”.

Khalikov também fez um apelo a Mianmar para que o governo emita vistos para funcionários de auxílio da ONU que tentam entrar no país nos dias seguintes ao ciclone, da mesma maneira que os governos de Paquistão e Irã fizeram quando desastrosos terremotos afetaram seus países.

O diretor acrescentou que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que o governo coopere com as Nações Unidas para garantir que ajuda chegue às pessoas em áreas afetadas.

Uma porta-voz da ONU disse que Ban escreveu uma carta ao general da junta militar que governa o país, Than Shwe, mas se recusou a dizer se o secretário-geral havia mencionado a questão dos vistos para funcionários da ONU. Khalikov foi perguntando se tinha um segundo plano para o caso de o governo de Mianmar, antiga Birmânia, se recusar a emitir vistos para funcionários da ONU. “O segundo plano é fazer um apelo (ao governo) para que sejam emitidos vistos”, disse.

Fonte: Reuters

Bolívia: atrito entre governo e Igreja dificulta diálogo

Um atrito entre o governo da Bolívia, comandado pelo presidente Evo Morales, e a cúpula da Igreja Católica no país tem tornado ainda mais difícil a possibilidade de um pronto diálogo considerado fundamental para dirimir conflitos políticos em torno do projeto para uma nova Constituição e de reivindicações de autonomia regional.

Dois dias após o polêmico referendo que aprovou a autonomia do rico Departamento de Santa Cruz, a Conferência Episcopal Boliviana rechaçou as duras críticas feitas pelo governo a respeito da participação no pleito do cardeal Julio Terrazas, que votou.

Terrazas “é cidadão boliviano e de Santa Cruz, e como tal tem o legítimo direito de exercitar o voto, uma responsabilidade em nada incompatível com seu cargo de presidente da Conferência e líder da Igreja Católica”, afirmou a hierarquia de bispos católicos em um comunicado.

A declaração ocorreu em resposta aos comentários feitos na segunda-feira pelo ministro da Presidência boliviana, Juan Ramón Quintana, que condenou publicamente o voto da cúpula católica, considerando-o um “apoio explícito à ilegalidade”.

“Ao fazer isso, (a liderança da Igreja) abriu mão de qualquer possibilidade de transformar-se em patrocinador ou mediador” de um diálogo entre o governo e a oposição, afirmou Quintana.

O governo boliviano não reconheceu a legitimidade do referendo e defendeu a abstenção no pleito, considerado ilegal e separatista.

A aprovação da autonomia de Santa Cruz, exemplo que deve ser seguido por outros três Departamentos do país, deve servir como arma dos setores conservadores e oposicionistas, que tentam bloquear medidas de inspiração socialista do governo Morales, tais como uma “revolução agrária”, a ser eventualmente inserida em uma nova Constituição.

A presença do cardeal nas urnas foi divulgada no domingo pela manhã por meios de comunicação de Santa Cruz e interpretada pelo governo como um convite à participação no pleito.

O comunicado episcopal acrescentou que a Igreja “seguirá servindo a população, velando pela unidade e pelo bem comum de todos os bolivianos”, mas não mencionou os esforços de mediação que se encontram paralisados desde o referendo.

A aliança direitista Podemos, maior força política da oposição no Congresso, lamentou a ruptura dos contatos entre o governo e a Igreja, culpando Morales pelo agravamento da crise.

No entanto, o governo e a oposição de Santa Cruz continuaram clamando “vitória” no pleito de domingo ¿ no qual, segundo resultados informais, uma maioria dos votantes aprovou a autonomia do Departamento, mas que contou com uma abstenção de cerca de 40 por cento dos eleitores.

Fonte: Reuters

Bispo diz que há 300 “marcados para morrer” no Pará

Trezentas pessoas que vivem no interior do Estado do Pará estão sendo ameaçadas de morte, por terem denunciado casos de tráfico de seres humanos, exploração sexual de crianças e adolescentes e pedofilia.

O número foi apresentado pelo bispo da Diocese da Ilha de Marajó (PA), d. José Luiz Azcona, em reunião extraordinária do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CCDPH). Ele é um dos quatro religiosos ameaçados de morte no Estado.

Azcona afirmou que o governo do Pará, apesar de ter conhecimento do número, ainda não tomou providências para reduzir os casos. “Não me preocupa tanto a minha segurança pessoal. Se existem 300 homens e mulheres marcados para morrer, isso indica uma sociedade doente, pobre e moribunda”, afirmou.

Segundo o bispo, dos 300 ameaçados de morte, apenas 100 estão sob proteção do governo federal. “Tem que ter uma mudança de mentalidade, uma conversão. (É preciso) olhar para a Amazônia como a Amazônia é, não com os olhos de Brasília.”

O bispo disse ainda que há conivência de autoridades locais em casos de “prostituição, tráfico e consumo de drogas e uso de bebidas alcoólicas entre os jovens”.

Fonte: Agência Brasil

EUA: proibição de fumar influencia jovens entre 12 e 17 anos

Os jovens que moram em cidades onde é proibido fumar em lugares públicos, principalmente nos restaurantes, têm menos chance de se tornarem fumantes regulares, de acordo com estudo divulgado no número de maio da revista americana “Archives of Pediatrics”.

Os adolescentes entre 12 e 17 anos que crescem em um ambiente público para não-fumantes têm chances de fumar claramente inferiores às daqueles que vivem nos centros urbanos onde a legislação é mais permissiva, explica o doutor Michael Siegel, da Boston University of Public Health, responsável pelo estudo.

Na pesquisa, 9,3% dos adolescentes entre 12 e 17 anos se tornaram fumantes, independentemente da legislação relativa ao cigarro.

Nas cidades onde a proibição de fumar é parcial, ou inexistente, essa proporção varia de 9,6% a 9,8%, enquanto que, nas cidades onde ela é total, a variação não passa de 7,9%.

“As políticas que proíbem, estritamente, fumar nos lugares públicos parecem ser o meio mais eficaz para lutar contra o tabagismo dos jovens”, defendem os pesquisadores.

Esse dispositivo antitabaco “altera a percepção, segundo a qual os fumantes são dominantes na sociedade, e questiona a aceitação social dessa prática, ou seja, a passagem da iniciação ao cigarro para a dependência se explica, essencialmente, pelas normas sociais veiculadas”, disse Michael Siegel à AFP.

Em contrapartida, a proibição de fumar nos lugares públicos não tem efeito sobre a decisão, ou não, de acender o primeiro cigarro, uma escolha influenciada, sobretudo, pelo entorno dos jovens, acrescenta o responsável pelo estudo.

No caso dos jovens entre 18 e 21 anos, essa proibição é ineficaz.

“Há um certo período, durante o qual é possível influenciar o comportamento dos jovens (…) mas depois de uma certa idade é tarde demais”, explica o pesquisador.

O estudo foi realizado com 3.834 jovens de Massachusetts (nordeste dos EUA), durante três séries de encontros entre 2001 e 2006.

Fonte: AFP

Israel vive paradoxo aos 60 anos

Às vésperas de completar 60 anos na quinta-feira, Israel nunca foi tão seguro – e, ao mesmo tempo, tão impopular no cenário internacional. Construção de muro proporciona a sonhada segurança, mas país só perde em impopularidade no mundo para o Irã.

Mais de 1 milhão de turistas invadiram Jerusalém durante o feriado da Páscoa Judaica, há duas semanas. A última vez que tanta gente desembarcou na cidade foi em 1987. Nesses 20 anos, os turistas se mantiveram distantes de Israel e, principalmente, de Jerusalém, por causa dos atentados palestinos. Às vésperas de completar 60 anos na quinta-feira, Israel nunca foi tão seguro – e, ao mesmo tempo, tão impopular no cenário internacional. Uma pesquisa da BBC divulgada há um mês revela que Israel só perde para o Irã nesse quesito. Para 52% dos mais de 17 mil entrevistados em 34 países, Israel exerce influência negativa no mundo.

Seis décadas depois de sua fundação, Israel não inspira mais, no mundo, a admiração dos primeiros anos de existência – quando era visto como a única democracia do Oriente Médio lutando para se desenvolver numa região politicamente complexa e geograficamente árida. O prestígio do país ficou arranhado em grande parte por causa das medidas de linha dura tomadas por seus líderes para acabar com os ataques de grupos radicais palestinos cujo objetivo principal é acabar com o Estado judeu.

O governo israelense conseguiu sufocar a segunda intifada, a revolta palestina contra a ocupação da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, na qual mais de mil israelenses e 3 mil palestinos morreram entre os anos 2000 e 2006. O ritmo dos grandes atentados suicidas despencou de 25 por ano, entre 2000 e 2005, para apenas dois, de 2006 a 2008. Apesar dos lançamentos diários de foguetes Qassam da Faixa de Gaza pelo Hamas e pela Jihad Islâmica, as principais cidades do país são, hoje, ilhas de tranqüilidade se comparadas a São Paulo ou Rio. Os restaurantes, shopping centers e cinemas de Tel-Aviv, Jerusalém e Haifa vivem lotados, apesar de ainda contarem com guardas armados nas portas, revistando bolsas e sacolas.

Muro da separação

Israel, no entanto, paga um preço alto por essa relativa calmaria. O país começou a perder prestígio internacional depois que decidiu construir o chamado “muro de segurança” na Cisjordânia – parte cerca de arame farpado, parte barreira de concreto. Originalmente, o projeto, de autoria da esquerda israelense, sugeria a delimitação de uma fronteira clara entre Israel e um futuro Estado palestino, enfraquecendo os direitistas que pregam a continuação da ocupação da Cisjordânia. Mas, no auge da intifada, em 2002, o muro acabou servindo para um objetivo diferente: a separação total entre israelenses e palestinos.

Para afastar os palestinos também das maiores colônias israelenses dentro da Cisjordânia, o então primeiro-ministro Ariel Sharon aprovou um traçado para o muro que corta pedaços do território, praticamente anexando-os a Israel. Paralelamente, o Exército israelense aumentou o número de postos de controle na região, transformando viagens curtas em via-crucis para milhares de palestinos. O conjunto de medidas fez com que a barreira passasse a ser chamada de “muro do apartheid” pela liderança palestina e por personalidades internacionais, como o ex-presidente americano Jimmy Carter.

Para muitos, a obsessão de Israel por segurança é justificada. Afinal, não é segredo que seis décadas não bastaram para que o país fosse aceito pelo mundo árabe, mesmo tendo conseguido assinar acordos do paz com o Egito e a Jordânia. O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, não perde a oportunidade de prometer “apagar o regime sionista do mapa”. Grupos radicais palestinos também pregam a “libertação” de toda a região por meio do sacrifício de “mártires”, os terroristas suicidas. O Hezbollah, grupo xiita libanês apoiado pela Síria, promete ajudar.

Isso explica o fato de que, apesar da indiscutível força militar de Israel, boa parte dos israelenses não tem certeza se o Estado judeu existirá daqui a 60 anos. Uma pesquisa recente mostrou que, para 52% dos jovens, o país corre risco.

As bravatas de líderes radicais acentuam a herança do Holocausto nazista, trauma que faz parte da identidade israelense. “Quem não teme pelo futuro do Estado judeu esqueceu rápido demais as lições da História”, afirma o ativista de direita Israel Harel. O mesmo pensa o cientista político Yehezkel Dror: “Se o Ocidente, com suas interpretações superficiais da realidade e preocupações humanitárias pontuais, forçar Israel a fazer concessões, o custo será alto para o país e ainda maior para a comunidade internacional”, adverte.

Para o cientista político Shlomo Zener, os traumas e temores nacionais não podem justificar a severidade no modo como são tratados os palestinos. Para ele, a ocupação da Cisjordânia e de Gaza corrompeu o espírito libertário dos primeiros israelenses, que lutaram para criar um Estado moderno, sem perseguições, que servisse de modelo ético depois do extermínio de 6 milhões de judeus na 2ª Guerra. “Vivemos a síndrome da perseguição eterna. E pessoas com medo podem ser perigosas”, alerta Zener.

Fonte: Estadão

Líderes religiosos se comprometem a lutar contra a violência intrafamiliar

Crianças, adolescentes e mulheres são o contingente populacional mais vulnerável às diversas formas de violência enraizadas na pobreza, na exclusão, na desigualdade e em padrões culturais que se manifestam na dominação de gênero.

Líderes de 16 países da América Latina e do Caribe, de 12 tradições religiosas, reunidos na Colômbia, de 28 a 30 de abril, comprometeram-se a lutar contra o adultocentrismo, o abuso sexual, o castigo corporal, verbal e psicológico, e outras formas de violência.

Convocados pela Rede Global de Religiões a Favor da Infância (GNRC), o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), Visão Mundial e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), os religiosos compartilharam experiências, trocaram lições aprendidas e aprenderam, junto a especialistas, sobre esse flagelo que golpeia com força famílias e, especialmente, crianças.

Convictos de que sua reserva ética e espiritual é de vital importância para completar o panorama de contribuições para o estudo, prevenção e atenção à violência intrafamiliar, os representantes religiosos manifestaram o interesse de realizar ações concretas em educação ética para reforçar a autopreservação das crianças, a geração de contextos favoráveis à prevenção e a misericórdia com as vítimas.

Mais de 80 religiosos provenientes de tradições cristãs (batistas, presbiteriana, católica, luterana, reformada), a fé Baha’i, mórmons, comunidades judaicas, muçulmanas e especialistas em enfoques de gênero e masculinidades, juventude, atenção ao abuso sexual, participaram, junto com meninos e meninas colombianos, de espaços de diálogo e conhecimento mútuo.

A conferência foi realizada no marco do III Fórum Mundial da GNRC. A coordenadora latino-americana da Rede, Mercedes Román, disse que “é uma bênção contar com a presença e participação de tantas pessoas e instituições de tradições religiosas diversas que querem assumir compromissos concretos na erradicação da violência intrafamiliar, um tema que nos convoca e nos move a atuar urgentemente”.

A coordenadora local da GNRC, a iraniana Tarasieh Werle, que reside no Equador, recordou que “frente à violência intrafamiliar e sua gravidade para nossas crianças é importante que destaquemos as coincidências mais do que as diferenças para descobrir que, na realidade e como religiões, conformamos uma unidade espiritual”.

O diálogo inter-religioso para a superação da violência intrafamiliar concluiu seu encontro com um plano de ações concretas a serem realizadas entre seus participantes e uma declaração pública convidando as forças religiosas a se comprometerem na erradicação deste flagelo.

Fonte: ALC

Igrejas européias conscientizarão fiéis para efeitos da mudança climática

Os representantes das principais religiões monoteístas européias se comprometeram nesta segunda-feira a mobilizar seus fiéis contra a mudança climática, em reunião impulsionada pelos líderes das principais instituições européias.

O encontro, o quarto deste nível realizado na União Européia, reuniu os presidentes da Comissão, do Conselho e do Parlamento europeus com altos dignatários das igrejas anglicana, reformista, ortodoxa, católica, islâmica e judaica.

A reunião constitui “a primeira ocasião na qual há uma colaboração direta entre líderes espirituais e a UE” em matéria de proteção do meio ambiente, segundo afirmou em entrevista coletiva o presidente da CE, José Manuel Durão Barroso, que qualificou o encontro de “intenso e frutífero”.

Tanto Barroso quanto o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, e Hans-Gert Pottering, presidentes do Conselho e do Parlamento europeus, respectivamente, assinalaram que as religiões podem desempenhar “um papel fundamental” para conscientizar a opinião pública sobre a necessidade de atuar contra a mudança climática.

“Concretamente, as igrejas poderiam conseguir fazer com que o povo mudasse seus hábitos, e realizasse um consumo mais responsável e mais respeitoso para com o meio ambiente”, disse o arcebispo de Vilnius, Audrys Juozas Backis.

Além disso, os representantes dos distintos credos que convivem na Europa e os responsáveis das instituições européias abordaram a necessidade de reconciliação entre as religiões e de fomentar o diálogo intercultural.

Pottering declarou a esse respeito que, apesar das diferenças que possam existir em muitos temas, todos coincidem em promover o respeito e a tolerância, “ao contrário dos que falam em choque de civilizações”.

Por sua parte, o presidente da CE destacou a importância de compatibilizar a liberdade de expressão e o respeito para com as outras crenças, algo que, segundo ele, “será fundamental para o futuro da Europa”.

Perguntado sobre este mesmo tema, o ulemá da Bósnia-Herzegóvina, Mustafá Céric, se referiu ao documentário sobre o Islã feito pelo deputado holandês Geert Wilders, o qual, indicou, “provavelmente não contribuirá para melhorar a liberdade de expressão, mas somente para ferir muitos corações”.

Fonte: EFE

Proprietário de livraria cristã é preso novamente na China

O proprietário de uma livraria em Beijing (Pequim) foi preso novamente por publicar Bíblias e literatura cristã após ter sido liberado em janeiro devido a “evidências insuficientes”.

Shi Weihan, 37 anos, pai de dois filhos, foi preso no dia 19 de março. Visitas familiares não têm sido permitidas, de acordo com sua esposa Zhang Jing. A primeira prisão dele ocorreu de 28 de novembro de 2007 a 4 de janeiro de 2008 ( relembre o caso).

Sua esposa disse não ter recebido qualquer informação sobre a condição de seu marido e contou ter sido proibida de lhe levar qualquer comida ou troca de roupa desde que ele foi preso.

Zhang disse estar “muito preocupada” com a saúde de Shi Weihan porque ele tem diabetes.

Dono de uma livraria localizada perto da Vila Olímpica, Shi nunca havia tido qualquer problema com as autoridades até sua prisão em novembro passado, de acordo com um velho amigo.

Sua livraria operava legalmente, e vendia apenas livros com permissão do governo. Pela empresa, a Sociedade Comercial Santo Espírito, Shi imprimiu Bíblias e literatura cristã sem autorização para distribuir às igrejas domiciliares locais, de acordo com a “Asia Times Online”.

Em janeiro, Zhang disse à “Asia Times Online” que Shi estava preocupado por publicar os livros não autorizados, mas por causa da forte necessidade das igrejas ele sentiu que valia a pena correr o risco.

Carência de Bíblias

Pastores de igrejas domiciliares e das congregações oficialmente autorizadas pelo governo chinês, que fazem parte do Movimento das Três Autonomias (TSPM, sigla em inglês), noticiaram ao Compass uma carência de Bíblias e de outros materiais cristãos na capital, Beijing, e no nordeste, noroeste e sudeste do país.

Igrejas que se desenvolveram em áreas tribais têm também despertado para uma necessidade urgente de Bíblias de estudo e em outras linguagens.

Os cristãos ao redor da China relataram a deficiência de Bíblias e outras fontes de material cristão.

Publicadores na mira

Outro proprietário de livraria, Zhou Heng, foi preso na província Xinjiang no dia 3 de agosto de 2007 por receber um carregamento de Bíblias.

Sua Livraria Cristã Yayi foi oficialmente registrada. Zhou revelou na última semana que foi absolvido das acusações e solto em 19 de fevereiro ( leia mais).

Publicadores e distribuidores de literatura cristã estiveram entre os quatro alvos principais das autoridades chinesas em 2007, de acordo com uma reportagem recente da Associação de Ajuda à China (CAA, sigla em inglês).

Temores Olímpicos

A prisão de Shi parece fazer parte de uma sanção severa imposta sobre os grupos religiosos uma vez que o governo teme que possam suscitar vozes dissidentes durante os Jogos Olímpicos de agosto.

O Relatório de 2007 do Departamento de Estado norte-americano sobre liberdade religiosa constatou que autoridades chinesas interrogaram líderes de igrejas domésticas sobre a possibilidade de interrupção de suas atividades durante a Olimpíada.

Líderes das igrejas domésticas são considerados ilegais porque se opõem às políticas governamentais, mas estão a par das ocorrências que o Departamento de Estado noticiou – incluindo espancamento e mortes de religiosos e membros de movimentos espirituais na China detidos pela prática de suas crenças religiosas.

Fonte: Portas Abertas

Governo boliviano descarta Igreja Católica para mediar crise

O governo da Bolívia descartou nesta segunda-feira a Igreja Católica como mediadora em um diálogo com a oposição conservadora, que no domingo cantou vitória após um referendo que aprovou um estatuto de autonomia no Departamento de Santa Cruz.

A drástica determinação do governo de Evo Morales era prevista por analistas, após o cardeal Julio Terrazas, máxima autoridade da hierarquia católica e habitante de Santa Cruz, participar do polêmico referendo, considerado ilegal pelas autoridades nacionais.

“Se pronunciou politicamente o mais alto membro da Igreja Católica, pelo caminho de apoio explícito à ilegalidade, e por isso descartou toda a possibilidade de se converter em facilitadora ou mediadora”, disse em entrevista coletiva o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana.

O governo esperava que a cúpula católica facilitasse o diálogo, “mas que foi esta instituição que por vontade própria deu um passo ao lado”, acrescentou.

O ministro reiterou a posição do governo de minimizar a importância do triunfo eleitoral do movimento autonomista da região mais rica do país e insistiu que para o governo eram mais importantes os cerca de 50 por cento de votantes que se abstiveram ou votaram não.

Além de Santa Cruz, outros três Departamentos bolivianos buscam pôr em vigência as suas autonomias antes das mudanças constitucionais promovidas por Morales.

A nova carta magna, segundo o projeto aprovado em dezembro por uma assembléia governistas, limitaria o poder das regiões sobre a política de distribuição de terras, o que é particularmente sensível para Santa Cruz, onde se concentra a maior parte dos latifúndios do país.

Fonte: Reuters

Casal de evangélicos é executado em Salvador

O casal de evangélicos Ana Lúcia Reis, 41 anos, e José Costa Conceição, 62, foi assassinado com vários tiros na cabeça, na madrugada de ontem, em Valéria. A polícia suspeita que o autor do duplo homicídio é Luciano dos Santos, com quem Ana Lúcia teve um relacionamento tido como conturbado há cerca de dois anos.

O crime foi praticado na Rua Petronília Dércia, quando ambos retornavam de uma vigília em uma igreja evangélica do bairro. O assassinato causou comoção e surpresa entre os moradores, que consideravam Ana Lúcia e Conceição pessoas sem inimigos e sem qualquer vínculo com a criminalidade. Uma das vizinhas, que disse se chamar Fernanda, afirmou que ambos “eram pessoas pacatas, que não se envolviam com a vida de ninguém e passavam a maior parte do dia nas igrejas do bairro”.

Uma equipe do Serviço de Investigação (SI) da 8a Delegacia (Centro Industrial de Aratu) descobriu que Ana Lúcia teve um relacionamento anterior com Luciano dos Santos. Pesquisando nos arquivos policiais o nome de ambos, chegou-se a uma queixa crime de Ana Lúcia, em 2006, na Delegacia de Tóxico e Entorpecentes (DTE) contra Luciano, acusando-o de agressões físicas.

Na ocasião, o sargento Cristóvão de Jesus, da 44a Companhia Independente de Polícia Militar (PM), dirigiu-se com uma guarnição à casa do casal, em um beco situado atrás do Hospital Salvador, na Federação, e encontrou no interior um prato com cocaína e sacos para empacotar drogas. Santos havia fugido antes da chegada dos policiais.

Os agentes também suspeitam que o mesmo homem tenha tido participação no assassinato do filho de Ana Lúcia, em 2006. O atual companheiro da vítima era aposentado, enquanto ela era dona de casa. A hipótese de crime de execução é corroborada pelo fato de que o casal estava de posse de R$750, que não foram roubados pelo assassino. Até o fechamento desta edição, a polícia não havia encontrado o suspeito pelo duplo homicídio.

Fonte: Aqui Salvador

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