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Livro ateu para crianças causa polêmica na Alemanha

Um livro ateu para crianças gerou polêmica na Alemanha e seu autor, Michael Schmidt-Salomon, foi acusado de anti-semitismo. Segundo seus críticos, o escritor fez o retrato de um rabino de uma forma que lembrou as caricaturas de judeus nos anos 30.

O governo alemão pediu à Central para Escritos Perigosos para a Juventude que estude a inclusão da obra numa lista que adverte para produtos inconvenientes para jovens.

Schmidt-Salomon satirizou a acusação de anti-semitismo, ao lembrar que já foi acusado de “agente de Israel”. “Faz pouco tempo a televisão iraniana me acusou de ser um agente de Israel, que com o Conselho Central dos Muçulmanos iniciei um ataque tipicamente judeu contra o Islã. Por isso, essa etiqueta de anti-semita veio bem para meu currículo. Não deve haver muitos agentes de Israel que sejam anti-semitas”, afirmou o escritor, em seu site.

O livro “Qual o caminho até Deus?, pergunta o porquinho” tem sido criticado também reduzir as três religiões monoteístas as suas variações fundamentalistas. Os personagens centrais são um porquinho e um ouriço, que conversam sobre Deus, além de um rabino ultra-ortodoxo, um imã muçulmano e um bispo.

Schmidt-Salomon, presidente da Fundação Giordano Bruno, que tem como objetivo propagar o pensamento laico pela Alemanha, tem respondido a essas críticas sugerindo que a religiosidade autêntica é sempre fundamentalista.

“Não devemos confundir a religião ‘light’ com a autêntica religião. O fato de que a maioria das pessoas neste país não padeçam de uma obsessão religiosa ou que somente a sofram em doses homeopáticas não quer dizer que não seja socialmente significativamente neste mundo”, afirmou.

Os defensores do livro de Schmidt-Salomon o chamam de “Dawkins para crianças”, em um alusão a Richard Dawkins, por sua obra best-seller contra a religiosidade, e já iniciaram uma campanha contra a intenção do Ministério da Família.

O Ministério está convencido de que a obra, com sua ridicularização das três religiões, incita o ódio e por isso, deve ser considerado perigosa para a juventude. Estima-se que a decisão de incluir a obra nessa lista seja anunciada no início de março.

Fonte: Folha Online

Retiro: jeito saudável e divertido de curtir o Carnaval

Quem não curte ou por convicção religiosa não brinca o Carnaval, ainda assim não perde o feriadão. Os retiros promovidos por grupos católicos ou evangélicos são ótimas opções. Baratos, saudáveis e divertidos, esses programas são cada vez mais populares, na medida em que as festas carnavalescas se tornam mais violentas.

A reportagem do jornal Midiamax foi até a chácara Segredo, na saída para o distrito de Rochedinho, em Mato Grosso do Sul, onde está concentrado um grupo de evangélicos da Igreja Batista Renovo. São cerca de 130 pessoas, a maioria crianças e adolescentes, mas também muitos casais, moças e rapazes. São todos de Campo Grande, chegaram na chácara na tarde do sábado e só voltam para suas casas na tarde da terça-feira.

Na chácara eles jogam futebol, vôlei, tomam banho nas piscinas (uma adulta e outra infantil), brincam de gincana, cantam, conversam, riem e oram muito. “É um jeito de aproveitar o feriado de Carnaval para elevar o pensamento a Deus e também relaxar, se divertir, confraternizar em um ambiente saudável”, explicou o pastor Daniel Sanches.

O que há também é muita comida. Por R$ 40,00 a pessoa tem direito a quatro refeições por dia: café da manhã, almoço, lanche e jantar, acompanhados de sobremesa. Dormir não é problema: a maioria arranja-se em barracas, as mães com filhos dividem a única casa da chácara.

Quem pensa que retiro é programa sossegado se engana. A programação começa cedo e prossegue até à noite. E quem pensa que evangélico nem pode pronunciar a palavra Carnaval também está equivocado. Hoje à noite, por exemplo, o grupo tem uma badalada festa a fantasia. Quem fizer o arranjo de cabelo mais engraçada ganha um prêmio. Mas é claro: a diversão corre solta só ao som de música gospel, nada de axé, pagode ou samba.

“Aqui as famílias se unem, se divertem, estudam a Bíblia e ficam longe da confusão do Carnaval”, assegura o pastor Ramão Moreira, coordenador do retiro. A igreja faz esse programa há dez anos e cada vez o público aumenta mais. No ano passado eram 120 pessoas, esse ano foram mais 10.

Rodrigo Miyashiro, 18 anos, estudante de Psicologia, disse que sofria de problemas depressivos, era muito tímido e não conseguia fazer amigos. No retiro, pondera, fica longe de bebidas, de drogas, mais próximo de Deus “e distante das coisas que podem me deixar triste como eu era antes”. No grupo se sente à vontade e faz amigos. Talita da Silva, 16 anos, há cinco freqüenta aos retiros. Ela conheceu a igreja através da mãe, que hoje não é mais batista, mas a filha não desistiu. Agora ela vai com os três irmãos mais novos e gosta de tudo que se faz lá.

Cleonice Maria, 43 anos, trabalha como voluntária na cozinha do retiro há três anos. Ela leva a filha adolescente e diz que gosta do ambiente, porque os jovens fazem amizades saudáveis.

Nelson Mandu, 22 anos, foi para acompanhar a namorada. Ele não é membro da Igreja. Ano passado não foi porque achava o programa “chato”. Esse ano gostou, vai ficar até o último dia e já reservou vaga no próximo retiro.

Fonte: MidiaMax

Bloco Evangélico desfila com mensagem de paz

Com mais de 500 integrantes, o bloco evangélico Sal da Terra, desfilou pelas ruas do Circuito Batatinha, em Salvador, na Bahia, na tarde deste sábado (2), levando sua mensagem de paz. Fundado em 2000, o grupo combate as drogas e a prostituição infantil e tem o objetivo de levar a mensagem de Jesus com animação e paz para o Carnaval.

“Estamos completando oito anos de desfile, com muita alegria. Este ano, mesmo com mais gente no bloco, está tudo mais tranqüilo”, explica o organizador Ubirajara Gomes.

O Sal da Terra, que conta com dançarinos e banda de fanfarra, é organizado pela Igreja Batista Missionária da Independência (IBMI) e conta com integrantes de dezenas de igrejas evangélicas da cidade.

No Domingo, o bloco percorre novamente o Circuito Batatinha, antecipando o famoso afoxé Filhos de Gandhy, que também desfila no carnaval levando sua mensagem da paz.

Fonte: Jornal da Mídia

Retiros espirituais religiosos movimentam Bauru

Nem todo mundo é fã da “Folia do Momo”. Para os mais religiosos – que costumam ser avessos à “Festa da Carne” -, retiros e eventos promovidos por igrejas se converteram em boa forma de aproveitar o feriado (e de louvar a Deus)

O retiro da Igreja Cristã Renovada, mais tradicional entre os realizados na cidade – está em sua 35.ª edição e se encontra incorporado ao Calendário Oficial do Município -, deverá reunir cerca de 4.000 pessoas ao dia, em média, até seu encerramento, amanhã à noite.

Ontem à tarde, enquanto crianças e adolescentes jogavam futebol e vôlei nos espaços do Recinto Mello Moraes (local do evento), onde costumam ser realizadas as competições de animais, famílias vindas de outras cidades do Estado, como Lins, Promissão, Duartina, Ourinhos e Avanhandava, aproveitavam para descansar.

Até mesmo bauruenses resolveram montar acampamento no local. Era o caso do vendedor Elder Vieira, 46 anos, morador da Vila Antarctica, que havia ido ao evento acompanhado da esposa Cristiane, 45 anos, e da neta Isabela Vieira, 4 anos.

“Aqui, fazemos a festa do espírito, não da carne”, disse Vieira. O retiro segue hoje e amanhã, com momentos de louvor, de recreação e de lazer. Haverá, ainda, cultos noturnos, com a presença do pastor Eli Parreira de Miranda, presidente da Igreja, do missionário Antônio Cirilo e do pastor Gary Haynes. O evento é gratuito e aberto à toda população. Os participantes deverão custear a própria alimentação.

Católicos

A Diocese do Divino Espírito Santo também está realizando na Casa dos Cursilhos seu 3.º Retiro de Carnaval. Organizadores esperam que o evento – inspirado no tema da Campanha da Fraternidade deste ano, “Escolhe, pois, a vida” – reúna, diariamente, 800 participantes, em média -, a maioria jovens. Na noite de ontem, estavam previstas a apresentação da banda Lavdate Dominun e do DJ Michael, na festa Tecno Cristo. Hoje à noite, haverá show com o cantor católico Netinho, bastante conhecido no cenário da música religiosa.

“Nossa intenção não é fazer algo à parte da sociedade e do Carnaval. Nosso evento é parecido com as que ocorrem nos outros locais, mas não têm drogas e álcool. Nossa festa valoriza mais o lado espiritual. Além disso, comemoramos com músicas cristãs”, explica o técnico de eletrônica Fábio Santos, membro da comissão organizadora do retiro.

Segundo o coordenador do retiro, padre Claudemir Moreira, eventos do gênero costumavam, antes, ficar restritos às paróquias. “Com essa organização em nível diocesano, procuramos melhorar a qualidade da organização e aumentar a participação da comunidade”, explica.

Manancial de Sião

A Igreja Manancial de Sião também está promovendo evento religioso neste Carnaval. Denominado “Farei descer chuvas de bênçãos no trigal, na videira e na oliveira” (junção de duas passagens bíblicas dos livros do Deuteronômio e de Ezequiel), o encontro teve início sábado e segue até amanhã à noite, no Preve Objetivo.

De acordo com o pastor José Walter Lelo Rodrigues, líder da Igreja, haverá atividades pela manhã (das 9h ao meio-dia) e à noite (das 19h às 22h). Palestras, apresentações de bandas gospel, cultos, momentos de oração e sessões de aconselhamento conjugal integrarão o evento, cuja entrada é gratuita.

Haverá, ainda, programação especial voltada para as crianças. O encerramento será amanhã à noite, com a “Ceia da Cura Divina”.

Jornal da Cidade de Bauru

Em Angola, Igreja Maná cumpre ordem de fechamento

O fechamento da Igreja Maná em Angola está a ser “religiosamente” cumprido por esta confissão ao ponto de os seus principais locais de culto em Luanda estarem totalmente fechados e com polícia à porta, constatou neste domingo a Agência Lusa.

A Igreja Maná foi mandada fechar por decreto-lei emitido pelo ministro da Justiça na semana passada, justificado por repetidas “violações à lei” e à ordem pública.

Hoje, nos principais centros de culto da Igreja Maná, em Luanda, a presença da Polícia Nacional e a ausência da tradicional concentração de fieis aos domingos junto dos templos não deixa dúvidas de que o decreto-lei está a ser seguido à letra.

Na sua sede nacional, no Golf 2, nos subúrbios de Luanda, um dos elementos da Maná angolana disse à Lusa que apesar dos templos estarem fechados, a Igreja está, “de acordo com a lei”, a proceder em sua defesa, principalmente através da assinatura de um abaixo-assinado endereçado ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

No chamado Quarteirão das Igrejas do Golf 2, por causa do grande número de igrejas e seitas que ali concentram as suas sedes e templos maiores, só o espaço da Maná, um dos maiores da área, estava em silêncio, sendo grande o movimento de crentes nos territórios das restantes confissões.

Entretanto, no documento que vai ser enviado a José Eduardo dos Santos, os assinantes alegam ter deixado de possuir “liberdade para professar livremente a religião” no seio desta igreja.

Em causa está o Decreto Executivo nº6/08, de 25 de janeiro, através do qual foi ordenado o fim das atividades daquela confissão religiosa no país.

No abaixo-assinado intitulado “Defesa da Liberdade Religiosa e Exercício de culto dos Fiéis”, os praticantes desta religião pedem liberdade para expressarem a sua fé em público, uma maior abertura religiosa e que “não sejam impedidos de amarem Cristo da forma que entendam escolher como a mais adequada”.

“(…) Temos direito à liberdade de culto e seu exercício(…), uma vez que a Constituição refere que a liberdade de consciência é inviolável”, refere o abaixo assinado.

A igreja Maná, que tem cerca de 800 mil fiéis em Angola e mais de 500 casas e templos, viu anulado o seu reconhecimento pelo governo angolano através do decreto de Lei 14/92 no Diário da República de 25 de janeiro.

Entretanto, a Igreja Maná, segundo o seu líder máximo, o “Apóstolo” Jorge Tadeu, vai recorrer da decisão do governo de Angola.

“O nosso advogado disse-nos que o que estão a fazer é um ato inconstitucional”, disse à Lusa Jorge Tadeu, adiantando que o defensor da instituição “vai impugnar” a decisão.

Um decreto publicado no dia 25 de janeiro no Diário da República de Angola sustenta a decisão de revogação do reconhecimento oficial da Igreja Maná com a conclusão de um processo instaurado pelo Ministério da Justiça onde foram detectadas “violações sistemáticas” da lei angolana e da ordem pública.

Numa entrevista concedida à Lusa, Jorge Tadeu garante que nem os dirigentes da Igreja Maná em Angola – o bispo Joaquim Muanda e o bispo Miguel Carvalho – nem os líderes em Lisboa foram “chamados, notificados ou acusados de coisa nenhuma”.

“Fomos apanhados de surpresa”, garantiu o líder religioso, acrescentando que os responsáveis da instituição estão a lidar com o assunto com toda a serenidade.

“O nosso advogado diz que estamos a proceder bem. Vai impugnar o ato e está muito otimista porque nunca fomos ouvidos”, acrescentou.

O fundador e líder da Igreja Maná disse ainda que o decreto contém imprecisões, entre as quais a de que o processo é contra “a Igreja Maná representada por Jorge Tadeu”.

Uma das polêmicas em que a Igreja Maná esteve envolvida foi fechada em maio de 2007, quando o bispo José Luís Gambôa foi suspenso por suposto desvio de fundos que teriam sido doados pela petrolífera Sonangol, com o objetivo de construir uma escola, conta.

No entanto, o bispo Joaquim Muanda, que substituiu José Luís Gambôa na liderança Maná em Angola, disse publicamente que não havia provas de que esse dinheiro fosse fruto de uma doação da Sonangol, onde o seu antecessor trabalhava.

Mas o próprio ex-bispo Gambôa confirmou na imprensa angolana naquela época que a verba em causa, cerca de um milhão de dólares, estava na sua conta bancária pessoal, tendo-a retirado da Igreja.

A justificação para o que fez, segundo o próprio, era impedir que o dinheiro fosse transferido para Portugal, alegando que deveria ser gasto em Angola, onde foi angariado.

Instalada em Angola há 20 anos, a Igreja Maná está implantada em Angola nas províncias de Benguela, Huila, Huambo, Namibe, Moxico, Malange, Lunda Sul, Cabinda, Bengo, Cunene e Luanda.

No mundo, a Igreja Maná tem presença em 20 países, uma dezena deles africanos, e propôs-se na gênese levar a palavra de Cristo a todos os falantes da língua portuguesa.

Fonte: Lusa

Tailândia: denunciada tortura contra muçulmanos

Vários supostos insurgentes muçulmanos recentemente detidos na tensa zona sul da Tailândia eram estudantes universitários que foram torturados pelos militares para forçá-los a confessar, denunciaram suas famílias.

Oito alunos de duas universidades da província de Yala foram detidos na semana passada em sua residência e as forças de segurança apreenderam seus computadores, uma motocicleta e sete celulares, informa hoje a imprensa local.

Posteriormente, eles foram levados à base militar de Ingkayuthboriharn, na mesma província, e ali foram espancados e torturados para que confessassem seus crimes, como puderam comprovar os parentes que os visitaram, segundo o vice-secretário-geral da Federação de Estudantes de Yala, Hareedi Pohsu.

No entanto, o coronel Acra Thiproj, um porta-voz do Exército, disse não ter conhecimento destes maus-tratos e ressaltou que os soldados encontraram entre seus pertences instruções para a fabricação de bombas.

Ele afirmou ainda que pelo menos quatro deles militavam em grupos extremistas desde 2003.

A Anistia Internacional denunciou em diversas ocasiões a tortura e detenções arbitrárias praticadas pelos militares em suas operações para conter os ataques dos separatistas em Yala, Pattani e Narathiwat.

Nestas três províncias de maioria muçulmana, os ataques com armas leves, assassinatos e atentados a bomba continuam ocorrendo todos os dias, apesar do desdobramento de 31 mil agentes e da declaração do estado de emergência.

Mais de 2.700 pessoas morreram nesta região por causa da violência desde que o movimento separatista islâmico retomou a luta armada em janeiro de 2004, após uma década de pouca atividade guerrilheira.

O Governo tailandês admitiu há pouco tempo, pela primeira vez, a existência de ligações entre a Al Qaeda e os rebeldes, e reconheceu que a situação piorou desde que estes receberam armas e dinheiro, procedente do tráfico de drogas, da organização terrorista.

Fonte: EFE

REVISTA ECLÉSIA: Existe perseguição religiosa no Brasil?

Para a organização missionária Portas Abertas, uma das entidades mais respeitadas em todo mundo na defesa dos direitos humanos e no apoio aos cristãos em países onde é proibido exercer livremente a fé, ainda não, mas poderá existir. Segundo alguns evangélicos, caso sejam aprovados os dois projetos de lei que estão em tramitação no Senado e na Câmara dos Deputados. Ambos proíbem a discriminação contra homossexuais e se tornaram conhecidos popularmente como “Lei da Homofobia”.

O Brasil, um país reconhecido no mundo inteiro por sua tolerância e respeito às diferentes raças, etnias e religiões, pode estar diante de uma ameaça iminente à liberdade de expressão e de culto. Se os nebulosos prognósticos se confirmarem, em breve será possível assistir pastores sendo presos por pregarem o Evangelho como já acontece em muitos países da África, pais perdendo a guarda dos próprios filhos por transmitirem a eles suas convicções religiosas, como ocorre no Oriente Médio, e crentes passando por extenuantes sessões de tortura, como na China e na Coréia do Norte, porque distribuíram Bíblias. Tudo isso aqui, bem na frente dos seus olhos.

Sensacionalismo? Não para a organização missionária Portas Abertas, uma das entidades mais respeitadas em todo mundo na defesa dos direitos humanos e no apoio aos cristãos em países onde é proibido exercer livremente a fé. Desde outubro, a entidade realiza com apoio de líderes e igrejas evangélicas uma campanha de conscientização e protesto junto a deputados e senadores para evitar a aprovação de dois projetos de lei: o 122/06, que está em tramitação no Senado, e o 6418/2005, na Câmara dos Deputados. Ambos proíbem a discriminação contra homossexuais e se tornaram conhecidos popularmente como “Lei da Homofobia”.

“Uma leitura do projeto que está no Senado e pode virar lei a qualquer instante até porque tem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva revela que a pregação de alguns trechos da Bíblia poderão ser criminalizados, independente da interpretação da corrente religiosa”, informa o texto da campanha da Portas Abertas. A base seria um dos artigos do projeto, que prevê prisão de um a três anos para quem for condenado por injuriar ou intimidar um homossexual ao expressar um ponto de vista moral, filosófico ou psicológico contrário a sua orientação sexual.

O documento considera o projeto da Câmara ainda mais pernicioso. “Ele cita um aumento da pena em um terço para qualquer um que fabrique, distribua ou comercialize quaisquer pontos de vista contra homossexuais, sejam impressos ou verbais. No caso dos impressos, o projeto determina seu confisco e destruição, o que permite que as autoridades brasileiras recolham e destruam Bíblias. Já programas de rádio e televisão podem ser tirados do ar.”

A Portas Abertas considera que os projetos também ameaçam indiretamente todas as igrejas e seus membros, que dão dízimos e ofertas, ao falar sobre prisão de dois a cinco anos para quem financiar, patrocinar ou prestar assistência aos transgressores da lei. “É uma ameaça mais gritante a todos os crentes brasileiros, que são os principais financiadores de missões, igrejas e programas nos meios de comunicação de massa que se propõem a pregar o Evangelho”, denuncia.

Sem sentido

Para o pastor Gelson Piber, líder no Brasil da Igreja da Comunidade Metropolina (ICM) – a maior igreja cristã gay do mundo, com mais de 40 mil membros – essa interpretação dos projetos de lei é absurda. “A questão é que precisamos de menos críticas e maldições saindo da boca dos cristãos e mais bênçãos. A pessoa pode até discordar, expressar sua opinião, mas não precisa ofender, afirmando que os homossexuais vão para o inferno e que são amaldiçoados”, defende ele.

Piber acredita que faltam argumentos e por isso muitos evangélicos estão criando uma onda de denuncismo sem sentido. “Em momento nenhum os projetos de lei dizem que posições contrárias são criminosas, isso é interpretação. Tem gente falando que dois homens poderão entrar num templo, acariciarem-se e ninguém poderá fazer nada. Ora, se isso acontece na minha igreja, eu corrijo e continuarei a corrigir tais pessoas, sejam elas homo ou heterossexuais, porque templo não é lugar para isso.”

O pastor, que mora no Rio de Janeiro, mas responde por igrejas espalhadas por todo o país há coisa de três anos, cita o Rio Grande do Sul como força para seus argumentos. “Lá já existe uma lei estadual parecida e nenhum cristão foi preso por expressar sua opinião, desde que com respeito”, diz. E completa: “Posições teológicas não devem interferir no Direito Civil. O Brasil é um dos países mais violentos do mundo contra homossexuais, com um assassinato a cada três dias. Essa lei é uma oportunidade de combatermos a intolerância”.

Opiniões contrárias a parte, o que muita gente quer é conciliar uma forma de combater o preconceito e a discriminação, mas também impedir o advento daquilo que vem sendo chamado no Brasil de “ditadura gay”. E assim evitar que aconteçam casos por aqui como o do militante evangélico Stephen Green, que foi preso e processado em setembro na Grã-Bretanha sob acusação de comportamento ameaçador. E qual foi o seu crime? Ele distribuiu folhetos em uma manifestação homossexual, que traziam passagens bíblicas contrárias ao homossexualismo e com a exortação: “Deixem os seus pecados e serão salvos”.

Por aqui, mesmo sem lei, evangélicos são processados periodicamente por discriminação. No final de agosto, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) denunciou o pastor Silas Malafaia ao Ministério Público Federal por declarações feitas em seu programa de televisão Vitória em Cristo. Em Rancho Queimado (SC), a 60 quilômetros de Florianópolis, o pastor luterano Ademir Kreutzfeld foi processado pelo editor do jornal O tropeiro, Júlio César Orviedo, por prática homofóbica. O pastor ligou para comerciantes locais, alertando-os de que o jornal divulgava o homossexualismo, o que fez com que o jornal perdesse anúncios. Depois de muita polêmica, o editor desistiu da queixa-crime e o processo acabou arquivado.

Leia a matéria completa na Revista Eclésia edição 121, nas bancas

Sites cristãos de relacionamento, vídeos e busca aproximam os fiéis da religião

Renata e Filipe se casaram. Walquíria e Neco estão noivos. Jonália e Moisés estão namorando. Em comum, além do amor e da religião, o cupido que os uniu é requisitado todo mês por cerca de 300 mil pessoas.

Trata-se do amoremcristo.com, uma espécie de Orkut cristão que já patrocinou 100 casamentos e se autodenomina “o maior site de namoro evangélico do Brasil”. “Geralmente, o crente procura uma parceira da sua igreja, com a mesma forma de cultuar Deus”, conta o comerciante carioca Filipe Caiado, 31 anos, que conheceu a esposa, a secretária Renata Marques, 27, trocando mensagens pelo site. Os dois, devotos da corrente batista, se casaram um ano depois e têm um filho, Arthur, de um ano e quatro meses.

Como ocorreu com o casal carioca, cada vez mais a internet vem se tornando uma extensão da igreja para os cristãos brasileiros, que, a usam para se aproximar da religião, seja com um flerte ou uma simples troca de ensinamentos bíblicos entre seus pares.

Na rede, hoje, há a versão religiosa para o sistema de buscas Google, a Goocrente, e para o site de compartilhamento de vídeos Youtube, o CristaoTube. Mais: ao digitar www. sexocristao.com, o internauta se depara com a mensagem: “O sexo como Deus planejou!” Nesse site, “moderadores evangélicos” respondem a perguntas do tipo “Casal cristão em motel: é pecado?” e “Sexo oral é pecado?” Para a primeira questão foi postado no site: “Não há pecado, mas (…) pode prejudicar a imagem do casal cristão, se um conhecido os vir entrando em um motel, que, na mente das pessoas, está relacionado com adultério. O ideal é que o casal junte mais dinheiro e vá a um bom hotel.” ISTOÉ fez contato via e-mail com os moderadores do sexocristao.com, mas não obteve resposta.

“A Universal do Reino de Deus e a Igreja da Graça usam a tevê, no caso a Record e a Bandeirantes, respectivamente, como forma de evangelização. As outras estão usando a internet para isso”, diz Eduardo Refkalefsky, especialista em comunicação religiosa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. “A tendência é usar a segmentação virtual para aproximar os fiéis.”

Nos Estados Unidos, a internet está um passo adiante, ou seja, hipersegmentada. “Lá, há sites de relacionamento voltados só para batistas, fazendeiros”, enumera Carlos Veiga Magalhães, 33 anos, criador do amoremcristo.com. Seu site, com chat freqüentado diariamente por cinco mil pessoas e MSN cristão, cobra R$ 12,90 para permitir a troca de mensagens entre os usuários.

Para postar um perfil, além de dados básicos como peso e altura, o internauta evangélico informa quantas vezes freqüenta a igreja, indica a corrente cristã que procura na parceira e explicita algumas preferências, como a por mulheres que não bebem nem fumam.

Em meados do ano passado, o consultor de vendas paulista Moisés Zanca, 43 anos, divorciado e pai de quatro filhos, cadastrou- se no site de Magalhães. Depois de receber alguns recados, encantou- se com a mineira Jonália Reis, 31 anos, separada e mãe de três filhos. “Oi! Te achei muito simpática. Me dá uma chance de te conhecer?” Essa foi a cantada eletrônica de Moisés para Jonália. Durante quatro meses, os dois se comunicaram pelo site e se falavam pelo telefone – às vezes da meia-noite às 5h da manhã. “Minha família dizia que eu estava bobo, parecendo um adolescente. Mas rolou uma química virtual”, diz Moisés. Namorados e batistas, ele e Jonália passaram o Natal e o Réveillon juntos – e planejam se casar. “Procurei uma companheira na igreja, mas não achei. Minha irmã já havia se casado com uma pessoa que conheceu em um site de relacionamento. Então, tinha de dar certo para mim também”, comemora ele.

“No nosso site só tem endereços de postos de gasolina, loja de roupas, móveis e imobiliárias de evangélicos”, diz Ramon Tessmann, criador do sistema de buscas cristão Acha Gospel / Goocrente. Com sete mil sites cadastrados e duzentas mil buscas por mês, o Goocrente é requisitado principalmente por quem procura músicas e cifras evangélicas e estudos bíblicos.

Há ainda como consultar o Novo Testamento virtual para pesquisar a palavra de Jesus Cristo no site GoBiblia. E assistir a ministrações, milagres e testemunhos pelo CristaoTube, o canal de vídeos dos evangélicos do Brasil, no ar há três meses. “Aprovamos os filmes previamente, ao contrário do GodTube (que recebe três milhões de visitas por mês), o Youtube religioso americano”, diz Armando Cordeiro, da agência de comunicação AVW, que criou o site. “Quanto mais mecanismos para expandir o contato entre evangélicos, melhor.”

Fonte: Revista Isto É

Bento XVI pede fim definitivo dos seqüestros na Colômbia

O papa Bento XVI pediu hoje o fim dos seqüestros na Colômbia, o término do “sofrimento desumano” causado por esse crime e o trilhamento de “caminhos de reconciliação”.

O pontífice fez o pedido diante de milhares de fiéis que se reuniram na Praça São Pedro para a tradicional oração do Ângelus.

“Não deixo de elevar fervorosas súplicas a Deus pela Colômbia, onde, há muito tempo, muitos filhos e filhas desse amado país padecem com a extorsão, com o seqüestro e com a perda violenta de seus entes queridos”, disse o papa.

Bento XVI acrescentou que pede ao Senhor “o fim definitivo desse sofrimento desumano e que caminhos de reconciliação, respeito mútuo e concórdia sincera sejam encontrados, restaurando assim a fraternidade e a solidariedade, que são as bases sólidas para o alcance do progresso justo e a construção de uma paz estável”.

A súplica do papa foi externada a 24 horas das manifestações contra os seqüestros na Colômbia que acontecerão em 131 cidades do mundo, entre elas Roma e Milão.

Na quarta-feira, Bento XVI deve se encontrar no Vaticano com Yolanda Pulecio, mãe da ex-candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, seqüestrada desde 2002 pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Um dia antes, a mãe de Betancourt se reunirá com o prefeito de Roma, Walter Veltroni, que conferirá a Ingrid o título de cidadã honorária da capital italiana.

Fonte: EFE

EUA: suicídio entre soldados atinge recorde em 2007

O número de suicídios entre soldados americanos em serviço em 2007 foi o maior desde que os registros sobre os incidentes começaram, em 1980, informou o jornal norte-americano Washington Post.

O jornal cita, na sua edição de quinta-feira, dados preliminares recolhidos pelo Plano de Prevenção de Suicídios do Comando Médico do Exército Americano, encomendado pelo próprio Exército.

Segundo o estudo, 121 soldados cometeram suicídio em 2007, o que representa um aumento de 20% em comparação com 2006. Dos casos, 34 aconteceram no Iraque, comparados a 27 de em 2006.

Iraque e Afeganistão

No entanto, o estudo do Exército americano sugere que, no ano passado, o número de suicídos de soldados que aconteceram nos EUA foi duas vezes maior que os que ocorreram no Iraque e Afeganistão.

Os dados indicam ainda que o número de tentativas de suicídio aumentou de forma significativa desde o início da guerra no Iraque. No ano passado, 2,1 mil soldados tentaram o suicídio, comparado com 350 em 2002.

“Os conflitos no Iraque e Afeganistão causaram um estresse severo no Exército, parcialmente causado pela repetição no envio das tropas e extensão do serviço”, disse ao jornal a coronel Elspeth Cameron Ritchie, autora do estudo divulgado pelo Washington Post.

O grande número de tropas enviadas para as guerras do Iraque e do Afeganistão e a longa duração do combate teriam enfraquecido o Exército americano, segundo Ritchie.

No ano passado, o Pentágono estendeu o tempo de serviço dos soldados de 12 para 15 meses. Por conta do grande número de tropas em serviço, alguns soldados foram enviados várias vezes para as guerras.

Razões

Em entrevista ao Washington Post, Ritchie comenta que o estudo entrevistou cerca de 200 soldados nos Estados Unidos e no exterior.

A pesquisa sugere que os fatores mais comuns para tentativa de suicídio entre os soldados são relacionamentos que terminaram, problemas legais, financeiros ou profissionais, além da freqüência e extensão do serviço fora do país.

Segundo ela, o Exército ainda não possui técnicas para avaliar, monitorar e tratar dos problemas psicológicos dos soldados.

Em seu último discurso do Estado da União, na sexta-feira, o presidente americano, George W. Bush, mencionou a situação dos soldados e pediu ao Congresso para “melhorar o sistema de assistência aos militares feridos e ajudá-los a construir suas vidas com esperança e dignidade”.

Decepção

O Washington Post cita o caso da tenente Elizabeth Whiteside, que trabalhou como médica em uma prisão no Iraque.

Ela tentou cometer suicídio na segunda-feira, enquanto esperava o Exército decidir se ela seria julgada, em corte marcial, por ter ameaçado um soldado superior e depois ter atirado contra si própria depois de sofrer um colapso nervoso enquanto estava em serviço.

Whiteside, que passa bem e continua em observação no hospital, escreveu um bilhete, antes de ingerir uma overdose de comprimidos, no qual dizia: “Estou decepcionada com o Exército”.

As acusações contra ela foram retiradas depois do incidente.

Fonte: BBC Brasil

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