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Der Spiegel: Especialistas alemães trazem ordem à peregrinação a Meca

Pisoteamentos fatais ocorrem freqüentemente durante a hajj, a peregrinação anual a Meca, às vezes provocando a morte de centenas de pessoas. Agora, pesquisadores alemães, usando softwares de modelos de tráfego, reorganizaram o ritual para torná-lo mais seguro para os peregrinos.

Em 1990 morreram mais de 1.400 pessoas. Em 1994, 270, em 1998, 118 e, em 2004, 251. Centenas de indivíduos esmagados, pisoteados e sufocados até a morte. Ander Johansson via Meca sob a ótica pela qual qualquer pesquisador do fenômeno do pânico passa a conhecer a cidade: em termo do número de mortos.

A data é 12 de janeiro de 2006, e Johansson está experimentando ao vivo a realidade que está por trás das estatísticas. Ele viajou a Meca a convite do Ministério Saudita de Questões Municipais e Rurais. Johansson está aqui para estudar o fluxo de peregrinos – o objeto da sua dissertação na Universidade de Tecnologia de Dresden.

Quando o sol atinge o zênite, Johansson observa um mar de pontos coloridos em um monitor. Os pontos são peregrinos usando túnicas brancas, a caminho dos três pilares em um vale perto de Mina, a vários quilômetros de Meca. Os pilares simbolizam o demônio, que agora será ritualmente apedrejado. Foi aqui que Abraão teria certa vez expulsado o demônio jogando pedras. Atualmente a área é vigiada por câmeras.

Por volta das 11h53, os peregrinos em uma das entradas da área começam a se empurrar. A multidão abre caminho para frente. Às 12h19, o fluxo de peregrinos é interrompido, e às 12h30, uma lacuna forma-se subitamente em meio ao aglomerado de gente. Alguns dos peregrinos caem no chão e outros tropeçam sobre eles.

Anders Johansson percebe o que está acontecendo neste momento e tem que se sentar. Ele sabe que quando tantas pessoas se aglomeram desta forma, o corpo fica exposto a uma pressão equivalente a mais de uma tonelada – o peso de um carro pequeno. Tragicamente, o apedrejamento de 2006 passou para as estatísticas anuais com um total de 364 mortes.

Quando Anders Johansson retorna ao seu escritório na Universidade de Tecnologia de Dresden alguns dias depois, ele está levando os videoteipes na sua bagagem: filmes de pessoas pressionadas em um aglomerado e abrindo caminho a força para frente. Agora ele precisa examinar a causa da catástrofe. Johansson não tem muito tempo. A próxima peregrinação começará em 28 de dezembro de 2006.

Após o pânico de massas em 12 de janeiro, as autoridades decidiram que bastava. Elas resolveram retomar o controle sobre os fluxos crescentes de peregrinos e buscaram ajuda junto a Dirk Helbing, da Universidade de Tecnologia de Dresden.

Helbing, um homem vigoroso de 1,83m de altura, é um pioneiro no campo dos estudos sobre o pânico. Os seus artigos acadêmicos sobre o fluxo de pedestres e casos de pisoteamentos em estádios de futebol são os mais freqüentemente citados nesta área.

Ele monta uma equipe de especialistas alemães para os sauditas, composta de planejadores de tráfego de Aachen, especialistas em logística de Dresden e o seu aluno de doutorado Anders Johansson. Para Helbing, Meca é “o maior problema pedestre do mundo”.

Obrigação religiosa

Todo muçulmano tem que fazer uma peregrinação a Meca uma vez na vida a fim de provar a sua obediência a Deus. A peregrinação, conhecida como hajj, ocorre todos os anos, em cinco dias durante o último mês do calendário lunar islâmico. O profeta Maomé criou a tradição da hajj no século sete. Primeiro, centenas de muçulmanos compareceram – depois, milhares e, a seguir, dezenas de milhares. Em janeiro de 2006 esse número chegou a três milhões de pessoas.

Isso faz de Meca – que sob o ponto de vista religioso é um local de redenção – uma área de risco. Em nenhum outro lugar do mundo tanta gente se aglomera em uma área tão pequena. O vale em Mina tem cerca de três quilômetros de largura por três de comprimento. Todos os anos, é como se toda a população de Berlim convergisse para o aeroporto berlinense de Schönefeld.

Os peregrinos chegam de mais de cem países diferentes. Para a maioria, é a primeira vez que viajam de avião. Eles pousam no aeroporto Jeddah, no Mar Vermelho, que abre um terminal especial durante a hajj. Centenas de milhares deles são analfabetos, e a multidão fala dezenas de línguas diferentes. Em alguns dos seus países de origem, é costume andar do lado direito da rua; em outros, anda-se à esquerda. A situação envolve “diversas variáveis incontroláveis”, observa Dirk Helbing com uma expressão grave.

Os pesquisadores descobriram a partir de simulações com computadores que as pessoas que querem escapar de uma sala podem bloquear a saída das outras em um fenômeno conhecido como “pânico da fuga”. Quando aquelas que estão atrás empurram e a saída à frente está bloqueada, as pessoas são esmagadas até a morte. Mas o caso de Meca apresentou um enigma para os cientistas: lá as pessoas morriam mesmo nas áreas abertas.

A fim de avaliar os vídeos de 2006, Anders Johansson desenvolveu um programa de computador para contar os peregrinos. Quando as pessoas se aglomeram em um metrô ou elevador, três ou quatro indivíduos cabem em um metro quadrado. Em cenários desenvolvidos por pesquisadores que estudavam o comportamento de pedestres, baseados no tamanho do europeu médio, a densidade máxima foi de seis pessoas por metro quadrado. Em Meca, descobriu-se que a aglomeração é de dez pessoas por metro quadrado.

Helbing e Johansson estudaram o material de vídeo procurando sinais de advertência que anunciassem o início de um pânico de massas. Quando viram o filme em uma velocidade dez vezes superior à normal, eles descobriram o que procuravam: 20 minutos antes da catástrofe, os primeiros padrões de movimento irregular apareciam na multidão, que anteriormente fluía em um ritmo constante. Pouco antes da tragédia, blocos formados de centenas de pessoas subitamente começaram a se desviar aos trancos para todas as direções. Aquilo que parecia ser fluido apenas um momento antes agora se comportava “como a terra durante um terremoto”, explica Helbing. Frestas aparecem entre blocos de pessoas. Algumas perdem o contato com o terreno. Aquelas que caem podem jamais se levantar.

A catástrofe ocorre tipicamente no último dia da hajj. Àquela altura, os peregrinos já passaram dois dias nos acampamentos de Mina. De lá eles caminham algumas centenas de metros até os três pilares todos os dias a fim de arremessar um total de 49 pedras contra as colunas, de acordo com um padrão fixo. No quinto dia, após as orações do meio-dia, eles devem arremessar as suas últimas 21 pedras – sete contra cada pilar. A maioria dos peregrinos deseja então começar a sua jornada de retorno para casa. Isso faz com que a multidão cresça perigosamente no momento que o sol atinge o seu zênite.

A fim de lidar com a movimentação de peregrinos, as autoridades construíram uma ponte em meados da década de 1960. Três buracos foram deixados para os pilares na pista do meio, rodeados por balaustradas. Isso permitiu que os peregrinos jogassem pedras tanto do solo quando de cima da ponte. Mas o número de acidentes continuou aumentando desde a década de 1990. A rampa que dá acesso à ponte ficou pequena, como o proverbial buraco da agulha.

Após a catástrofe de 2006, as autoridades mandaram demolir a velha ponte. Eles tinham planos para a construção de uma ponte ainda maior. No futuro, o ritual do apedrejamento ocorrerá a partir de quatro alturas diferentes, bem como do solo. A obra será maior do que a estação central de trens de Berlim, com túneis para saída de emergência, heliportos e uma esteira rolante para remover as pedras arremessadas. Dois anos antes, as colunas já haviam sido – com a aprovação de autoridades religiosas – envoltas por muros elípticos de concreto, a fim de aumentar a área disponível para os apedrejamentos. Assim que a obra for concluída, a ponte terá capacidade para até cinco milhões de peregrinos.

A conclusão das obras do primeiro nível da nova ponte estava marcada para antes da hajj de 2006, e um novo patamar seria acrescentado no ano seguinte. Cancelar a peregrinação para as obras de construção seria algo impensável. Em dezembro de 2006, as novas medidas de segurança simplesmente precisavam funcionar.

O projeto de tornar Meca segura envolveu necessariamente um choque de culturas. Alemães e árabes, imames e generais, funcionários públicos, físicos e engenheiros, todos se envolveram. “Foi necessária muita persuasão”, diz um funcionário do Ministério Saudita de Questões Municipais e Rurais, que coordenou as medidas. Mas o objetivo de todas as partes envolvidas era o mesmo: fazer com que as pessoas fossem do ponto A ao ponto B, e depois retornassem, com segurança.

O sistema de mão única de Meca

As propostas mais polêmicas incluíam a introdução de tráfego de mão única. Tal idéia foi proposta por Dirk Serwill e Reiner Vollmer, dois planejadores de tráfego que desenvolveram, juntamente com a IVV, uma empresa de engenharia de Aachen, as diretrizes de movimentação para o Dia Mundial da Juventude Católica, celebrado em Colônia em 2005. O que eles contavam para trabalhar era um campo a oeste de Colônia, 50 quilômetros de estradas provisórias, mais de um milhão de peregrinos e 12 mil banheiros portáteis. Quanto tudo terminou, Serwill disse para si mesmo: “Jamais haverá algo como isso”.

Ele estava errado. Desta vez, os sauditas não queriam simplesmente construir uma ponte. Eles desejavam encontrar uma forma melhor de direcionar os fluxos de pedestres que seguem dos acampamentos para a ponte. Os engenheiros de Aachen foram incumbidos da tarefa de encontrar uma solução para o problema. Mas eles próprios não podiam viajar para Meca a fim de examinar pessoalmente a situação – apenas muçulmanos podem visitar a cidade sagrada. E, assim, os sauditas enviaram fotografias do ritual de apedrejamento. As imagens mostravam peregrinos se movimentando diagonalmente pela praça. Alguns montavam as suas próprias barracas. Mercadores e barbeiros sentavam-se em tapetes em meio à confusão. “As imagens fizeram-nos engolir em seco”, diz Serwill. “Era um puro caos”.

Vários fluxos de peregrinos se encontravam na rampa que levava à ponte velha. A metáfora usada por Serwill é a de uma máquina de lavar roupa: vistos de cima, os fluxos de peregrinos se fundiam em um movimento circular. “Era inevitável que cedo ou tarde alguém tropeçasse e caísse”, diz ele.

Eles mostraram aos sauditas uma foto tirada no Dia Mundial da Juventude. A imagem mostra uma cerca no meio de uma estrada. Em um lado da cerca, uma procissão de jovens caminha em direção ao papa. Do outro lado há espaço para ambulâncias. Diversas ruas de mão única foram construídas na época.

Mas aquilo foi na Alemanha, e não em Meca. Os oficiais militares sauditas mostraram-se céticos. Mas, de novo, o Dia Mundial da Juventude não transcorreu sem acidentes, com a exceção de algumas poucas estações de trens superlotadas? E uma seção da “autobahn” (estrada) não foi fechada por sugestão dos engenheiros, transformando 13 quilômetros daquilo que para os alemães é o que está mais próximo de um território sagrado em um estacionamento para ônibus? Talvez tenha sido isso que convenceu os sauditas. Eles decidiram aprovar a proposta de Serwill e Vollmer de uma via de mão única.

Os planejadores de tráfego traçaram ruas em vermelho e verde em um mapa de Mina: verde para as pessoas a caminho do ritual de apedrejamento, vermelho para as que retornavam. Eles assinalaram certas áreas que teriam que ser fechadas, só sendo abertas em caso de emergências, como as planícies ao longo do Rio Reno que podem ser inundadas durante enchentes. E marcaram posições para cercas que seriam construídas a fim de dirigir o fluxo de pedestres. “É melhor ter um congestionamento em uma rua com dez quilômetros de largura do que em um quadrado de 50 metros de largura”, diz Serwill. Os alemães se certificaram de que tudo foi organizado. Rainer Vollmer resumiu todo o trabalho com uma única palavra: “estrutura”.

Uma questão de vida e morte

A nova estrutura que os alemães introduziram inclui aquilo que é provavelmente a maior tabela de horários do mundo, desenvolvida pelo especialista em logística da Universidade de Tecnologia de Dresden, Knut Haase. Haase determinou uma rota e um horário para o ritual de apedrejamento para 30 mil grupos, cada um deles composto por cem peregrinos. O psicólogo de tráfego Bernhard Schlag aconselhou os sauditas sobre o desenho ideal para os sinais de tráfego, e o Ministério da Hajj fez um filme educacional sobre a reorganização do ritual de apedrejamento. O filme foi exibido para os peregrinos nos vôos com destino a Meca.

Mesmo assim, um problema ainda não podia ser resolvido por nenhum cientista, nem regulado por nenhum engenheiro: a questão da vida e da morte. Para muitos peregrinos, morrer durante a hajj não é o pior dos destinos. Afinal, tal morte garante uma ascensão imediata ao céu, segundo a crença deles. Assim, por que seguir as regras de segurança?

As autoridades convidaram líderes religiosos para seminários e educadamente pediram a eles que se distanciassem de tais interpretações do islamismo. Foi tudo o que puderam fazer.

A hajj do ano 1427 (pelo calendário muçulmano) começou em 28 de dezembro de 2006. Quando os peregrinos chegaram a Mina no terceiro dia, eles se depararam com um canteiro de obras. Havia guindastes e massa de concreto por toda parte. Vergalhões despontavam das colunas de sustentação da ponte. Trabalhadores instalaram holofotes no último momento. O primeiro nível da ponte acabara de ser concluído.

Anders Johansson, que é muçulmano, viajou de volta a Meca. O seu programa de computador estava contando os peregrinos nos seus monitores.

Os alemães encontraram algumas pequenas surpresas na cidade dos peregrinos: um número incomum de pessoas chegara naquele ano. O segundo dia da hajj caiu em uma sexta-feira, o que aumenta o significado religioso da data. Além do mais, alguns ônibus deixaram os peregrinos no local errado, alguns figurões dirigiram os seus carros diagonalmente em meio aos fluxos de peregrinos e vários peregrinos do Irã evitaram a ponte porque desejavam estar em solo firme durante o ritual de apedrejamento.

Mas a grande maioria dos peregrinos obedeceu as regras. Eles seguiram as setas verdes dirigindo-os às colunas. Os peregrinos arremessaram as pedras e murmuraram as suas orações, e a seguir voltaram às suas tendas por rotas diferentes. Algumas áreas de emergência precisaram ser abertas, mas isso foi tudo: não houve acidentes, nenhuma onda de pânico e nenhuma morte.

Então agora Meca é segura? “É mais segura”, diz Helbing, o especialista em pânico. “Provavelmente jamais atingiremos 100% de segurança”. Isso envolveria mover montanhas.

Mas um ano sem mortes faz uma grande diferença. Como um gesto de agradecimento pelas ruas de mão única, Dirk Serwill recebeu uma placa decorada da ponte trazendo uma inscrição que expressa a gratidão das autoridades. Ele continuará o seu trabalho como planejador quando os novos patamares da ponte forem construídos. Anders Johansson quer aperfeiçoar o seu programa de computador de forma que ele emita automaticamente um alerta de surtos iminentes de pânico de massa.

E os pensamentos de Dirk Helbing adquiriram um caráter meditativo. “Nada acontece por acaso comigo”, diz ele. “Mas esse projeto de alguma forma pareceu ser obra do destino. Talvez Alá quisesse que nós ajudássemos”.

Fonte: Der Spiegel

PF investiga pastor suspeito de queimar imagem católica de Jesus Cristo

A Polícia Federal de São Borja (RS) instaurou inquérito para investigar um pastor evangélico suspeito de ter queimado duas imagens sacras católicas protegidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O crime aconteceu no final de julho deste ano. As peças destruídas retratam São Pedro e Jesus Cristo morto.

As peças foram esculpidas por índios guaranis durante o período de catequização, há mais de 300 anos. Elas faziam parte de um grupo de 24 peças da mesma época, segundo Fernando Rodrigues, diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Borja. “Elas pertenciam, na ocasião do crime, à família de Liôncio Chagas, 77 anos. Ele morreu dois dias depois de as imagens serem queimadas e destruídas.” Rodrigues disse ainda que as duas peças em questão valiam entre R$ 20 mil e R$ 60 mil.

O caso foi denunciado por Rodrigues ao Ministério Público do estado, no dia 28 de agosto. “Recebemos a denúncia e pedimos que a Polícia Federal apurasse o crime. O inquérito foi instaurado no dia 22 de outubro. O prazo para conclusão é de 30 dias, mas acredito que a investigação seja encerrada em tempo menor”, disse Érico Fernando Barin, promotor de Justiça da cidade.

Rafael Domingues Martins, delegado federal responsável pelo caso, disse ao G1 que o pastor é considerado investigado. “Ele ainda não é tratado como acusado. Precisamos tomar muito cuidado com o caso e por isso prefiro optar pelo sigilo. Investigamos um possível furto e o crime contra o patrimônio cultural.” O pastor foi procurado pela reportagem do G1, mas ele não quis comentar o caso.

O sumiço

As duas imagens, de São Pedro e de Jesus Cristo morto, foram retiradas da casa de Chagas sem a autorização dele. “Meu irmão estava muito doente. Uma vizinha começou a levar um pastor para rezar. Durante uma dessas orações, o pastor afirmou que a doença de meu irmão foi provocada pela presença das imagens sacras na casa dele”, disse Ana Chagas Mendes, 62 anos.

O crime só foi descoberto pela família dias após a morte de Chagas, quando foram fazer o inventário das peças. “A família pretendia fazer a doação de todas as peças para o Museu Municipal Aparício Silva Rillo”, disse o promotor. Hoje, as peças estão em poder do museu.

O reencontro

O Ministério Público entrou com uma ação cautelar para reaver as peças retiradas da casa de Liôncio. “O mandado de busca e apreensão foi cumprido no dia 28 de agosto. Um oficial de Justiça conseguir encontrar parte de uma das imagens, a de Cristo morto, parcialmente queimada e em um cômodo da igreja evangélica. A imagem de São Pedro nunca foi encontrada e acredito que ela tenha sido totalmente destruída”, disse o promotor.

“Quando souberam do sumiço das peças, a mulher de Chagas lembrou que a única pessoa estranha que esteve em sua casa foi o pastor evangélico. Ela também lembrou que o pastor insistia em tirar da casa as imagens sacras, mas ela negou essa possibilidade por saber do valor histório e cultural delas”, disse Rodrigues.

Valor histórico

Para Isabela Marques Leite de Souza, museóloga do Museu das Missões, em São Miguel das Missões, o valor das peças destruídas e das outras 22 que permanecem intactas é incalculável. “As imagens fazem parte da história do país, do período jesuítico e não é possível dimensionar valores. Em termos culturais e artísticos, posso dizer que são de grande importância.”

Fonte: G1

Polícia do Equador investiga novo furto de obras de arte em igrejas

A polícia di Equador instaurou um inquérito, para apurar quem são os responsáveis por um furto ocorrido na madrugada de quarta para quinta-feira, numa igreja da localidade de Pifo, nas proximidades da capital do país, Quito.

O furto ocorreu 15 dias após um fato similar, na localidade de Riobamba, onde desconhecidos furtaram uma valiosa custódia.

Da igreja de Pifo _ segundo informações policiais _ foram levados objetos de grande valor artístico, entre os quais, imagens de Nossa Senhora do Rosário e de Maria Madalena, feitas em cerâmica, de 50 cm de altura. Além dessas, foi furtada também uma imagem de Cristo, em madeira, assim como um equipamento de amplificação.

O decano da paróquia de El Quinche, Pe. José Conde, disse ao canal de televisão “Teleamazonas” que acredita que as igrejas estejam sendo vítimas de uma rede internacional de ladrões de obras de arte, referindo-se inclusive, ao desaparecimento da valiosa custódia, em Riobamba, furto sobre o qual a polícia não tem nenhuma pista.

A custódia _ de um metro de altura e pouco mais de 36 kg _ data de 1705, e foi feita, em sua maior parte, de ouro maciço, sobre um pedestal de prata. Ornada com 3.500 pedras preciosas, entre as quais se contam cerca de 400 esmeraldas, brilhantes, diamantes, rubis, ametistas, águas-marinhas, safiras e topázios, a peça se encontrava exposta no Museu de Arte Sacra, do Convento das Franciscanas.

Fonte: Rádio Vaticano

Polícia prende suspeito de matar menina no Paraná

A 9ª Subdivisão Policial de Maringá prendeu, na tarde desta sexta-feira (26), o homem acusado de ter matado a menina Márcia Constantino, de 10 anos. A garota brincava no pátio de uma igreja evangélica no centro de Maringá, enquanto seus pais assistiam a um culto, quando desapareceu.

N.B, 41, foi preso suspeito de estupro, atentado violento ao pudor, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A 2ª Vara Criminal de Maringá decretou sua prisão temporária e a Subdivisão cumpriu o mandado nesta tarde.

Ele faz parte da comunidade da Igreja Evangélica e estava no culto de sábado. Segundo informações preliminares, o suspeito é solteiro e trabalha com promotor de vendas.Em 2001, ele já foi condenado a 12 anos de prisão, por atentado violento ao pudor e estupro. Ele cometeu o crime em Presidente Castelo Branco. A vítima, uma menina de 15 anos, foi violentada (sexo anal) e estuprada. Cumpriu a pena de cinco anos e foi solto.

“Investigamos este caso a semana toda e levantamos as fichas de prováveis suspeitos. Como verificamos que ele já tem antecedentes por estupro e atentado violento ao pudor e estava em livramento condicional desde 2006. Foi chamado para depor no domingo e nesta quinta-feira (25) voltou, acompanhado de seu advogado. O que ele falou não convenceu a polícia e achamos que seria imprescindível para a conclusão das investigações sua prisão temporária”, contou o delegado-chefe da Subdivisão de Maringá, Antonio Brandão Neto.

N.B foi preso na Zona 4 e a casa dele fica no Jardim Real. Além do mandado de prisão temporária, a polícia cumpriu também dois mandados de busca e apreensão, um casa de Búfalo, outro na casa onde ele estava escondido. “Fomos acompanhados por duas equipes do Instituto de Criminalística. Na casa onde ele estava escondido, não foi achado nada, mas em sua própria residência, os peritos encontraram evidências como fios de cabelo comprido – a menina tinha cabelos compridos -, fragmentos de palha de milho, calçado com terra e uma pulseirinha de criança dourada queimada”, contou o delegado.

Na segunda o Instituto de Criminalística de Curitiba fornecerá o resultado do exame de DNA que está sendo feito para comparar o esperma que foi encontrado na cavidade retal da vítima com, a coleta de sangue do suspeito. O preso foi conduzido ao iml para fazer exames de lesões corporais.

O caso — Márcia Constantino, de dez anos, foi encontrada morta na manhã do último domingo (21), em uma estrada rural, em uma plantação de milho, na saída de Maringá para Astorga. Segundo Brandão, a garota teria sido espancada, sofrido violência sexual, além de queimaduras de segundo e terceiro grau, “No exame do IML que pedimos, constatou-se fratura de coluna cervical”.

Márcia havia desaparecido na noite de sábado (20), durante um culto na igreja evangélica Assembléia de Deus, no centro da cidade. Enquanto os pais assistiam ao culto, Márcia brincava no pátio da igreja com outras crianças. A família percebeu a ausência da menina por volta das dez horas da noite. Os pais registraram ocorrência em seguida, na 9ª Subdivisão Policial de Maringá.

No final da tarde de domingo (21), a polícia já havia prendido um homem de 34 anos, suspeito de participar da morte de Márcia. Após uma denúncia anônima de uma testemunha, a polícia conseguiu identificar P.S.M, 34 anos. Segundo a testemunha, ele teria levado a menina em um veículo Ford Fiesta cor prata.

No momento da prisão, na casa do acusado, no bairro Santa Felicidade, a polícia encontrou cerca de 200 gramas de cocaína e o Ford Fiesta. Ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e por isto permanece na 9ª Subdivisão. “Ele foi encaminhado para que fosse feita perícia em seu órgão genital, para verificar se havia a existência de microfissuras, que comprovassem se houve ou não relação sexual com a criança, porém, não foram constatadas fissuras ou ferimentos e a participação dele está praticamente descartada”, disse o delegado.

Fonte: Bem Paraná

Polícia prende três suspeitos de extorquir padre Júlio Lancelotti

A Polícia Civil prendeu, no final da noite desta sexta-feira (26), três suspeitos de extorquir dinheiro do padre Júlio Lancelotti. Foram detidos Anderson Marcos Batista, 25 anos, Conceição Eletério, 44 anos, e Evandro Guimarães, 28 anos.

O trio foi localizado num prédio na rua Riachuelo (centro de São Paulo), graças a uma denúncia anônima, e foi levado a uma delegacia no Belém (zona leste).

O ex-interno teria conhecido o padre na Febem, onde foi internado por roubo. Ao sair da instituição, em 2000, teria começado a pedir ajuda financeira a Lancelotti e, mais tarde, passado a exigir cada vez mais dinheiro.

Denúncia

Um grupo de quatro pessoas, entre eles um ex-interno da Febem (atual Fundação Casa) e sua mulher, são acusados pela Polícia Civil de São Paulo de extorquir o padre Júlio Lancelotti, conhecido por ser um dos principais defensores dos direitos de jovens infratores e de moradores de rua de São Paulo.

Foi o próprio padre quem procurou a polícia para denunciar o crime. Ele afirma que as extorsões começaram depois que Anderson Marcos Batista, atualmente com 25 anos, saiu da Febem. O padre chegou a pagar cerca de R$ 50 mil para o grupo, incluindo R$ 20 mil em prestações de um carro comprado em 2004.

Batista conheceu o padre em uma das visitas que Lancelotti fez à unidade da Febem onde o jovem estava internado. Depois de sair, o rapaz procurou o padre dizendo que não tinha para onde ir. Lancelotti afirma ter colocado o jovem em uma frente de trabalho e pago seu aluguel.

Com o tempo, no entanto, os pedidos de dinheiro vinham com ameaças. A mudança começou quando Batista iniciou um relacionamento com Conceição Eletério.

Os primeiros pedidos de dinheiro variavam entre R$ 800 e R$ 1,5 mil e eram feitos por meio de bilhetes. Os recado eram entregues pelos outros dois suspeitos, os irmãos Everson dos Santos Guimarães e Evandro dos Santos Guimarães. O padre deveria devolver o bilhete, para que não houvesse prova das ameaças, e entregar o dinheiro.

Pelo telefone, no entanto, as ameaças continuaram. Em uma das conversas gravadas pela polícia, Eletério e Batista ameaçam envolver o filho dela, que acusaria o padre de abuso sexual. Júlio Lancelotti nega qualquer tipo de abuso.

Vizinho cita mais 4 em esquema contra padre

Mais quatro pessoas teriam envolvimento com a quadrilha que extorquiu o padre Júlio Lancellotti. Um morador vizinho da pensão que pertence a Anderson Marcos Batista, na Rua Catumbi, no Pari, disse ontem ao delegado André Luiz Pimentel, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da 5ª Seccional, que mais um casal recebia dinheiro do religioso, a mando do ex-interno da Febem (hoje Fundação Casa). Uma ex-empregada e outro vizinho também teriam participado das ações. “Teve mais gente que ia buscar envelope com o padre. Eram sempre envelopes brancos, entregues ao Anderson num bar próximo da pensão. Toda semana ia alguém buscar dinheiro com o padre”, contou o vizinho.

Segundo o delegado Pimentel, a testemunha apresentou-se espontaneamente. Mas trata-se de uma pessoa que o advogado de defesa de Batista, Nelson Bernardo da Costa, já havia oferecido à imprensa para ser entrevistado. Ontem, Costa disse que só falou “que se ele (a testemunha) tivesse algo a esclarecer, que fosse depor na polícia”, mas não teria mandado ninguém falar contra Lancellotti. Inicialmente, o homem disse que foi à polícia depois que repórteres o incentivaram. Depois, admitiu que havia conversado com o advogado.“Achava estranho que o padre desse dinheiro para o Anderson.”

Uma das pessoas apontadas pela testemunha, a ex-empregada de Batista, já aparecia em gravação apresentada à polícia, onde Lancellotti reclama que o ex-interno havia ensinado sua funcionária a pegar dinheiro com ele. Há suspeita de que essa mulher ficava com parte da quantia entregue.

Everson Guimarães, que está preso do Centro de Detenção Provisória(CDP) do Belém, confirmou a existência das pessoas apontadas pela testemunha. Guimarães foi preso em flagrante quando recebia R$ 2 mil do padre no dia 6 de setembro.

O preso também confirma que Batista teria usado o CPF da testemunha para comprar uma televisão, um frigobar e um telefone celular. “O Anderson disse que tinha perdido o CIC e pediu para usar o meu. Falei que não tinha renda para crediário e ele pagou à vista”, relatou à polícia. Antes das compras, Batista teria ido até a Igreja São Miguel Arcanjo buscar dinheiro com o padre.

Mas há contradições entre as duas versões. Guimarães diz que conhece as quatro pessoas citadas pela testemunha, embora tenha começado a trabalhar na pensão em 17 de abril. Na versão colocada em depoimento ontem, a testemunha relata que as quatro pessoas não estão mais no bairro há muito tempo.

Há outra contradição quando Guimarães fala sobre a cor dos envelopes com o dinheiro recebido do padre e o local de entrega do dinheiro a Anderson. “Era envelope daquela cor (aponta para um envelope pardo sobre uma mesa) e era levado para o Anderson na pensão.”

Agora já são oito os investigados pela Polícia no caso de extorsão – Batista, sua mulher, Conceição Eletéria, Guimarães e seu irmão Evandro já estavam na mira da polícia. “Vamos tentar descobrir quem são os outros e a participação deles no esquema”, disse Pimentel.

Fonte: Folha Online e Estadão

CNBB reage a Cabral e volta a se posicionar contra aborto

Um dia após a declaração do governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), relacionando a alta taxa de natalidade entre as camadas mais pobres e a violência, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reforçou sua defesa contra o aborto.

Ontem, o presidente da entidade, Geraldo Lyrio Rocha, afirmou estar preocupado com a movimentação pró-aborto, que passou a ser mais freqüente também entre autoridades do País. Além da Cabral, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, enfatiza desde o início de sua gestão a necessidade de se debater o assunto.

Durante entrevista concedida anteontem, Cabral defendeu o aborto como método de redução de violência no Estado e afirmou que a favela da Rocinha, na zona sul do Rio, “é uma fábrica de produzir marginal.” “Estamos muito preocupados. A CNBB defende a vida desde o primeiro instante. Por isso, o tema será abordado durante a Campanha da Fraternidade do próximo ano”, disse Rocha.

Fonte: Estadão

Agência católica publica fotos de monge budista torturado em Mianmar

A agência missionária vaticana “AsiaNews” publicou ontem em seu site as fotos de um monge budista assassinado em Mianmar (antiga Birmânia), tiradas em um necrotério e com claros sinais de ter sido torturado.

A “AsiaNews” afirmou que as fotos, tiradas em segredo em um necrotério birmanês, chegaram do país através de uma mensagem pedindo que fosse publicada.

A mensagem pedia a publicação das duas fotos “para que o mundo soubesse o que está acontecendo” e para denunciar a Junta Militar birmanesa, que governa o país.

“Pensem que muitos outros monges sofreram o mesmo destino”, acrescenta a mensagem que acompanha as fotos, que mostram o corpo cheio de ferimentos e hematomas de um monge budista de cerca de 50 anos.

A agência missionária disse que estas fotos representam “a vergonha” diante da “falsa” tentativa da Junta Militar de se reconciliar com os monges budistas.

Também expressou sua “vergonha” pela opinião pública ocidental, que pensou que “a violência dos militares era só para reprimir algumas manifestações, quando se trata de um sistema que assassina e escraviza uma população de quase 50 milhões de pessoas”.

Indicou a “vergonha” pela “Organização das Nações Unidas e a comunidade internacional, que não encontram instrumentos eficazes para garantir a democracia de um povo que a escolheu há muito tempo”.

Desde que as forças de segurança birmanesas reprimiram a tiros as manifestações pacíficas de setembro, os mosteiros estão sendo vigiados e inspecionados regularmente, e a Polícia restringe a saída dos monges às ruas, segundo diferentes versões de moradores em Yangun.

O regime de Mianmar admite que dez pessoas morreram durante a repressão dos protestos e cerca de 3.000 manifestantes foram detidos, mas fontes da dissidência calculam que o número de mortos se aproxima dos 200 e que os detidos superam amplamente os 6.000.

Fonte: EFE

Templo japonês é colocado à venda po 21 milhões de euros

A cidade de Katsuyama, situada na prefeitura de Fukui (oeste do Japão), colocou a leilão por 21 milhões de euros um pagode de 75 metros de altura, um tradicional jardim japonês e um segundo pagode com muros nos quais estão esculpidos nove dragões, além de um auditório e vários outros imóveis.

Ao todo, 34.000 metros quadrados de construção, erguidos em 1987 pelo rico presidente de uma companhia de táxis que deixou de pagar mais de 3 bilhões de yenes em impostos durante 10 anos, segundo explicou um funcionário municipal.

O proprietário investiu 234 milhões de euros no complexo, mas morreu pouco depois.

“Ele queria construir algo imponente e religioso em sua cidade natal, para torná-la um centro turístico”, explicou o funcionário à AFP. “Mas estabeleceu tarifas de entrada muito caras e o número de visitantes nunca foi muito grande”, disse.

Em 2002, o templo foi cedido a uma seita zen budista para transformá-lo em uma escola religiosa.

O prédio principal, que conta com uma estátua de bronze de Buda de 17 metros, não será posto à venda para permitir que a escola continue funcionando.

“Oferecemos todos os edifícios que não estão relacionados diretamente com as atividades religiosas e os avaliamos em 3,5 bilhões de yenes (21 milhões de euros)”, afirmou.

“Não sabemos se haverá compradores, mas é certo que nem a cidade nem a escola podem comprá-lo”, lamentou.

Fonte: AFP

Vaticano beatificará religiosos espanhóis que apoiaram Franco

Neste domingo, o Vaticano fará a maior cerimônia de beatificação coletiva da história do Catolicismo. Serão beatificados 498 religiosos espanhóis mortos durante a Guerra Civil (1936-1939) e que apoiaram o ditador Francisco Franco. Para a Igreja Católica espanhola, são os mártires do século 20. Para os republicanos, uma polêmica.

Muitas igrejas espanholas foram atacadas e algumas incendiadas pelos republicanos, durante a Guerra Civil. A frase repetida pelo ditador fascista “Por Deus e pela Espanha” e o apoio direto do clero ao golpe militar provocaram um ambiente anti-religioso para os que lutavam contra Franco. Atualmente na maioria das igrejas, inclusive próximo ao altar, permanecem as placas de mármore com nomes de religiosos mortos e descrições como: “morreu pela Espanha, mártir contra o marxismo e por Franco com a graça de Deus”. “Estamos falando da maior perseguição religiosa do século. É necessário assumir a história como aconteceu. E com todas as responsabilidades. Na Igreja há e houve pessoas coerentes que assumiram sua postura e fé até as últimas conseqüências”, disse o arcebispo de Sevilha, Carlos Amigo, que anunciou a beatificação em entrevista coletiva.

Para a esquerda espanhola, a cerimônia é uma polêmica que reabre velhas feridas.

O líder do Partido Esquerda Unida, Gaspar Llamazares, disse que respeita a memória da Igreja Católica, mas pediu ao Vaticano “que lamente e peça perdão pelo papel negativo que ocupou, dando aval ao franquismo e a repressão”. Para o deputado do Partido Basco, Manuel Millán, a decisão do Vaticano é “imoral e injusta”, porque, segundo ele, só enaltece os caídos de um dos lados da guerra e também porque não há precedentes históricos com outros ditadores.

“Quantas ruas na Itália existem dedicadas a Mussolini e quantas estátuas de Hitler permanecem em pé na Alemanha? Quantos religiosos que apoiaram estes regimes foram beatificados? Os papas anteriores se negaram a isto. Porque aqui na Espanha nunca houve reconhecimento e reconciliação”, afirmou.

Alguns deputados acreditam ainda que a decisão seja uma resposta a medidas políticas do governo espanhol que desagradaram ao clero, como a lei de casamentos entre pessoas do mesmo sexo ou a Lei da Memória Histórica, que deve ser votada em breve.

Esta nova lei condena a ditadura franquista e oferecerá ajuda a todos os parentes das vítimas. Mas a Igreja nega o confronto político. “Não é uma represália, nem resposta. Apenas coincidiram as datas”, disse o porta-voz da Conferência Episcopal Espanhola, Juan Antonio Martírez Camino.

O teólogo espanhol Juan José Tamayo chamou a beatificação de “involução da Igreja”. E afirmou que “é muito delicado qualificar como mártires a pessoas que tiveram implicações políticas”.

Além dos 498 novos beatos, a Igreja Católica espanhola tem outros 836 casos em trâmite avançado no Vaticano. São no total mais de 2 mil pedidos de reconhecimento para o que o Arcebispado de Madri chama de mártires da guerra que morreram pela nação.

O governo espanhol estará representado na cerimônia de domingo pelo Ministro de Relações Exteriores, Miguel Ángel Moratinos. O primeiro-ministro Rodríguez Zapatero recusou o convite do Vaticano. O avô dele, o capitão Lozano, também morreu na Guerra Civil. Foi um dos militares que se negaram a apoiar o golpe militar e terminaram fuzilados.

As estimativas indicam a morte de cerca de 500 mil pessoas durante o conflito e 450 mil exilados. O ditador fascista Francisco Franco iniciou o golpe militar em 1936 e morreu em 1975.

Fonte: BBC Brasil

Países europeus assinam convenção para proteger menores de abusos sexuais

Vinte e três países europeus assinaram nesta quinta-feira uma convenção para melhorar a proteção de menores contra abusos sexuais, na 28ª conferência de ministros da Justiça do Conselho da Europa, organizada em Lanzarote, ilhas Canárias (Espanha).

A assinatura desse texto representa um passo decisivo na prevenção das agressões sexuais a menores e punição judicial para os autores desse crime, assim como medidas de preventivas para melhorar a formação de pessoas que trabalham em contato com menores.

Esta convenção, segundo o comunicado oficial, é o primeiro tratado internacional que pune o abuso sexual contra menores.

Fonte: AFP

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