Início Site Página 3901

Igreja na Eritréia tem seus bens confiscado

O governo eritreu exigiu, nesse mês, que a Igreja Kale Hiwot lhe entregasse sua propriedade e seus bens. A ordem escrita de confisco é relativa às posses do departamento de socorro dessa igreja protestante.

O departamento funciona legalmente há mais de 20 anos como uma organização não-governamental (ONG), sob a Comissão Eritréia de Socorro e Reabilitação.

A exigência foi emitida pelo Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais, que tem fechado de forma constante trabalhos de ONGs na Eritréia nos últimos dois anos. Mas, segundo os cristãos do lugar, esse Ministério não tem autoridade legal para emitir e impingir tal ordem.

O confisco integral da propriedade pode incluir todos os prédios da igreja, escolas, veículos ou outros bens.

Em outubro passado, a polícia de segurança invadiu e fechou todos os escritórios centrais da Igreja Kale Hiwot em Paradizo, distrito da capital Asmara. Eles prenderam toda a administração e equipe da igreja, com alguns dos visitantes que estavam lá no momento. Os policiais também confiscaram os computadores da igreja, equipamento de escritório e arquivos.

As chaves dos escritórios da igreja ficaram em poder da polícia desde então.

A invasão, como conseqüência, fechou não apenas o escritório da igreja, mas também diversos projetos de ajuda humanitária operados pelo Kale Hiwot, que supervisiona um orfanato e jardins de infância no país.

“Esse é um ataque direto à igreja”, uma fonte disse à agência de notícias Compass. “Essa é a ação final para banir a igreja.”

Opressão em três passos

Para os cristãos protestantes do país, segundo o Compass, a extensa opressão do governo contra suas igrejas, durante os últimos quatro anos, é realizada em três passos planejados.

O primeiro passo foi a detenção de pastores e líderes-chave da igreja. Mais de 30 deles foram presos indefinidamente, sem acusações legais.

Então, as autoridades invadem e interditam os prédios das igrejas. As congregações, sem líderes, ficam proibidas de ocupar ou usar os prédios para fazer cultos ou qualquer atividade religiosa.

Por fim, o governo confisca de forma permanente toda a propriedade e posses dessas igrejas ilegalizadas.

Embora os líder da Igreja Kale Hiwot tenham protestado contra a ordem do governo, fontes disseram ao Compass que não há esperança de que a ordem seja reconsiderada.

Desde maio de 2002, o governo eritreu baniu todos os grupo religiosos independentes, que não estivessem ligados às igrejas ortodoxa, católica e luterana, ou ao islamismo. Dúzias de igrejas protestantes não receberam o registro e foram tornadas ilegais.

Todos os flagrados em cultos fora dessas instituições sancionadas pelo governo – mesmo em pequenos grupos reunidos em casas – são presos, torturados ou sujeitados a severas pressões para negar seu credo religioso.

Mesmo os líderes desses quatro grupos, reconhecidos historicamente, estão sofrendo duras restrições do governo.

Ignorando os cânones da igreja, as autoridades locais removeram o patriarca Abune Antonios, ordenado pela Igreja Ortodoxa Eritréia, de sua posição eclesiástica em agosto de 2005. O patriarca está sob prisão domiciliar desde então.

Estatísticas confirmadas recentemente indicam que, pelo menos 1.918 cidadãos eritreus estão presos apenas por causa de seus credos religiosos, sem qualquer a um processo judicial.

Fonte: Portas Abertas

Lula busca votos de evangélicos para a reeleição

O Brasil pode ser o maior país católico do mundo, mas na campanha presidencial os candidatos buscam ajuda de outro credo cristão: o movimento pentecostal. Especialistas em religião dizem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva superou seus adversários na conquista do apoio evangélico.

Esses votos, especialmente os do conservador rito pentecostal, podem ajudar a dar a Lula a vitória já no primeiro turno, no dia 1o de outubro.

“Se você quer ser um candidato competitivo, tem de reconhecer o peso da igreja pentecostal. Seus pastores têm enorme influência entre as famílias pobres nas periferias metropolitanas, que são verdadeiros currais eleitorais,” disse o cientista político e pesquisador de religiões César Romero Jacob.

Os pentecostais oferecem uma rede de proteção social para seus fiéis, que são majoritariamente pobres. Esse ramo do protestantismo cristão é conhecido por “falar línguas” e enfatizar “a cura divina.”

“Lula fez de tudo para garantir que os votos evangélicos como um todo não caiam no colo do seu adversário”, disse Jacob, que escreveu um livro sobre religiões e padrões eleitorais no Brasil.

Segundo o Censo de 2000, 74 por cento dos brasileiros se declaram católicos — em 1980, eram 89 por cento. Nesse período, a influência das igrejas evangélicas mais do que dobrou, atingindo 16 por cento dos 185 milhões de habitantes do país.

Todos os principais candidatos à Presidência são católicos. Mas, ao contrário de algumas igrejas evangélicas, o clero católico não declarou apoio a um candidato, preferindo passar aos fiéis algumas orientações éticas e morais sobre como votar para eleger candidatos honestos.

Entre os padres, a ala mais conservadora apóia Geraldo Alckmin (PSDB), enquanto os grupos mais à esquerda, oriundos da Teologia da Libertação e das Comunidades Eclesiais de Base, estão divididos entre Lula e Heloísa Helena (PSOL).

O voto evangélico mostrou sua força em 2002, quando apoiou em peso a candidatura a presidente de Anthony Garotinho, que obteve 15 milhões de votos (18 por cento do total).

Desta vez, os evangélicos não têm candidato próprio ao Planalto. O bispo Manoel Ferreira, que preside a Convenção Nacional das Assembléias de Deus (Ministério de Madureira), com 23 mil pregadores, e o Conselho Nacional de Pastores, com 42 mil membros, disse que as entidades deram pleno apoio a Lula.

“Ele me disse numa reunião nossa neste mês que nosso apoio era tudo o que ele precisava para ganhar a reeleição no primeiro turno. Temos a sensação de que o segmento evangélico em geral apóia sua reeleição.”

Ferreira disse que os programas sociais do governo petista e as origens humildes do presidente convencem os pastores a apoiarem-no. As recentes restrições às doações eleitorais também aumentaram a importância da campanha nas igrejas.

Além disso, o vice de Lula, José Alencar, também candidato à reeleição, pertence a um partido com fortes ligações com a Igreja Universal do Reino de Deus, outra denominação pentecostal.

Alckmin por sua vez busca o apoio de outro grande grupo pentecostal, a Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil. Parte da imprensa diz que ele tem o apoio oficial da entidade, mas o site da Convenção afirma que seus membros estão liberados para votarem em quem quiserem.

Fonte: Reuters

Freira italiana assassinada na Somália é enterrada em Nairóbi

A freira italiana Leonella Sgorbati, que foi assassinada no domingo na Somália, foi enterrada ontem em Nairóbi, após uma missa celebrada em uma capela da capital.

Centenas de pessoas, entre elas muitas religiosas, membros da comunidade italiana no Quênia e diplomatas da União Européia assistiram à missa de corpo presente.

“Acho que ela nos diz que o novo mundo que Cristo veio nos dar não é possível apenas no céu, mas aqui e agora. Ela achava realmente que irmãos e irmãs podem viver juntos”, afirmou o bispo da Somália e Djibuti, Giorgio Bertin.

“Há os que dizem que a esperança é inútil, que a fraternidade entre diferentes religiões não é possível, esta não era a mensagem de Leonella”, acrescentou. Bertin lembrou que a religiosa morreu junto a um muçulmano, seu guarda-costas.

“Houve outros mártires na Somália, outras pessoas que deram sua vida pelos pobres, a justiça e o respeito desse povo. Espero que a irmã Sgorbati seja a última mártir da Somália”, disse.

Sgorbati, de 65 anos, trabalhava em uma maternidade da fundação Aldeias SOS na capital somali, Mogadíscio, onde foi morta a tiros no domingo por dois homens armados.

A Somália vive sem um Governo central desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado.

Há alguns meses os Tribunais Islâmicos tomaram o controle de Mogadíscio e vários pontos estratégicos do centro e do sul do país, enquanto o Governo e o Parlamento estão instalados temporariamente em Baidoa, a noroeste de Mogadíscio.

Um dia após o assassinato de Sgorbati, um atentado com carro-bomba em Baidoa contra o comboio do presidente Abdullahi Yusuf Ahmed matou seis pessoas, entre elas o irmão do presidente.

Fonte: EFE

Mais cristãos são atacados em Madhya Pradesh

Nessa semana, continuaram os ataques contra cristãos em Madhya Pradesh. Hindus extremistas atacaram pelo menos três reuniões cristãs na Índia.

Um total de oito cristãos foram acusados de conversão forçada ou de ferir os sentimentos hindus. Um foi solto sem acusações e outros quatro foram liberados sob fiança, enquanto três permanecem sob custódia da polícia.

Na terça-feira (12 de setembro), a polícia no distrito de Jabalpur, Madhya Pradesh, deteve o pastor da Assembléia de Deus, Venkatesh Kumar Sadhu, depois que extremistas o acusaram de conversões forçadas.

Uma família da vila de Ghama Thana tinha pedido para Venkatesh fazer uma visita e orar por um membro da família que estava doente. Enquanto ele orava, membros do grupo extremista hindu Barjang Dal chegaram, atacando o pastor e danificando sua motocicleta.

O grupo então prestou queixa contra Venkatesh e o pastor foi levado à delegacia para ser interrogado. Quando a Comunhão Evangélica da Índia (EFI, sigla em inglês) foi informada, representantes telefonaram para a delegacia a favor de Venkatesh. A polícia assegurou a EFI de sua cooperação e liberou Venkatesh logo depois da meia noite, alegando não haver provas suficientes para confirmarem as acusações.

A polícia posteriormente chegou a admitir que os extremistas a pressionavam para processar cristãos como Venkatesh.

Ataque no distrito de Seoni

Dois dias antes, no domingo (10 de setembro), a polícia prendeu o pastor Haroon Jonathan e vários outros membros da família cristã em Bhargat, distrito de Seoni em Madhya Pradesh, depois de extremistas interromperem uma reunião em uma igreja doméstica.

Cerca de 70 extremistas invadiram a igreja naquele domingo e atacaram a congregação. Eles arrastaram Haroon e sua esposa Anita para fora da casa, junto com seus genro Sunil Prem e sua esposa Sunita.

Os extremistas aparentemente pertenciam à um novo grupo, o Jagran Harma Seva ou ‘Serviço do Despertar da Fé’.

Mohan Singh Patel, inspetor da delegacia em Bhargat, disse à agência de notícias Compass que os cristãos tinham sido detidos por ferir os sentimentos religiosos, promover animosidade religiosa e forçar a mudança de fé, segundo o Código Penal da Índia e as Seções 3 e 4 do Ato de Liberdade Religiosa de Madhya Pradesh.

Fontes locais informaram o Compass que a polícia alegou ter uma fita em que mostra Haroon exigindo que as pessoas se desfizessem de ídolos e imagem de deuses hindus.

Mohan disse que um residente local, Anoop Prajapati, tinha acusado os cristãos de encorajarem habitantes da vila a comer carne bovina – proibida aos hindus – e dizerem que eles morreriam caso adorassem deuses hindus.

“As pessoas naturalmente se enfureceram e os levaram até a delegacia”, disse Mohan. “Demos queixa, e temos certeza de que as acusações procedem”.

Os quatro acusados foram liberados sob fiança.

Ataque no distrito de Balaghat

Em um incidente isolado no dia 10 de setembro, cerca de 40 extremistas atacaram 15 cristãos que se reuniam na casa de Rekha Bai Kawde, uma cristã convertida da cidade de Balaghat, Madhya Pradesh.

Acusando esses cristãos de converterem hindus à força, os extremistas levaram Rekah e dois evangelistas – Durga Prasad Vanshpal e um homem identificado somente como Niware – à delegacia, onde ficaram detidos. A polícia aparentemente pressionou Rekha a depor, dando uma declaração de que tinha sido convertida à força.

No momento, os outros três ainda permanecem presos.

“Esses ataques durante reuniões de oração devem ser condenados veementemente”, disse John Dayal, secretário do Conselho Geral de Cristãos da Índia. “Isso só confirma que a polícia e o sistema judiciário são totalmente influenciados por extremistas hindus.”

Desde janeiro desse ano, os extremistas abriram 28 casos contra pastores e evangelistas em Madhya Pradesh.

O número de incidentes registrados cresceu significantemente desde que o Estado aprovou uma emenda ao Ato de Liberdade Religiosa da Madhya Pradesh no dia 25 de julho, tornando a lei mais rigorosa.

Em resposta, a EFI emitiu uma declaração nessa semana de que o diretor geral de polícia Swaraj Puri tinha assegurado que um procedimento legal apropriado seria observado em todos os casos. Isso incluía exames médicos para qualquer cristão que alegasse ser vítima de assalto.

A EFI e outras organizações cristãs, tal como o Conselho Global de Cristãos Indianos, irão monitorar as atividades da polícia nas próximas semanas para garantir que os cristãos sejam tratados de maneira justa, conforme a Constituição.

Fonte: Portas Abertas

Execução de cristãos na Indonésia gera confrontos

A execução de Fabianus Tibo, Marianus Riwu e Dominggus Silva, três militantes cristãos, nesta quinta-feira por um pelotão de fuzilamento na Indonésia provocou uma onda de violentos protestos no país.

os três haviam sido condenados à morte cinco anos atrás, por planejar uma série de ataques a muçulmanos durante confrontos ocorridos no distrito de Poso, na ilha indonésia de Sulawesi, em 2000. Pelo menos 70 pessoas morreram nesses ataques.

Depois do fuzilamento, centenas de pessoas protestaram tomando as ruas da ilha, que é marcada por uma acentuada divisão religiosa. Multidões saquearam lojas e atearam fogo a carros e prédios do governo.

Mas em Palu, onde aconteceram as execuções, não houve confrontos. Cristãos se reuniram em igrejas para rezar pelos três homens executados, que alegavam ser inocentes.

A execução estava marcada para o mês passado, mas foi adiada depois de um apelo feito pelo papa Bento 16 e de protestos realizados por cristãos na Indonésia.

O Vaticano voltou a se pronunciar depois do fuzilamento, descrevendo o ato como “uma derrota para a humanidade”.

A organização de direitos humanos Anistia Internacional também expressou desapontamento.

Reações

Defensores dos militantes cristãos e grupos de direitos humanos questionaram a imparcialidade do julgamento.

Líderes comunitários locais acreditam que as execuções poderão reacender a violência religiosa na região.

Antes das execuções, cerca de 4 mil soldados extras foram deslocados para Sulawesi com o objetivo de aumentar a segurança no local.

Os ataques de 2000, pelos quais os três cristãos foram executados, foram parte de uma onda de violência que deixou mais de mil mortos entre 1999 e 2001. O estopim para os confrontos foi uma briga entre gangues cristãs e muçulmanas em 1998.

Até agora, nenhum muçulmano foi condenado à morte por participar dos confrontos de Sulawesi.

Três militantes muçulmanos estão no corredor da morte, à espera de execução por terem participado dos atentados a bomba em Bali em 2002, que mataram mais de 200 pessoas.

Fuzilados

Os três católicos indonésios acusados de atos de violência contra muçulmanos foram executados nesta quinta-feira por um pelotão de fuzilamento na Indonésia.

“Eles foram executados. Seus corpos foram levados para o hospital da polícia para serem necropsiados”, informou o advogado Roy Rening, que soube da execução pelos promotores de Palú, capital da província central de Sulawesi, nas ilhas Célebes, onde os homens estavam presos.

Os executados, Fabianus Tibo, Dominggus da Silva e Marinus Riwu, três camponeses pobres, sempre negaram categoricamente as acusações de terem dirigido uma milícia perto da cidade de Poso, em uma região onde os enfrentamentos entre cristãos e muçulmanos custaram a vida de mais de mil pessoas entre 2000 e 2001.

Vaticano “entristecido” com execuções

O Vaticano disse nesta quinta-feira que está entristecido com a “dolorosa” notícia da execução de três cristãos na Indonésia, condenados por incitar atos violentos contra os muçulmanos, disse o porta-voz Federico Lombardi.

“É uma notícia triste e dolorosa. Cada vez que se aplica a pena de morte é uma derrota para a humanidade”, disse Lombardi, porta-voz do Papa Bento XVI.

Fonte: BBC Brasil e AFP

Caio Fábio diz que foi pressionado por PT no caso Cayman

Pastor Caio FabioNão é de hoje que o Partido dos Trabalhadores busca avidamente informações comprometedoras para desqualificar quem lhe é incômodo politicamente. Pelo relato do pastor evangélico Caio Fábio D’Araújo Filho (foto), assim foi na campanha presidencial de 1998. A diferença é que naquela ocasião o PT conseguiu tirar a tempo o corpo da linha de tiro.

Quem se deu mal mesmo foi Caio Fábio, acusado de intermediar o Dossiê Cayman, uma papelada que comprovaria que Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Sérgio Motta e Mário Covas mantinham centenas de milhões de dólares em um paraíso fiscal no Caribe. As investigações desqualificaram os documentos como pura armação.

O reverendo alcançou na década de 1990 um status inédito: foi um líder evangélico respeitado em todo o País. Com a Fábrica de Esperança, um ambicioso projeto social em Acari, no Rio, Caio Fábio foi incensado pela mídia e se acostumou a receber visitas ilustres. FHC, por exemplo, apareceu lá em janeiro de 1995, no início do primeiro mandato. Mas todo prestígio desmanchou no ar com o escândalo do dossiê.

Segundo Caio Fábio, em meados de 1998 Lula fez uma visita à Fábrica de Esperança. ‘Naquele dia apareceu lá um cara que Lula conhecia há muito mais tempo do que eu e que tinha sido a pessoa que me contou a história de Cayman na Flórida. Eles se abraçaram como velhos amigos. Esse indivíduo me disse: ‘Reverendo, eu não disse pro senhor que é todo mundo igual? Contei aquela história pro Lula e ele está louco atrás daquilo’. Depois o próprio Lula me abordou: ‘Como você não me conta uma coisa dessas?”

A partir daquele momento, líderes do PT passaram a pressioná-lo. ‘Havia ligações, meia-noite, todo dia, às vezes a Bené (Benedita da Silva) estava chorando: ‘Meu reverendo, pelo amor de Deus salva a gente. Sem essa história o Lulinha não vai ganhar. Nós jamais vamos conseguir. Não deixa a gente nessa, pelo amor de Deus.’ Deus é minha testemunha, e as contas telefônicas também, de quem ligava pra quem. Até mesmo o José Dirceu veio ao Rio conversar comigo. A covardia foi tão grande que à medida que o tempo foi passando, e ficou patente que a papelada era uma grande operação de falsificação, eles foram transferindo tudo para as minhas costas.’

Processado por calúnia por Fernando Henrique, Caio Fábio só se viu livre das acusações no ano passado – inocentado pelo depoimento de Eduardo Jorge, ex-secretário de FHC. Aos 51 anos, casado pela segunda vez, rompido com o meio evangélico e líder de uma comunidade cristã alternativa com 3 mil membros em Brasília, Caio Fábio está recomeçando. ‘Minha reclusão passou da hora de acabar. Mas nada quero com temas políticos, só quero propagar a fé bíblica’ , diz. ‘Em 1998 eu fui deixado com uma mão na frente outra atrás por um PT que posou de ético. E é tudo mentira. O pessoal do PT é que ficou atrás de mim.’

Fonte: Estadão

Ramadã começa no final de semana em meio a tensões com o Ocidente

Mais de um bilhão de muçulmanos iniciarão neste final de semana o Ramadã, seu mês sagrado de jejum, em meio a tensões com o Ocidente exarcebadas pelas recentes declarações do Papa Bento XVI e os conflitos armados que sacodem os países árabes-muçulmanos.

Teoricamente este seria um mês de calma e piedade para os muçulmanos, que devem se abster de comer e manter relações sexuais do amanhecer até o pôr-do-sol. Mas, segundo a tradição, é também um mês de combate, onde a Jihad, ou guerra santa, será coroada com êxito.

No Islã contemporâneo este aspecto tradicional desapareceu e cedeu lugar a um ambiente festivo de longas noitadas familiares durante o nono mês do ano lunar, mas alguns grupos radicais, principalmente no Iraque, o evocam para multiplicar seus ataques.

Este ano o alvo dos extremistas é o Papa como figura emblemática dos cristãos e que causou grandes protestos no mundo muçulmano ao sugerir que existe um laço implícito entre o Islã e a violência.

Grupos islamitas no Iraque e na Faixa de Gaza ameaçaram atacar alvos cristãos, inclusive o Vaticano. A facção iraquiana da rede terrorista Al-Qaeda prometeu continuar com a Jihad até “derrota” do Ocidente.

Fonte: AFP

Duas sinagogas sofrem ataques com coquetéis molotov na Rússia

Duas sinagogas russas, uma na cidade de Astrajan, no delta do Volga, e outra em Jabarovsk, no extremo leste do país, foram atacadas nas últimas 24 horas com coquetéis molotov, sem registro de vítimas, informaram hoje fontes policiais.

Desconhecidos quebraram ontem à noite as janelas da sinagoga Sfard, em Astrajan, e atiraram garrafas com gasolina dentro dela. No entanto, o vigia do local conseguiu evitar um incêndio, disse um porta-voz da Polícia à agência “Interfax”.

Em Jabarovsk, outra sinagoga foi atacada de forma semelhante por quatro desconhecidos. Eles danificaram portas e janelas do templo, segundo a Polícia da cidade, 6.141 quilômetros a leste de Moscou.

Foi o segundo ataque à sinagoga de Jabarovsk em 30 dias.

Os ataques contra as sinagogas na Rússia aconteceram na véspera da festa de Rosh Hashana, o Ano Novo judaico.

Fonte: EFE

Arábia Saudita ignora pedido dos EUA e mantém Polícia religiosa

O ministro de Interior da Arábia Saudita, o príncipe Nayef bin Abdelaziz, rejeitou as reivindicações americanas de dissolver a Polícia religiosa do país, segundo os jornais sauditas.

“Todos devem saber que a Polícia religiosa é um fator-chave num Estado islâmico”, afirmou o príncipe, citado pela imprensa local.

Ele comentou ainda que o Governo estuda a formação de um órgão para os assuntos de segurança, semelhante a um tribunal de segurança estatal.

O Governo saudita respondeu assim ao pedido americano de dissolver a corporação, como parte de um pacote de reformas para combater o extremismo religioso. Autoridades dos Estados Unidos afirmaram recentemente que a Arábia Saudita atenderia a seus apelos.

O ministro elogiou o trabalho dos agentes da Polícia religiosa, que considerou “honroso”.

Além disso, rejeitou as acusações de que a Arábia Saudita esteja por trás da criação da rede terrorista Al Qaeda, e responsabilizou grupos não identificados.

“Acho que todo mundo que tenha bom senso sabe perfeitamente quem criou a Al Qaeda. Como poderíamos estar por trás de quem mata nossos filhos?”, disse.

Bin Laden recebeu apoio americano e saudita durante a década de 90 para combater as forças de ocupação da antiga União Soviética no Afeganistão.

Fonte: EFE

Bento XVI chama embaixadores de países muçulmanos para reunião

Bento XVI convidou os embaixadores dos países com maioria muçulmana no Vaticano a uma reunião na próxima segunda-feira, em Castelgandolfo, a residência de verão dos papas, informaram fontes vaticanas.

O convite foi estendido a autoridades religiosas muçulmanas na Itália.

A iniciativa do Vaticano procura resolver a polêmica das últimas semanas, causada pelas palavras pronunciadas pelo Papa na universidade alemã de Regensburg, que os muçulmanos consideraram ofensivas à sua religião.

O Papa Bento XVI disse em duas ocasiões que lamentava profundamente que suas palavras sobre o Islã e Maomé tenham sido mal compreendidas. Ele reafirmou que respeita profundamente os muçulmanos, monoteístas como os cristãos.

Fonte: EFE

Ads
- Publicidade -
-Publicidade-