Grupos favoráveis ao projeto, chamado de Cordoba House, esperam que ele se torne um símbolo de boas relações entre os seguidores do islamismo e de outras religiões.

Uma comissão da prefeitura de Nova York abriu caminho nesta terça-feira para a abertura de uma mesquita e um centro comunitário islâmico perto do chamado Marco Zero, onde ocorreram os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

A Comissão de Preservação dos Pontos Turísticos da cidade decidiu por unanimidade não definir uma construção em estilo renascentista italiano da década 1850 como parte do patrimônio arquitetônico da maior cidade americana.

Agora, o local, onde funcionou uma fábrica de casacos, poderá ser demolido para dar lugar a um prédio de 13 andares onde ficarão o centro e a mesquita, a dois quarteirões de onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center, alvos dos ataques em 2001.

Grupos favoráveis ao projeto, chamado de Cordoba House, esperam que ele se torne um símbolo de boas relações entre os seguidores do islamismo e de outras religiões.

Familiares de vítimas dos ataques, no entanto, dizem que é desrespeito e falta de sensibilidade construir uma mesquita perto do local onde tantos morreram devido a um ataque de extremistas islâmicos.

[b]‘Vergonha’[/b]

Após a votação, um homem presente à audiência gritou que os membros da comissão deveriam se envergonhar pela decisão.

A ex-candidata à vice-presidência dos Estados Unidos Sarah Palin e outros republicanos importantes criticaram o plano, mas o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse que a liberdade religiosa dos muçulmanos deve ser respeitada.

O local já vem sendo utilizado como uma mesquita improvisada.

A correspondente da BBC em Nova York Laura Trevelyan disse que a polêmica em torno da mesquita pode alimentar os debates durante as eleições para o Congresso americano, em novembro.

[b]Fonte: BBC Brasil[/b]

Comentários