A comunidade católica de Pequim, estimada em cerca de 55 mil fiéis, está crescendo, refletindo o aumento da liberdade individual da população chinesa, revelou nesta segunda-feira um jornal oficial.

“Pequim necessita de mais locais de culto. O número de católicos em Pequim é de 50 mil a 60 mil, mas temos apenas 20 igrejas, oito no centro e 12 nos arredores”, disse o padre Mattews Zhen Xuebin, secretário-geral da diocese de Pequim, citado pelo jornal China Daily.

“O número de católicos cresce à medida que as pessoas têm mais liberdade para escolher a sua religião e porque há cada vez mais estrangeiros a vir para Pequim”, acrescentou.

Segundo o mesmo jornal, a prefeitura de Pequim pretende restaurar 12 igrejas, mesquitas e templos da cidade, incluindo a Igreja de Changxindian, no sul da cidade, que nos anos 1950 foi transformada em armazém.

A reconstrução da igreja, orçada em 12 milhões de iuans, foi classificada como um dos projetos prioritários do município e corresponde “à política do governo central de devolver gradualmente aos locais de culto a sua antiga grandeza”.

O município de Pequim, um dos quatro diretamente dependentes do governo central e com o estatuto idêntico ao de uma província, tem cerca de 17 milhões de habitantes e uma área equivalente a mais de metade da Bélgica.

Em toda a China haveria cerca de 12 milhões de católicos, divididos entre a Igreja Patriótica, cujos bispos não são nomeados pelo Vaticano, e a chamada Igreja Subterrânea, que continua a obedecer ao Papa.

Analistas ocidentais estimam que, antes da tomada do poder pelo Partido Comunista Chinês, em 1949, havia cerca de 4,5 milhões de católicos no país.

Oficialmente, o número de evangélicos na China é de, aproximadamente, 10 milhões de fiéis. O catolicismo figura em terceiro lugar, depois do budismo e do Islamismo.

Fonte Lusa

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